Nova Geração de Bleach |
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| A história de Kenji Hiyutsumoto... | |
| | Autor | Mensagem |
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Kisuke Itarashi
Número de Mensagens : 1393 Idade : 35 Respeito : Warn : Nível de Interpretação : Impecável Reputação : 5 Pontos de troca : 6261 Data de inscrição : 15/03/2008
| Assunto: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:19 pm | |
| Soul Society... Distrito de Zaraki. Como era comum no mundo dos mortos, as coisas estavam tranqüilas, ao menos mais tranqüilas que no mundo real pelo menos. Esta calma nas ruas rapidamente é quebrada pelo súbito som de madeira quebrando, e diretamente de um dos estabelecimentos, uma pessoa é arremessada. Seu cabelo é bagunçado e a sua expressão não é nada agradável, mas o homem careca que parecia ter sido responsável por aquilo era mais mal encarado ainda...
Homem (careca): Do que você me chamou idiota!?
O rapaz que havia sido arremessado limpa o sangue que lhe escorre pelo canto da boca, dando um sorriso.
Rapaz: Você bate como uma garotinha...
O careca mostra uma expressão nada contente e anda até o outro.
Homem (careca): Como disse!?
Ele se aproxima e se abaixa, segurando-o pela gola.
Homem: Eu perguntei... O que você dis...!?
Sua sentença é subitamente cortada quando o seu rival, até então caído de repente lhe vira um gancho no rosto. O homem careca é obrigado a soltá-lo e recua um pouco, limpando o sangue que agora também lhe escorria.
Homem (careca): Maldito...
Rapaz: É assim que um homem de verdade tem de golpear!
Homem (careca): Seu...
Ele parte para cima do outro e os dois imediatamente vão para o chão e começam a rolar em uma briga semelhante à de dois galos descontrolados. Com tamanha confusão, não é de se admirar que logo se forme uma multidão ao redor. A briga continua e socos sem rumo certo voam em todas as direções. Finalmente, com o que parece ter custado um esforço tremendo, as duas figuras se separam, cansadas e machucadas pelos diversos hematomas causados um no outro. Ofegantes e já sem muita energia, ambos pareciam ansiosos para colocar um fim naquilo tudo, o que leva ao careca sacar uma faca de dentro do próprio kimono.
Homem (careca): Agora você vai se arrepender...
O outro, assustado, rapidamente procura com o que se defender, e pega uma garrafa vazia de um cesto do lado de fora do bar de onde havia sido arremessado. Uma vez a garrafa na mão, ele a quebra, pronto para revidar.
Rapaz: Agora pode vir...
Eles se encaram por um momento, suando frio, como se talvez indagassem se aquilo fosse mesmo uma boa idéia, mas eles sem dúvida não iriam recuar e se passar por covardes, então, numa ação que muitos achariam idiotas, eles fazem... Partem um para cima do outro... Alguém estava prestes a morrer naquela situação, o que apenas atraía mais a atenção do público. Os golpes são desferidos, as cartas são lançadas, mas... Alguém os impede, segurando o braço dos dois a centímetros antes de se matarem... A pessoa que os segurava usava um uniforme muito peculiar... Um uniforme preto com um haori branco... E as marcas que indicavam que aquele homem pertencia aos 13 Esquadrões de Proteção... Mais precisamente... A 8ª Divisão... O capitão da 8ª Divisão intervém, Hanyou Garu... E dá um simpático sorriso aos dois encrenqueiros os quais acabara de impedir.
Garu: Vamos... Se continuarem assim alguém acaba se machucando...
Ele aperta o pulso dos dois e gira, rapidamente arremessando-os cada um para um canto, onde aterrissam de mal jeito, mas pelo menos sem condições de continuar. Ainda com sua expressão simpática e simplória, Garu observa os dois caídos, não podendo sua presença lá evitar alguns comentários do tipo “Quem é...?”, “Shinigami...”, “O que os shinigamis estão fazendo aqui...?”. Sem dar atenção a comentários, elogios ou críticas, Garu vai embora, continuando por qualquer que fosse o rumo que estivera seguindo antes de tudo aquilo... Garu caminha com tranqüilidade pelas ruas como se nada que pudesse acontecer o preocupasse, nada mais que um cidadão ordinário numa cidade... Bem... Nem tão ordinária. Finalmente ele parece alcançar seu destino, uma das casas, ela não se destacava nem nada parecido, era tão simples, pequena e humilde quanto a maioria que a cercava. Garu se aproxima da casa já clamando pelo provável proprietário.
Garu: Takeshi! Takeshi!
Leva ainda mais alguns instantes, mas finalmente um homem com uma cicatriz no olho direito abre a porta, dando um sorriso ao ver o capitão do Gotei lá.
Takeshi: Garu?
Garu: Como anda meu amigo?
Eles abrem um largo sorriso ao verem um o outro.
Takeshi: Entre, entre, por favor.
Takeshi abre espaço para que Garu, aceitando o convite, possa então entrar... Uma vez dentro da casa, Garu acompanha o colega.
Garu: Esse lugar continua charmoso como sempre...
Takeshi: Confusão no caminho pra cá?
Garu: Nada que não pudesse ser resolvido...
Takeshi: Esse distrito cada vez mais vai por água abaixo | |
| | | Kisuke Itarashi
Número de Mensagens : 1393 Idade : 35 Respeito : Warn : Nível de Interpretação : Impecável Reputação : 5 Pontos de troca : 6261 Data de inscrição : 15/03/2008
| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:20 pm | |
| Garu: Sabe que você poderia pedir ajuda.
Nessa hora, os dois chegam a um pequeno cômodo com uma única mesinha ao centro, bem perto do nível do solo, para que pudesse ser usada por pessoas ajoelhadas.
Takeshi: Pra você? Seria bom, mas... As pessoas por aqui não gostam muito dos shinigamis, então não tem muito que você possa fazer realmente...
Garu: Bom... Sempre há outros distritos para se mudar...
Takeshi: Como se eu tivesse condições de me mudar... Agora cadê aquele sakê...?
Enquanto Garu se senta, Takeshi olha de um lado para o outro.
Takeshi: Momo! Momo! Onde está o sakê!?
É então que uma moça bonita carregando algumas roupas dobradas vem até a sala, e parece ter uma surpresa ao chegar lá.
Momo: Ora... Garu.
Garu: Olá Momo. Você está bonita como sempre...
Momo: Não precisa tentar ser cordial assim.
Takeshi: Momo, eu não quero deixar o nosso convidado esperando, então onde está o sakê?
Momo: Você deixou guardado perto do móvel.
Takeshi: Ah, é verdade. Obrigado.
Garu: Momo, você devia se juntar a nós.
Momo: Não, obrigada Garu-san, mas eu ainda tenho o que fazer.
Takeshi: Anda Momo.
Momo: Não, eu realmente não posso. Mas vocês dois se divirtam.
Ela se retira do lugar, voltando a fazer o que quer que estivesse fazendo antes.
Garu: Ela realmente é sempre simpática...
Takeshi: Ainda bem por isso, porque aquela criança é outra história...
Takeshi encontra finalmente um embrulho próximo a um móvel, e desenrolando-o, revela uma garrafinha fechada.
Takeshi: E ela realmente sabe de tudo por aqui...
O dia passa, a tarde cai, Takeshi e Garu sob certa influência do álcool, o que os deixa um pouco mais felizes e um pouco mais vermelhos do que o normal, continuam a sua discussão num tom incrivelmente civilizado pra dois bêbados.
Garu: E você disse que não saiu correndo?
Takeshi: Eu não saí correndo. Eu apenas parei para avaliar a estratégia.
Garu: Mas pareceu pra todo mundo que você saiu correndo.
Takeshi: Depois eu voltei e acabei com ele, não é mesmo?
Garu: É verdade...
Takeshi: Eu me lembro da bronca que nós tomamos do comandante.
Garu abre um sorriso, como se lembrasse também.
Garu: Daquilo eu também nunca vou esquecer...
Ele olha para o teto com uma expressão nostálgica e contente.
Garu: Eram bons tempos... Aqueles...
Takeshi: É...
Por um instante de silêncio essencial e saudável à conversa os dois permanecem. Finalmente Garu volta a sorrir para o colega.
Garu: Você devia vir para o Sereitei.
Takeshi dá algumas risadas.
Takeshi: Não... Não obrigado... Já se foi o tempo em que Hanyou Garu e Hiyutsumoto Takeshi lutaram lado a lado... Agora... Agora eu tenho outras coisas com o que me preocupar...
A porta da frente se abre de repente, o chão ecoa com batidas de pés correndo, e uma figura repentinamente irrompe pela sala.
Kenji: Garu-osan!
Garu se vira apenas para receber uma voadora na cara de um feliz e enérgico Kenji. Uma vez no chão, Kenji começa a pular em cima dele contente.
Kenji: Você veio pra gente brincar um pouco, não é? Não é?
Takeshi: Ei Kenji, desse jeito você acaba matando ele!
Kenji dá risada e continua pulando em cima de Garu.
Takeshi: Kenji!
A atenção de Kenji agora é virada para ele, e ele concorda com um sorriso.
Kenji: Certo pai!
Uma vez livre, Garu pode se levantar, não possuía nada quebrado nem gravemente machucado, uma vez que, como shinigami, estava acostumado a receber golpes muito piores, então ele pode sorrir com a brincadeira um tanto sem graça do garoto.
Garu: Você continua animado como sempre, não é mesmo Kenji?
Kenji: Você tá ficando velho Garu-osan.
Garu dá risadas.
Takeshi: Kenji, olha as maneiras com as visitas.
Garu: Não tem problema Takeshi, eu já fui chamado de coisa pior.
Kenji: Ei, ei Garu-osan você mostra aquele truque de novo? Mostra? Mostra?
Takeshi: Kenji, não aborreça o Garu com isso.
Garu: Não tem problema nenhum Takeshi.
Garu então olha para Kenji.
Garu: Agora preste muita atenção...
O capitão estende a mão à frente, bem na linha de visão de Kenji, para que ele pudesse ver.
Garu: Você estica as mãos, dá um respiro profundo, fecha os olhos e se concentra... Permanece totalmente imóvel... Focaliza... E diz as palavras mágicas...
Kenji: Hadou no sanjyu ichi! Shakahou!
Uma bola de energia vermelha se forma acima da palma da mão de Garu, e Kenji dá um sorriso ao ver aquilo, parecendo não realmente compreender do que se tratava, a não ser de uma mágica bonita. Garu sorri enquanto o garoto se aproxima para ver mais de perto aquilo.
Kenji: Que legal... Como você faz isso Garu-osan?
Garu: É mágica...
Ele fecha a mão e o kidou some instantaneamente, o que parece decepcionar Kenji por uns instantes.
Garu: Sabe... Lá onde eu moro tem um monte de gente que sabe fazer esse truque.
Kenji: É mesmo?
Garu: É...
Kenji: E a gente pode ir lá?
Garu: Talvez...
Garu coloca a mão sobre a cabeça de Kenji.
Garu: Se você for bonzinho e não der trabalho pros seus pais.
Parecendo meio irritado com aquilo, o garoto retira a mão de sua cabeça.
Kenji: Não me trata como uma criança.
Garu: Desculpe, não foi a minha intenção.
Momo: Kenji!
Momo retorna até a sala, agora parecendo menos ocupada, e finalmente localiza o filho.
Momo: Ah, aí está você. Anda, você precisa tomar um banho pra poder arrumar o seu quarto antes de ir dormir.
Kenji: Mas mãe...
Momo: Sem discussão. Anda, pára de amolar o Garu.
Kenji se levanta, sem ousar desafiar as ordens de Momo.
Kenji: Até mais Garu-osan.
Garu acena contente para ele.
Garu: Até...
Kenji sai correndo, passando direto pela mãe, que mais tranqüilamente o acompanha, deixando Takeshi e Garu mais uma vez sozinhos.
Garu: É bom ver que ele continua crescendo... | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:20 pm | |
| Takeshi: É... Ele é tão animado que de vez em quando eu não sei o que fazer com ele...
Takeshi suspira.
Takeshi: Eu realmente gostaria de me unir a você no Gotei Garu, mas agora... Eu tenho as minhas próprias prioridades, e preciso estar aqui pela minha família. Eles precisam mais de mim agora.
Garu: É claro... Isso é o correto a se fazer.
Os dois sorriem mais um pouco.
Garu: É claro, não que você possa ao menos me arranhar hoje em dia.
Takeshi: Isso é um desafio? Mesmo enferrujado eu me lembro que podia chutar o seu traseiro.
Garu: Isso foi há muito tempo atrás meu amigo...
O dia continua, e assim a conversa, o capitão da 8ª Divisão só se vê no ânimo, ou necessidade, de se retirar quando anoitece, e seu colega Takeshi o acompanha até a porta.
Garu: Isso foi muito bom... Obrigado pelo sakê.
Takeshi: Não foi nada, eu tenho bem mais garrafas.
Garu: Então nesse caso eu volto a visitar pra gente poder beber elas.
Takeshi: Como se você pudesse fazer isso agora. O ocupado capitão da 8ª Divisão do Sereitei Gotei, Hanyou Garu...
Os dois abrem sorrisos, e Garu finalmente se distancia, acenando para o colega.
Garu: Até mais.
Takeshi: Até mais... Meu velho amigo...
Com essa visita agradável para animar um dia de folga, Garu pode retornar para o seu posto e seus afazeres, de volta ao Sereitei... Tempo se passa. Meses, talvez até anos... Garu está dormindo, como, mesmo para um capitão do Sereitei, é essencial... Mas uma movimentação estranha acontece, uma agitação fora do normal que não pode significar coisa boa... Um de seus subordinados abre repentinamente a porta, despertando Garu.
Shinigami: Taichou!
Pela sua pressa e aparência, Garu pode notar que é algo sério.
Garu: O que foi?
Shinigami: Zaraki... Zaraki!
O capitão arregala os olhos, notando do que se tratava. Zaraki estava uma confusão, pessoas corriam por todos os lados, Garu finalmente chega acompanhado de alguns shinigamis do seu esquadrão, e no caminho encontram a capitã do 4° Esquadrão, Izawa Keiko, ajoelhada e tratando das feridas de alguns shinigamis, acompanhada de alguns subordinados de sua divisão.
Garu: Keiko-san!
Keiko percebe a presença do capitão ali.
Keiko: Garu!
Garu rapidamente vai até ela.
Garu: O que aconteceu aqui?
Keiko: Eu não sei exatamente, a Divisão de Pesquisa captou a presença de alguns Menos pela região, mas eles simplesmente foram aparecendo! Eles... Eles vieram do nada!
Os olhos da capitã, um verde e outro vermelho refletiam como uma esmeralda e um rubi com as luzes das chamas que incendiavam o distrito.
Garu: Qual é a situação?
Keiko: Meu esquadrão está tratando de cuidar dos feridos, 11° e 13° Esquadrões estão se encarregando dos hollows.
Garu: Keiko, continue ajudando eles, nós iremos auxiliar os outros esquadrões.
Keiko: Hai!
E assim, Keiko volta ao que estivera fazendo, Garu se vira para seus subordinados.
Garu: 8° Esquadrão! Temos de fornecer ajuda imediata ao 11° e 13° Esquadrões! Localizem e eliminem todos os hollows que encontrarem! Não deixem nenhum vivo!
Shinigamis (8ª Divisão): Hai taichou!
O grupo todo se dispersa, e uma batalha toma lugar em Zaraki. Grupos de shinigamis partiam juntos para derrubar a maioria dos Menos que apareciam, e eliminavam a manada de hollows que avançava em sua direção. A situação se mostra mais difícil do que o antecipado de se conter, dado o incrível número de hollows no local, e shinigamis mais fracos não possuíam a mesma facilidade que oficiais de posto para combater estes. Garu, por outro lado, é hábil com a espada e consegue tranqüilamente acabar com qualquer Menos que cruze o seu caminho. Conseguindo fornecer grande ajuda para manejar a situação, Garu se move entre as chamas, um grupo de hollows o cerca, ele segura sua zanpakutou e os observa por um momento, girando e rapidamente fazendo com que todos sumissem. O movimento não pareceu custar-lhe esforço algum, mas ainda havia trabalho a ser feito.
Shinigami: Taichou!
Um outro shinigami vem correndo até Garu o mais rápido que pode, um shinigami que Garu conhece.
Garu: 3° assento Sazuno Kaji!
Kaji: A 7ª Divisão está aqui para ajudar!
Garu sorri, só que algumas casas despencam atrás dele, e ele reconhecia o bairro.
Garu: Takeshi...
Ele imediatamente se move para o centro do incêndio, Kaji tem de segui-lo o mais rápido que pode.
Kaji: Taichou!
Garu não lhe dá atenção.
Garu: Takeshi! Momo!
Kaji: Taichou, espera!
Uma sombra repentinamente se move pelo lugar, e não passa despercebida por Garu. Ela rapidamente os ataca, e Kaji provavelmente teria sido acertado logo no primeiro golpe, mas Garu tendo velocidade, reflexo e poderes superiores, consegue bloquear com a sua espada, ocorrendo um impacto metálico.
Garu: Quem é!?
Ele pode ver no alto de uma das casas uma figura coberta pelas sombras, os olhos vermelhos como rubis e ameaçadores como os de um demônio. A figura rapidamente some na noite, apesar do incêndio.
Garu: Ei!
Garu se prepara para persegui-lo, mas antes que pudesse fazê-lo, outra casa é destruída, e ele reconhecia a casa.
Garu: Takeshi!
A casa de seu amigo, que aparentemente já estivera em chamas por um bom tempo, é completamente esmagada pelo pé de um dos Menos... Escapar teria sido impossível.
Garu: Takeshi!
O capitão tenta partir em busca do amigo, mas o 3° assento Kaji o segura.
Kaji: Não! Espera taichou!
Garu: Takeshi! Takeshi!!!
O Menos se posiciona em frente deles e, incapaz de distinguir um capitão pelo haori, se move com o intuito de atacar, Kaji aparentemente não sabia o que podia fazer, mas de repente, o Menos é cortado ao meio com uma facilidade impressionante, que chama até mesmo a atenção de Garu. Os dois shinigamis se viram, bem a tempo de ver uma figura velha e imponente oculta pelas sombras se erguer pelo fogo, acompanhado de outros dois shinigamis ao seu lado.
Garu: S... Soutaichou...
Uma poderosa reiatsu emana da figura e é o suficiente para varrer uma grande parte do fogo e dos hollows ao redor, e até mesmo Garu precisa se proteger contra tal demonstração de poder... Aparentemente... Aquela batalha havia sido salva... A manhã se revela em Soul Society, o sol, mesmo sendo o mundo dos mortos, muito semelhante ao do mundo real. Os shinigamis do Sereitei continuavam a rondar o local apressados, à procura tanto de sobreviventes como de hollows remanescentes. Garu se ajoelhava frente a uma casa caída, e analisava os escombros decepcionado do que antes havia sido a residência de seu colega e sua família. Nada... Ele não pudera fazer nada... Isso era o que mais doía.
Shinigami: Alguém mais estava com você?
Garu ouve um shinigami falar como se num interrogatório, e se vira localizando um grupo de três shinigamis em volta de algo.
Shinigami: Você viu alguma coisa?
Ele se aproxima, e qual não é sua surpresa ao ver que no meio dos shinigamis estava sentado um mórbido Kenji. Ele não parecia mal fisicamente, apenas alguns cortes e estava bem sujo, mas a sua expressão era gélida.
Garu: Kenji!
Ele se ajoelha frente ao garoto, este nem ao menos parece se dar conta de quem é, Garu nota que aquele não é mais o vivo Kenji de outrora, se tornara uma concha, um recipiente vazio, mais morto do que vivo...
Garu: Onde o acharam?
Shinigami: Não muito longe daqui. Ele está bem, apenas feridas superficiais e muito cansado, mas parece que ele não se lembra de nada por causa do choque.
Garu analisa o garoto, preocupado. | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:21 pm | |
| Garu: Kenji... Você pode me ouvir?
Nem sinal de vida.
Garu: Kenji! Cadê os seus pais...?
Kenji: Eles... Eles apareceram de repente...
Garu: Kenji! Onde estão os seus pais!?
Kenji nada respondia, aquela conversa toda era fútil.
Shinigami: Ninguém ainda sabe o que aconteceu. Eles... Eles simplesmente apareceram do nada... Esse garoto... Esse garoto foi a única pessoa que achamos viva por aqui...
Garu observa o pequeno Kenji, agora tão vazio e sem vida... Pouco tempo depois...
Garu: Você tem certeza de que é o melhor para ele?
O capitão da 8ª Divisão conversava com uma senhora frente ao que parecia uma casa muito grande.
Senhora: Não se preocupe, órfãos e crianças perdidas é o que não faltam aqui em Soul Society, ele terá muita companhia. Isso é bom, sabe... Pra ele perceber que não está sozinho.
Garu observa a porta do lugar, por onde uma outra moça acompanhava Kenji, com a mão em suas costas.
Garu: Ele acabou de sofrer uma perda terrível.
Senhor: Senhor... Todas as crianças aqui foram perdidas, abandonadas, ou morreram no mundo real e estão aqui sozinhas. Não se preocupe, nós vamos tomar conta dele.
Garu observa Kenji de novo adentrar o orfanato, por um instante se arrependendo de não poder ele mesmo tomar conta do garoto, mas ele nota que Kenji, ainda com a mesma expressão vazia, o observa por cima do ombro antes que a porta do local se feche ocultando-o... Não se sabe quanto tempo após isso, o garoto permanece sentado em um canto escuro do orfanato, e apesar de parecer que o incidente já houver ocorrido tem algum tempo, ele continuava o mesmo... Uma casca viva do que fora antes...
“Divino... Divino... Castigo divino... Kenji...”.
Como se não bastasse tudo o que já passara, Kenji ainda ouvia vozes que não estavam lá.
“Divino... Desperte... Empunhe... Castigo divino...”.
Lê tampa os seus ouvidos, não querendo mais ouvir nada daquilo.
Kenji: Não...
“Divindade... Punição... Torne-se... Castigo... Punição... Divino... Um deus...”.
Kenji: Não...!
“Desperte... Me acorde... Mate...”.
Kenji: Não!
“Mate... Mate... Mate... Um deus... Kenji!”.
Kenji: NÃO!!! EU NÃO QUERO MAIS OUVIR!!! ME DEIXEM EM PAZ!!!
... Anos depois... 13ª Divisão do Sereitei Gotei...
Kotone: Kotone Yumegawa se apresentando pro serviço.
Uma jovem shinigami de cabelos pretos batia continência à capitã Shizune Maya, parecia ser uma novata, aparentemente ansiosa pelo primeiro dia de serviço.
Maya: Yamegawi-kun huh?
Kotone: É Yumegawa
Maya: Claro. A partir de hoje você é parte integral da 13ª divisão, e como membro de um dos 13 esquadrões de proteção, esperamos um bom serviço de você
Kotone: Sim senhora!
De repente, alguém aparece com um shunpo ao lado delas, era o 3° assento da 7ª Divisão Sazuno Kaji. A jovem Kotone se surpreende em vê-lo lá.
Kaji: Senhorita
Maya: E o que foi dessa vez?
Kaji: Eu tenho uma mensagem pra senhora.
Ele lhe entrega um pergaminho.
Maya: E o que houve que não puderam despachar uma borboleta do inferno?
Kaji: Meu capitão pediu pra eu entregar isso pessoalmente para a senhora.
A capitã lê o pergaminho e arregala os olhos.
Maya: O velhote... Bom trabalho
Kaji: Sim senhora
Kaji desaparece em outro shunpo, Kotone ainda estava surpresa com a velocidade com que ele havia vindo e ido.
Kotone: Quem era...?
Maya: Kaji Sazuno, o 3° assento da 7ª divisão. Escute, Yumigeki-san, eu preciso ir indo agora, isso é realmente urgente, você pode começar os seus serviços.
Kotone: Sim senhora!
A capitã vai embora, deixando sua nova subordinada para trás. No meio de seu caminho, Maya encontra o capitão da 8ª Divisão, aparentemente na mesma pressa que ela.
Maya: Garu!
Garu a percebe e permite que ela o acompanhe.
Maya: Também recebeu a notícia?
Garu: Sim.
Maya: O que está havendo...?
Keiko: Se aposentar?
Keiko parecia igualmente surpresa ao receber a notícia de outro shinigami.
Shinigami: Isso mesmo senhora, e ele ordenou que todos os capitães se reunissem imediatamente para uma conferência urgente.
Keiko: O que será que aquele velho tá pensando agora...?
Obedecendo a ordem emitida, os capitães do Sereitei se reúnem, alguns são rostos conhecidos, como Garu, Maya, Keiko e Kazuya, outros eram capitães antigos do Sereitei os quais nem ao menos se conhece mais. Frente a todos eles, a mesma figura imponente daquela noite anos atrás, mas ainda não se revela quem é, porém, sua voz indica clara e evidente velhice.
Comandante: Vocês todos sabem o motivo pelo qual foram chamados aqui...
Ele permite um momento de silêncio, talvez para ver se alguém o iria contestar, mas nenhum dos capitães solta um pio...
Comandante: Eu estou anunciando agora que em breve eu não mais farei parte dos 13 Esquadrões de proteção que eu mesmo fundei...
Keiko: Me perdoe, mas isso não é um pouco súbito?
Comandante: A minha decisão já foi feita.
Um capitão desconhecido se pronuncia.
Capitão: E você não vai nos dizer por quê...?
Comandante: Eu tenho os meus motivos para agir da maneira que estou escolhendo agir, assim como todos vocês têm seus motivos para fazerem o que fazem. Esta reunião não foi para colocar o assunto em debate, mas simplesmente... Para comunicá-los.
Garu: Soutaichou... Existem regras as quais são seguidas para a substituição de um capitão.
Capitão: Alguém apenas pode se tornar um capitão de três maneiras. Através de um teste presenciado pelo comandante general e outros 3 capitães. Ser recomendado por pelo menos 6 capitães e aprovado por pelo menos 3 dos 7 restantes. Ou derrotar o antigo capitão em uma batalha na presença de 200 ou mais membros do Sereitei.
Garu: Mas acontece que nunca houve nem ao menos a possibilidade da substituição do Comandante General... Não existe um regulamento regente sobre como fazer isso. O capitão da 1ª Divisão sempre foi o General comandante do Sereitei, e é um cargo importante demais para ser obtido através de um desses 3 meios.
Comandante: Por isso mesmo eu estou estabelecendo esta regra agora.
Garu: Como é?
Comandante: Em um mês será realizado um torneio.
Isso parecia ter atraído a atenção de todos os capitães.
Comandante: Realmente a posição de Comandante General é um cargo de extrema importância, e por isso deve ser assumido por alguém com a capacidade e que possa ser respeitado pelo resto das Divisões. Por isso, para substituir a mim como Comandante General da 1ª Divisão...
Um momento de silêncio.
Comandante: Deve ser realizado um torneio entre os shinigamis mais fortes e presenciado por todos os capitães do Sereitei. Aquele que for o vencedor, assumirá o cargo como Comandante General dos 13 Esquadrões de Proteção do Sereitei Gotei. A notícia deve ser entregue, e todo e qualquer shinigami será permitido a participação. A 12ª Divisão estará encarregada da inscrição dos candidatos. O torneio será realizado em um mês e os capitães que desejarem participar estarão livres para fazê-lo. Como eu disse, eu não estou pedindo, estou comunicando. É uma ordem...
Garu suspira com, o que a maioria de seus colegas provavelmente também pensava, fosse uma ação imprudente do comandante... Garu ainda se lembrava... Das palavras do comandante aquele dia... Mesmo um mês depois de elas terem sido ditas, e o dia finalmente ter chegado... Um estádio enorme havia sido preparado, afinal de contas era uma ocasião importante, principalmente para ele como um dos capitães do Sereitei. Para melhor observar a luta, uma vez que isso era fundamental, os capitães tinham lugares especiais, numa espécie de arquibancada mais elevada que o resto, cuja única coisa acima era um assento, o lugar mais importante de todos, o do, que estava prestes a ser substituído, Comandante General. Era natural que ele, além de todos, tivesse uma visão clara das lutas. É com grande apreensão que Garu toma o seu lugar junto a outros capitães, embora nem todos eles estivessem presentes lá ainda.
Juni: Bem emocionante, não?
Garu olha para trás de si para ver uma contente Yomura Juni, a vice-capitã da 11ª Divisão. Sempre sorridente, a garota vai até seu lado.
Juni: O Comandante realmente preparou uma bela festa de despedida, não é mesmo?
Garu: Essa não é uma situação pra se estar sorrindo Juni-kun. Afinal de contas... Como é que um torneio estúpido vai definir quem é ou não apto a se tornar Comandante General...?
Juni: Eu acho que você não devia se preocupar... O vovô deve saber o que está fazendo.
Garu: No momento não é o que parece...
Juni: Anda, olha só pra isso.
Ela lhe aponta o estádio.
Juni: Um monte de gente se inscreveu pra participar. Até ex-capitães aposentados vieram aqui pra participar do torneio.
Garu: É claro, afinal de contas se tornar Comandante General é uma grande honra... É claro que haveria um grande número de pessoas dispostas a aceitar o trabalho. Estar no poder de todo o Sereitei... Mas isso não os torna dignos ou aptos a tomarem o cargo.
Juni: Talvez... Mas eu ouvi dizer que até mesmo o Mumu e o Ryu-chan vão participar.
Garu: Aqueles dois...?
Juni: Isso mesmo.
Garu suspira.
Garu: Kiyotsuke Muzurame, capitão da 3ª Divisão e Hitoshi Ryusuke, capitão da 9ª Divisão... Eu não sabia que eles também estavam atrás do trabalho do velhote. | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:21 pm | |
| Juni: E como capitães atualmente ativos eles têm a maior chance de ganhar. Não seria legal se eles virassem Comandante?
Garu: Não é tão simples assim Juni. Eles são bons capitães, mas... Isso é uma coisa completamente diferente...
Juni: Ah... Você não tem graça nenhuma... Tá sempre pra baixo, sempre negativo.
Ela lhe faz uma careta engraçada.
Juni: Sorria Gaga-kun!
Garu olha para ela por um instante e depois sorri de leve.
Garu: Obrigado Juni-kun.
Juni: Mas agora... Teve muita gente lá no Esquadrão que também não gostou nada disso...
Garu: Não é de se admirar. Apesar de tudo o Comandante foi quem fundou a academia e os 13 esquadrões... A idéia de vê-lo deixar o cargo não deve estar sendo muito bem processada pelas outras pessoas, muito menos pra nós shinigamis.
Juni: É... Mas olha só.
Ela lhe aponta a arquibancada cheia.
Juni: A maioria dos shinigamis nem ao menos ousou se inscrever pro torneio. As pessoas mais fortes da Soul Society vão estar competindo aqui, então ninguém quer perder um braço à toa. Numa competição desse nível não custa nada ter esperança. Eu acho que... Com tanta gente poderosa reunida em um lugar só... Não seria improvável que encontrássemos alguém lá embaixo... À altura do cargo...
Garu a observa, pensando que talvez ela estivesse certa... O estádio enche, não apenas com shinigamis, mas pessoas de toda a Soul Society, todas curiosas para verem quem seria essa pessoa que Juni falou, a pessoa que estaria apta a assumir a posição de Comandante de todo o Sereitei... Não há dúvida de que pessoas fortes haviam aparecido, e uma vez iniciada as competições, estas não deixavam a desejar... Os shinigamis com os poderes mais peculiares enfrentavam uns aos outros em batalhas de tirar o fôlego, que impressionavam até mesmo os capitães, o que seria o mínimo aceitável. Porém, apesar de todo esse espetáculo, e todas essas pessoas extraordinárias, o único que ainda não parecia impressionado era o Comandante General... A próxima luta estava para começar, e já se localizava no centro um shinigami com pelo menos uns 2 metros de altura e fisionomia muito larga, uma expressão orgulhosa no rosto.
Maya: E quem é este?
Um shinigami ao seu lado trata de pegar um pergaminho para informar a capitã.
Shinigami: Taichou... Hitomi Noburo... Shinigami da 7ª Divisão.
Maya: O que? Ele nem ao menos é vice-capitão? Algumas pessoas realmente não têm mais o que fazer.
Mas o público estava ansioso para ver o oponente do mais novo competidor na arena, que ainda não houvera se revelado. A passagem escura pela qual ele viria a surgir era um convite para a curiosidade dos presentes, ansiosos para a próxima luta emocionante. Os capitães não pareciam muito emocionados, pois apesar dos competidores até então serem muito bem treinados, ser Comandante General era outra história. É então que algo acontece... Algo que finalmente consegue atraí-los ao ringue, quando o oponente se revela e... Se mostra uma grande decepção. Uma decepção com a forma de um garoto mal encarado de 7 ou 8 anos... O estádio se mostra perplexo com a revelação daquela figura minúscula se intrometendo no que não estava nem perto de ser um playground... “Mas... É só um garoto...”, “O que é aquilo...?”, “Um dos capitães é anão...?”. A decepção não podia ser maior, principalmente para o seu oponente.
Noburo: Hã...? O que é isso...?
Os capitães é quem estavam mais surpresos.
Maya: O que é aquilo...? Quem é aquele? Aquelas roupas... Quem é esse garoto?
O shinigami ao seu lado rapidamente vasculha o pergaminho à procura do nome do competidor.
Shinigami: E-Eu não sei... O nome aqui é Minami Lin, ex-capitão do Sereitei.
Maya: Aquele é só um moleque. Não tem jeito de ele ser ex-capitão...
Garu: Mas aquele é o...
Noburo aparentava uma displicência enorme pelo seu agora revelado oponente.
Noburo: Ei pirralho... O que você tá fazendo aqui? Mandaram você apresentar o meu oponente?
Kenji nada responde, irritando o adversário.
Noburo: O gato comeu a sua língua pivete!?
Kenji: Eu SOU o seu oponente gorducho.
Noburo olha para ele surpreso por um momento, e depois cai na gargalhada.
Noburo: Você!? Meu oponente!? Essa é muito boa!
Os capitães estavam completamente perdidos com aquilo.
Kazuya: O que está acontecendo?
Eles olham para o Comandante General, como se esperassem alguma resposta.
Garu: Kenji...?
Noburo continuava a dar gargalhadas.
Noburo: Não me faz rir.
Kenji: Você só está rindo porque é um idiota.
Agora a graça havia acabado.
Noburo: Tudo bem nanico, hora da palhaçada acabou. Deixa o meu oponente entrar e vai pra casa brincar com alguma coisa.
A expressão de Kenji não havia mudado muito, era bem semelhante à expressão vazia que Garu havia visto pela última vez tantos anos atrás... Kenji segura o cabo da espada presa às suas costas.
Noburo: O que foi? Agora vai sacar uma espada de madeira e me matar de...?
Um golpe...Fora tudo muito repentino. Antes que o inimigo pudesse enxergar Kenji havia sumido e parado atrás dele, e pela sua expressão surpresa, ele havia sido acertado... Como dificuldade ele encara Kenji por cima do ombro.
Noburo: Quando... Quando foi... Que você... Me acertou...?
Kenji: Você teria visto... Se falasse menos e lutasse mais.
Ele guarda a espada de volta na bainha e sai andando.
Noburo: Seu...
Ele se move para pegar a espada, mas desaba antes de ter a chance. O local fica em silêncio, a multidão não parece acreditar no que havia acabado de ver, Juni é a única sorrindo.
Juni: Finalmente... Isso é interessante.
Os capitães pareciam perplexos.
Maya: O que é isso...? Aquelas roupas... Esse nanico não é shinigami...
Ela o analisa dos pés à cabeça, focalizando na espada em suas costas.
Maya: Aquela zanpakutou é bem real apesar disso... E a técnica dele...
Maya se lembra do garoto sumindo, a diferença é que ela havia conseguido ver o movimento.
Maya: Definitivamente é shunpo... Mas... De onde ele veio?
Ela olha para cima, e, pela primeira vez na competição, algo parecia ter captado a atenção do Comandante... Quando vai sair da arena, um grupo de shinigamis barra o caminho de Kenji.
Shinigami: Parado. Você está interrompendo um evento de extrema importância do Sereitei. Por favor, baixe a arma e se entregue.
Kenji os encara por um tempo, sem fazer nada, até o Comandante General se levantar.
Maya: Soutaichou...
Keiko: Sensei...
O comandante encara a arena, e principalmente seu novo convidado, como se pronto para lhe dar uma bronca sobre como aquilo era um evento sério e outras coisas, mas...
Comandante: Não há motivo para prender um competidor que acabou de ganhar uma luta. Abaixem as armas.
Os shinigamis parecem surpresos com a atitude de seu superior, mas, ordens eram ordens, ainda mais sendo dadas diretamente... Eles abaixam as suas armas e deixam Kenji passar sem mais confusão, mas o estádio nada faz, nem esboça reação, ainda em choque com o recente acontecimento.
Garu: Kenji...
Como desejado pelo Comandante General, a competição continua, e de alguma maneira, Kenji é aceito como competidor. Os shinigamis mais poderosos vão abrindo seus caminhos até as finais, derrotando oponentes cada vez mais incríveis. O único diferente era Kenji, que terminava as lutas com rapidez e precisão estarrecedoras, mas as coisas estavam para mudar... Para a próxima luta, algo novo estava prestes a acontecer, pois agora o oponente de Kenji não era qualquer um... Ele usava um haori de capitão, o que lhe impunha mais respeito que qualquer outro participante, e em suas costas, com tinturas bem gravadas, marcava-lhe o símbolo do 3° Esquadrão... O capitão Kiyotsuke Muzurame era um homem moreno de físico muito forte, muito alto, e de cabelos pretos. Sua aparência era a de um grande brutamontes, mas ser capitão indicava que ele era um pouco mais do que isso...
Muzurame: Muito bem garoto... Esse é o fim da linha pra você. É hora dos adultos competirem.
Kenji não responde ao comentário.
Muzurame: Você pode desistir se quiser.
Kenji: Eu acho que não.
Muzurame: Sabe, eu sou um capitão, não há vergonha nenhuma em desistir antes da luta começar. Você estaria evitando sair machucado.
Kenji: Não precisa se preocupar...
Kenji saca a espada.
Kenji: Eu sei me cuidar.
Muzurame olha para seus companheiros na arquibancada, que o contemplavam com um olhar de culpa, como se o que ele estivesse prestes a fazer fosse errado de diversas maneiras, o que o faz suspirar.
Muzurame: Olha... Os meus colegas vão ficar realmente decepcionados comigo se eu te machucar, então por que você não desiste?
Kenji: Não se preocupa, eles não vão se decepcionar. Porque você não vai me fazer um corte sequer...
Muzurame: Muito bem...
O capitão saca a própria zanpakutou.
Muzurame: Apesar de tudo eu já vi que você não é ruim, então eu não vou baixar a guarda.
Ele encara o garoto com um sorriso.
Muzurame: Anda... Dê o seu melhor golpe.
Kenji olha para ele por um instante, e de repente some. Ele reaparece sobre o capitão e lhe dá um golpe. Capaz de ver e acompanhar o movimento, Muzurame se defende com facilidade, mas quando o impacto é recebido, ele arregala os olhos. Sua espada é pressionada e seus pés afundam no chão com o peso do golpe. Kenji dá uma pirueta, parando atrás do seu oponente e golpeando-o mais uma vez, o capitão se defende, mas a mesma coisa acontece... Muzurame desliza certa distância para trás, afetado pelos golpes do pequenino em sua frente, e a sua expressão era nervosa por isso ter acontecido.
Muzurame: Droga...
Kenji: Desculpa...
Muzurame: “Desculpa”?
Kenji: É que esse...
Ele coloca a espada à frente.
Kenji: Não foi o meu melhor golpe...
O capitão se irrita com a displicência do garoto, mas logo torna a rir.
Muzurame: Muito bem... Eu vou admitir, você é melhor do que eu imaginei.
Ele gira a espada e a crava no chão.
Muzurame: Mas eu sou o capitão da 3ª Divisão, e também tenho os meus truques.
A energia começa a se concentrar na espada e o chão todo treme. A reiatsu emanada pelo capitão era incrível, merecendo o cargo que ele exercia.
Muzurame: Desfaça! Tsuchima (Marreta demônio)!
O chão se abre em uma enorme cratera e a espada se quebra em duas. O capitão segura cada pedaço da espada e as converte em uma espécie de energia que circula sua mão. Uma vez de volta ao normal, a zanpakutou de Muzurame havia se tornado duas soqueiras adornadas de espinhos para acertar o oponente.
Muzurame: Tome cuidado...
Ele dá um soco no chão e uma energia estrondosa corre até Kenji, despedaçando as rochas em seu caminho. Kenji é surpreendido pelo ataque, mas consegue desviar. O capitão vê o movimento do adversário e desfere mais dois socos, e duas lâminas de ar se projetam na direção do garoto. Kenji consegue evitar um dos golpes e tenta bloquear o outro, mas a forçado impacto o manda para trás. Quando menos percebe, Muzurame já está atrás dele, e desfere outro golpe. Uma explosão em pleno ar se forma, Kenji é arremessado para fora dela, mas consegue girar e cair ajoelhado, mesmo que a força o faça deslizar para trás alguns metros ainda. Muzurame por outro lado aterrissa com tranqüilidade depois de um golpe bem executado.
Muzurame: E o que achou disso?
O capitão golpeia as soqueiras uma contra a outra.
Muzurame: Não importa onde você aplique força, sempre haverá uma resistência. Nem mesmo uma bala disparada pode viajar para sempre pois o próprio ar a impede, e mesmo quando você golpeia o oponente de alguma forma uma parte desse golpe é amaciada. A minha Tsuchima tem a habilidade de negar e ignorar estas resistências, podendo desferir ataques com a sua capacidade total sem ser impedida ou amenizada por nada. Os ataques podem se propagar com a mesma força pelo ar, pela terra, pela água, ou pelo seu corpo... Não há como bloquear!
Ele manda outro ataque que vem com grande velocidade para cima de Kenji, o garoto some com velozmente e reaparece atrás do seu oponente, acertando-o, mas o golpe é bloqueado com facilidade.
Última edição por Kisuke Itarashi em Sex Jan 02, 2009 5:44 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:22 pm | |
| Muzurame: Shunpo... Pra alguém que não é shinigami você até que desenvolveu essa técnica muito bem. Mas eu estou acostumado a ver capitães se movimentarem assim, então o seu pequeno shunpo não é nada difícil de acompanhar para mim!
Ele afasta Kenji, que mais uma vez usa shunpo e tenta acertá-lo, mas Muzurame continua bloqueando os ataques com facilidade.
Muzurame: Desista pivete!
O capitão desfere mais um soco, Kenji o bloqueia, mas o impacto o arremessa para trás, e apesar de continuar em pé, seus pés deslizam vários metros pelo chão. Muzurame, com a vitória já garantida, agora voltava a mostrar seu ar superior.
Muzurame: Essa é a diferença entre nós dois pirralho. Eu sou um capitão do Sereitei provavelmente a mais tempo do que você é nascido. A diferença entre alguém como eu e alguém como você, que de repente resolveu brincar com uma espada velha, é como a distância até o fundo do mar... E essa é a superioridade... De uma verdadeira zanpakutou...
Ele aponta Kenji.
Muzurame: Devolva esse brinquedo pra onde quer que você tenha achado ele e desista.
Kenji: O poder... De uma zanpakutou...?
Muzurame: Isso mesmo.
Kenji: Então eu acho... Que você pode ver...
O garoto segura a zanpakutou à frente com as duas mãos.
Muzurame: O... O que você vai fazer?
Kenji observa seriamente seu oponente.
Kenji: Imponha a esmagadora ira divina sobre os ofensores...
A energia em Kenji começa a crescer, e a espada começa a brilhar, permanecendo nessa situação por um tempo...
Kenji: Tensui!
O brilho da espada se torna ofuscante e todos no estádio têm de cobrir os olhos para protegê-los. Este brilho branco tão claro quanto o sol pode ser visto de longe e dura alguns segundos antes de desaparecer. Quando isso acontece, Muzurame finalmente pode abrir os olhos e encarar seu oponente de novo... A espada não havia mudado muito, sua aparência era um pouco mais polida e sua lâmina brilhava em prata de uma maneira muito bela, mas só, e isso faz com que Muzurame ria ainda mais do garoto.
Muzurame: Por um instante você me assustou garoto. Você realmente me fez pensar que alguém que nunca colocou os pés no Sereitei antes pudesse ter uma zanpakutou, e ainda por cima obter shikai. Foi um bom trabalho... Mas os seus truques não me impressionam! Acha que um flash idiota é tudo que vai precisar fazer pra me assustar!?
Kenji, sem responder, de repente desaparece, e pela expressão de Muzurame, nem ele havia conseguido ver aquele movimento.
Kenji: Eu ainda nem te mostrei o poder... Da minha zanpakutou...
Muzurame é surpreendido ao ver Kenji sentado em seu ombro. Os capitães não conseguiam entender, o shunpo de Kenji até então, apesar da técnica ser excelente, podia ser acompanhado pelos seus olhos com facilidade, mas pelas suas expressões este era um movimento que ninguém conseguira ver.
Maya: Mas... Eu não vi nada... Como ele foi parar ali?
Kazuya: O Muzurame...
Maya olha para seu companheiro logo ao lado, a expressão séria.
Kazuya: Vai perder...
Muzurame se irrita com a displicência do garoto.
Muzurame: Maldito!
Ele desfere um soco, mas Kenji desaparece de novo, reaparecendo quase que instantaneamente na frente dele, a espada apoiada no ombro.
Kenji: Resistência...? Antes você precisa acertar alguma coisa pra ver essa resistência...
Muzurame o ataca mais uma vez, Kenji some com a mesma velocidade. Dada a impossibilidade de acompanhá-lo com os olhos, toda vez que o garoto desaparecia daquela maneira ele tinha de procurá-lo para pode atacar de novo, e isso o fazia perder tempo entre os ataques.
Kenji: Além disso...
Diz Kenji depois de evitar mais dois ataques e reaparecer bem em frente ao inimigo.
Kenji: Essa sua resistência não é o suficiente pra evitar os estragos do golpe...
O garoto o ataca com a espada, fazendo com que uma energia poderosa emane dela, Muzurame o impede com as suas soqueiras, mas a energia do golpe o arremessa com força impressionante para cima. Kenji desaparece outra vez e reaparece bem acima da trajetória do capitão, acertando-lhe nas costas com tudo com um chute da mesma potência, o que faz Muzurame ser disparado violentamente contra o chão. Com o cenário agora invertido, Kenji é quem aterrissa suavemente, enquanto seu oponente se levanta com dificuldade.
Muzurame: Ko... No...
Kenji: Você perdeu porque estava olhando pra baixo pra mim, quando você na verdade...
Kenji some mais uma vez, seu inimigo apenas vê um feixe prateado momentâneo, e Kenji reaparece atrás dele, a uma boa distância.
Kenji: Deveria estar olhando pra cima...
Os olhos do capitão giram para cima e ele tomba derrotado, Kenji balança a espada e seu brilho prateado some como pequenas gotículas luminosas no ar antes de ele a guardar de volta na bainha. A audiência desacreditava, nem mesmo os capitães acreditavam que um companheiro forte ao lado do qual já haviam lutado pudesse ser derrotado dessa maneira.
Garu: E... Eu não acredito...
Maya: Muzurame baka yaro! Nem mesmo conseguiu perceber que a espada do inimigo era uma zanpakutou! Devia ter usado bankai e acabado logo com isso!
Kazuya: Bankai...? O Muzurame nunca usaria bankai nessa criança. Além disso, eu não acho... Que ele teve tempo de cogitar essa possibilidade...
Juni estreitava a sua visão, observando no meio da multidão o que acontecia com um sorriso no rosto.
Juni: O Mumu se deu mal...
Ela observa Kenji ir embora.
Juni: Isso está ficando interessante. Você não acha Kaji-kun?
Ao seu lado, Kaji parecia espantado.
Kaji: Muzurame... Taichou...
Garu, que até então estivera observando a luta, se levanta e se retira da arquibancada, Keiko o segue. Do lado de fora do estádio, ela lhe chama a atenção.
Keiko: Garu!
Garu pára e se vira para ela.
Keiko: Você conhece aquele garoto?
Garu: Por que está me perguntando isso?
Keiko: Eu só tive uma impressão.
Garu encara a colega por um tempo, depois suspira.
Garu: Eu conhecia. Mas isso foi há muito tempo.
Keiko: E o que ele está fazendo aqui?
Garu: Eu não sei.
Keiko: Mas você é o único que sabe alguma coisa sobre ele.
Garu: Eu não sei. Eu imaginava que ele talvez já estivesse até morto a essa altura.
Keiko: Bom... Ele não está, e acabou de derrubar o Muzurame. Garu...
Ela se aproxima dele.
Keiko: Você tem que falar com ele?
Garu: Eu? Por quê?
Keiko: Essa é uma competição organizada pelo Comandante, e nós sabemos bem o propósito dela.
Garu: Então por que você não diz alguma coisa?
Keiko: Eu não estou falando disso. O comandante não soltou um pio sobre retirar ele da competição, então ninguém se opôs. Mas Garu... Você já imaginou o que iria acontecer se esse garoto ganhasse essa competição?
Garu: Ele não vai ganhar.
Keiko: Mesmo hipoteticamente. Ele é só uma criança... O que nós faríamos a respeito disso?
Garu: Eu assumo que isso seja responsabilidade do Comandante.
Keiko: Eu não estou preocupada com o Comandante, eu estou preocupada com o que vai acontecer com aquela criança.
Garu suspira, entendo a preocupação dela.
Keiko: Por favor Garu...
Ele a analisa por mais um tempo, talvez considerando a proposta, até soar desistente.
Garu: Tudo bem...
Keiko: Obrigada...
Para realizar o pedido da capitã da 4ª Divisão, Garu vai à procura de Kenji e o encontra sentado sozinho no salão especial onde os lutadores aguardavam. Sem nem ao menos dizer um oi, Garu toma um lugar ao lado dele.
Garu: Eu não imaginei que fosse ver você aqui.
Kenji: Garu... Osan...
Garu acena para ele com um sorriso.
Garu: Já faz tempo desde que nos vimos pela última vez, não é mesmo?
Kenji: Suponho que sim...
Garu: Você parece ter se virado bem. Como é o orfanato?
Kenji: Normal... Igual a qualquer outro orfanato. Eu acho...
Garu: E você agora tem até uma zanpakutou. Você andou treinando, é?
Kenji: Tem alguma coisa importante que você queira me falar?
Garu se silencia, percebendo que aquela enrolação não estava levando a lugar algum.
Garu: Kenji... Você sabe onde você tá?
Kenji: Claro que eu sei.
Garu: Isso é um torneio.
Kenji: Eu sei disso.
Garu: Pra decidir quem vai substituir o Comandante General.
Kenji: Eu sei disso também.
Garu: Olha, o cargo do Comandante é muito importante, foi ele quem fundou a academia shinigami e o próprio Sereitei, então você...
Kenji: Eu sei de tudo isso osan. Onde você quer chegar?
Garu o encara por mais um tempo.
Garu: Olha, eu sei que você pensa que ficou muito forte, mas estas pessoas aqui não estão pra brincadeira. E mesmo que você os derrote, o que vai fazer depois? Vai ir falar com o Comandante e pedir o haori dele? Isso aqui não é uma brincadeira Kenji.
Kenji: Você continua me tratando feito uma criança...
Garu: Eu estou falando sério Kenji. Esse é um assunto sério, com o qual muitas pessoas já tiveram problemas. O que você acha que eles estão pensando vendo um garoto da sua idade competir?
Kenji: Isso não me importa.
Kenji se levanta.
Kenji: E o prêmio também não me importa. Fala pra esse tal Comandante que ele pode colocar o segundo lugar no cargo dele.
Garu: Se é esse o caso por que ao menos está competindo.
O garoto suspira um momento e olha para o chão.
Kenji: Não foi pra isso que eu entrei nessa competição...
Ditas estas últimas palavras, Kenji vai embora e deixa Garu pra trás... O torneio continua, os participantes, e Kenji também, progridem, avançando pela derrota de oponentes cada vez mais poderosos... E finalmente vem a final. De um lado da arena, Kenji aguardava seu adversário, e este não demora para se juntar à ele no centro do lugar. Os capitães, servindo como espécies de juízes, e portanto fadados a assistirem todas as lutas, se mostravam um pouco mais ansiosos quanto a esta.
Kazuya: É impressionante que esse garoto tenha chegado até aqui... Mas agora é o fim da linha.
Maya: Sem dúvida.O Ryusuke não é tão impulsivo quanto o Muzurame. Ele está em um nível completamente diferente, e não vai dar trégua pra esse pivete.
Ryusuke era um homem de aparência calma, com um físico um tanto quanto magro, e cabelos loiros compridos levemente cacheados. Realmente ele parecia mais experiente e inteligente que seu outro companheiro...
Ryusuke: Então você é o meu último oponente... Isso talvez seja interessante...
Kenji: Não vai não, porque eu não estou afim de perder tempo com você.
Ryusuke: Se eu fosse você eu teria mais respeito, porque afinal de contas...
Ryusuke puxa lentamente a espada para fora da bainha.
Ryusuke: Sou eu quem vai te derrotar...
Já em sua posição de batalha, o capitão da 9ª Divisão espera alguma ação do oponente.
Ryusuke: Se está pensando em tentar usar o mesmo truque em mim que usou no Muzurame, não vai adiantar. Se lembra de que eu estava assistindo a luta.
Kenji: E daí...?
Última edição por Kisuke Itarashi em Sex Jan 02, 2009 5:51 pm, editado 2 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:22 pm | |
| Kenji puxa sua zanpakutou, o que parece interessar Ryusuke.
Ryusuke: Vamos ver o que você tem...
Ele segura a espada à frente.
Ryusuke: Renasça... Hitodama (seria o nosso “fogo-fátuo”)!
A espada brilha em verde, dois dentes da guarnição se alongam, e a mesma ganha alguns adornos semelhantes a rostos com expressões macabras de terror, enquanto a lâmina se torna reta mas ondulada como uma chama.
Ryusuke: Agora vamos ver... O quão bom você é.
Ele move a espada no ar, e por um instante nada parece acontecer, até que o solo abaixo de Kenji explode com brutalidade. Kenji escapa de dentro da fumaça e escombros rapidamente.
Ryusuke: Não adianta!
Ele move a espada mais uma vez, e mesmo em movimento a explosão consegue acertar onde Kenji estava, mas por pouco ele consegue escapar.
Ryusuke: Não pode fugir pra sempre... Da minha técnica.
Ele gira a espada em um movimento estranho, então várias luzes verdes se projetam do chão cercando Kenji e explodem com ferocidade. Aquela batalha havia sido ganha com facilidade pelo capitão Hitoshi.
Ryusuke: Hitodama... Diz a lenda que é a forma que a alma humana toma depois de morrer quando vai para o outro mundo, um globo de luz pairando no ar com vontade própria. Várias pessoas na Antigüidade já avistaram tais aparições. Nós shinigamis mais do que todos sabemos que isso não passa de besteira, estas visões eram causadas por nada mais que a combustão em contato com o ar de gases liberados pela decomposição de matéria viva, como os corpos dentro dos túmulos, gerando uma breve e luminosa chama a qual era confundida com um fantasma. No entanto a minha zanpakutou dá um significado muito mais profundo a essa lenda, podendo gerar explosões de energia vindas do solo por onde eu comandar. A sua imprevisibilidade... É o que a torna tão mortal...
Kenji: Imponha a esmagadora ira divina sobre os ofensores...
Kenji de repente salta do meio da fumaça.
Kenji: Tensui!
Sua espada brilha por um momento, depois assumindo seu tom prata real, e o garoto a usa para golpear seu adversário. O golpe é bloqueado mas o impacto é poderoso, forçando até mesmo o capitão contra o chão.
Ryusuke: Bom golpe.
Ele desliza sua lâmina contra a do garoto, e depois o empurra para trás. Kenji aterrissa com facilidade, agora pronto para lutar de verdade.
Ryusuke: Pra alguém que nunca esteve na academia... Este golpe foi bem aplicado. Onde aprendeu ele?
Kenji: Como se eu tivesse que te dizer...
Ryusuke: Entendo...
O capitão fecha os olhos, parecendo não ter mais interesse algum naquela luta. De repente, ele os abre rapidamente e move a espada. As luzes verdes aparecem sob os pés de Kenji e explodem rapidamente, mas com a mesma velocidade o garoto some.
Ryusuke: Ele é rápido...!
Rapidamente ele localiza Kenji de novo e torna a atacar, o chão explode mas o garoto mais uma vez som com seu truque. Kenji de repente aparece atrás de Ryusuke.
Kenji: Você precisa me acertar antes!
Kenji manda mais um golpe, mas o líder da 9ª Divisão, fazendo jus ao seu posto, rapidamente move a espada e causa uma explosão entre os dois que os separam. Ele se afasta, deslizando de costas, olha para cima como se pressentisse o inimigo, e consegue bloquear Kenji mais uma vez, que caía com a espada sobre ele. Ryusuke empurra Kenji, que dá uma pirueta e cai de pé no chão, e em seguida torna a movimentar sua espada, explodindo o chão. Com a técnica estranha de Kenji ele pode rapidamente se mover para circular o oponente, que, na tentativa de acertá-lo, explode o chão em uma trilha destruidora que persegue o garoto.
Juni: Uhuuuu! Vai lá Ryu-chan!
Kenji consegue fugir dos locais das explosões instantes antes de eles detonarem. Ele aparece em um certo ponto e avança para cima de Ryusuke, golpeando-o e sendo bloqueado, mas o garoto some mais uma vez, fazendo com que o capitão o perdesse de vista, localizando-o atrás de si bem a tempo de bloquear mais uma vez, mas Kenji some de novo.
Ryusuke: Ele é muito rápido!
Kenji começa a desaparecer e reaparecer a toda volta do capitão.
Kenji: O que foi? Eu achei que você já tivesse essa luta nas mãos.
Sua técnica é tão rápida que quatro figuras errantes se materializam ao redor do inimigo.
Kenji: Eu disse que primeiro você tem que me acertar...
Os capitães nunca haviam visto técnica de shunpo tão avançada quanto aquela.
Maya: Como é rápido!
Ryusuke: Ainda precisa de mais do que isso!
Ele explode o chão em cima de uma das imagens, mas nada parece acontecer. Kenji reaparece numa velocidade impressionante na frente dele, e com um movimento desperdiçado, Ryusuke agora se via com a guarda aberta... Sem nem ao menos ver o que aconteceu, Kenji acaba atrás dele, com um golpe finalizado que nem mesmo pôde ser visto, Ryusuke parece surpreso ou assustado por um momento, e de repente três cortes em pontos diferentes de seu corpo, jorrando sangue para o alto.
Keiko: Até o Ryusuke...
Juni: Coitadinho dele...
Kenji parecia já haver finalizado, então encerra o seu ato, balançando a espada, mas antes de desfazer sua shikai, algo acontece. Ryusuke crava a espada no chão, não para realizar outro ataque, mas para usar como apoio, e recuperar o seu fôlego com uma respiração ofegante.
Ryusuke: Isso... Isso foi diferente...
Ele consegue ainda se virar para Kenji.
Ryusuke: Essa técnica... Eu não consegui ver um movimento sequer... Isso não é shunpo... Shunpo algum permite esse nível de velocidade... Que poder é esse garoto...?
Kenji: Eu não quero responder.
Ryusuke: Mesmo nessa situação você ainda age com displicência...
Parecendo ter energia pra continuar, Ryusuke se vira para ele.
Ryusuke: Mas isso vai desaparecer agora...
Ele retira a espada do chão e a leva à frente do corpo.
Ryusuke: Mesmo sendo um garoto... Você deve saber... Se lembre que eu sou capitão do Sereitei... Por isso...
O grupo de capitães assistindo de assusta.
Garu: Ele vai usar...?
Keiko: Ryusuke! Pára!
Ryusuke porém, não parece dar ouvido a nenhum de seus companheiros.
Ryusuke: Ban... Kai...
Nada acontece por um momento, até que a lâmina de sua espada começa a derreter e se transformar em um líquido verde que, ao ser derramado, é rapidamente absorvido pelo solo. Tudo fica em silêncio por um instante, até que o chão todo começa a brilhar em verde e de repente inúmeros globos de luz verde ascendem, arrebentando a rocha. O céu todo imediatamente fica recoberto por esses globos, cercando completamente a área.
Ryusuke: Hitodama Senkonbaku (Explosão de mil almas)...
Os globos de luz permanecem flutuando no ar com movimentos leves como suspensos na água, e Ryusuke, mesmo que agora sem espada, parecia no controle deles, e pronto para a nova batalha.
Ryusuke: E então...? É isso o que nos diferencia... Os capitães, do resto dos shinigamis. A nossa última e mais poderosa liberação da zanpakutou... Esse é o meu bankai.
Kenji observa ao seu redor estas inúmeras e estáticas bolas de luz que iluminavam tão belamente o local, soltando um som tão pacífico e tranqüilo quanto as próprias pareciam ser.
Ryusuke: Esta cerimônia de mil almas renascidas é a última visão que os meus inimigos têm, agora se livrando de sua prisão terrestre e dominando o ar como os antigos as viam. Os ataques não mais vêm do chão, eu posso explodi-las em qualquer ângulo que quiser. Desse jeito...
Ele move a mão de leve, e dois dos globos de luz descem velozmente até Kenji, fazendo uma impressionante explosão, com a capacidade de uma bomba de grande porte. Kenji de repente reaparece em outro canto da arena, tendo evitado o golpe. Ryusuke o localiza, agora estando mais calmo.
Ryusuke: Essa técnica é realmente rápida, mas você não pode escapar da minha Hitodama.
Ele move a mão de novo, e mais 4 globos se projetam contra Kenji. O garoto some e reaparece em outro lugar, os globos o seguem pois não explodem sem impacto. Ele desaparece mais uma vez para fugir, só que na área onde aparece outros globos se movem em sua direção. Não demora muito até todas as esferas verdes estarem se movimentando pelo lugar.
Ryusuke: E então...? O que acha?
Kenji precisava usar sua técnica constantemente para evitar todos os ataques que vinham contra ele.
Ryusuke: Não há como escapar!
Duas das esferas voam em sua direção, uma pela frente e outra por trás, Kenji desaparece e as duas se chocam no ar, gerando uma poderosa explosão. O garoto reaparece no chão e olha para cima, os globos de Ryusuke continuavam a se movimentar.
Ryusuke: Minha técnica não pode ser anulada.
Duas luzes verdes iluminam o chão ao redor de Kenji, e duas novas esferas rompem o solo, tomando o ar.
Ryusuke: Pra cada uma destas aparições que explode, uma nova surge no lugar...
Kenji se vê em situação total de recuo, tendo que fugir pois ser acertado por uma única daquelas esferas teria graves conseqüências.
Keiko: Ryusuke! Ficou maluco!? Como você ousa usar essa técnica contra uma criança!?
Ryusuke: Isso não é uma brincadeira!
Dizia o capitão enquanto comandava seus explosivos contra o pequeno Kenji.
Ryusuke: Esse torneio foi dado início para escolher alguém especial, alguém digno e com capacidade de comandar o Sereitei. O propósito desse torneio não tem nada a ver com diversão, tem a ver com escolher a pessoa certa, e que tenha poder acima das outras para impor obediência e respeito, levando Soul Society pelo caminho correto que o Comandante sempre trilhou! E eu não vou permitir que um pirralho simplesmente surja e fique de gozação com a nossa cara em um momento tão grave!
Keiko: Isso não é motivo pra usar bankai contra um garoto!
Kenji continuava fugindo dos ataques, mas para não ser acertado tinha de usar sua técnica constantemente. Irritada com a situação, Keiko se levanta, já segurando a espada e pronta para intervir.
Comandante: Pare!
Keiko congela, e encara o Comandante em seu local acima de todos eles.
Keiko: Sensei...
Comandante: Os participantes sabiam do risco quando aceitaram participar. Um torneio em que os lutadores não utilizam toda a força não é um torneio de verdade... O garoto deve aceitar as conseqüências!
Keiko aperta a espada nervosa, mas não podendo desobedecer as ordens do comandante sem criar uma grande confusão, se vê impossibilitada de fazer qualquer coisa, então apreensiva ela retorna ao seu lugar... A situação estava apertada para Kenji, e este ataque era diferente dos outros que havia enfrentado até agora.
Ryusuke: E então? O que vai fazer?
Kenji analisa seu oponente enquanto se esquiva dos ataques, e faz uma decisão. Ele some, reaparecendo a alguns metros do inimigo e parte para cima dele, porém, um pouco antes de chegar nele, duas esferas de luz se levantam do chão em seu caminho, obrigando-o a mudar de trajetória bruscamente. Ele some e tenta de novo por trás do inimigo, mas a mesma coisa acontece, só que dessa vez com quatro esferas. Ele pára a certa distância do inimigo, e depois utiliza a mesma técnica de antes, se movendo com tamanha velocidade que faz 5 imagens de si mesmo que cercam o oponente. Já conhecendo o truque, Ryusuke utiliza um movimento estranho que o cerca completamente pelas esferas explosivas verdes. Kenji tenta parar, mas já havia feito o seu movimento... A lâmina se movimenta pelo ar, um movimento preciso e bem aplicado que corta até a mais fina partícula de água em seu caminho, mas sua trajetória é mortal. Ela então encosta em um dos globos verdes do adversário, é um toque muito leve, mais um raspão do que qualquer outra coisa, mas isso já é o suficiente para disparar seu poder. Uma explosão... Na verdade, uma senhora explosão. Colunas de chamas se propagam e sobem ao ar velozmente iluminando o local com outra cor, num incêndio majestoso e imponente... Por um milagre, Kenji é arremessado ainda inteiro desse mar de fogo letal. Ele gira e cai ajoelhado no chão, deslizando vários metros para trás. Quando finalmente consegue parar, ele torna a encarar a coluna de fumaça, que repentinamente se dispersa e revela o capitão Hitoshi. Agora o cenário parecia haver se invertido, e o capitão da 9ª Divisão pressionava Kenji como bem entendia.
Ryusuke: Não soe tão chocado, afinal... Esse é o poder de um bankai. Agora acabou garoto, admita a derrota, eu não quero te machucar. Mas essa é uma competição séria com graves conseqüências no futuro da Soul Society, então não espere que eu pegue leve se você se recusar a ir embora.
Kenji pressiona o punho da espada com força, irritado.
Ryusuke: Volte pra casa. Vá brincar de alguma coisa.
Agora furioso, Kenji pressiona a espada e se levanta.
Ryusuke:Então você ainda quer lutar?
As esferas de Ryusuke tornam a se erguer do chão.
Ryusuke: Eu já disse, se não parar agora vai morrer...
Kenji: Não me trate feito uma criança...
Ryusuke: Mas isso é o que você é. Nada mais que um pivete mimado que acha que só porque despertou shikai pode intervir nos assuntos da Soul Society assim. Ainda mais em um tão grave quanto esse. Enquanto nós estamos em um momento de crise você está brincando e fazendo piada da nossa cara. Você não é nada além de uma criancinha perdida... | |
| | | Kisuke Itarashi
Número de Mensagens : 1393 Idade : 35 Respeito : Warn : Nível de Interpretação : Impecável Reputação : 5 Pontos de troca : 6261 Data de inscrição : 15/03/2008
| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:23 pm | |
| Kenji encara o inimigo por um tempo, parecendo ter vontade de degolá-lo por ousar falar aquelas coisas para ele...
Ryusuke: Desista garoto, a sua técnica é boa, mas você ainda precisa me alcançar pra me acertar, e a minha Hitodama me oferece uma proteção em 360°. Você não tem como se aproximar de mim, a sua técnica foi anulada... Acabou.
Kenji: Você fala mais que a boca...
Kenji acerta a guarnição da sua espada com a palma da outra mão.
Kenji: Vamos ver se você muda de opinião depois que eu te mostrar isso...
Duas pequenas luzes então se acendem nas “asas” da guarnição, e a mesma começa a girar.
Kenji: Você até agora só soube me dar sermão sobre como eu não levo as coisas a sério e estou aqui pra atrapalhar todo mundo. Mas você não faz idéia... Do que eu estou fazendo aqui...
A guarnição começa a girar mais rápido.
Kenji: E é por causa das suas ofensas que eu vou te mostrar o verdadeiro poder da minha zanpakutou. Preste bem atenção, porque você é o primeiro a ver... O meu bankai...
A guarnição da Tensui gira rapidamente, deixando uma trilha de luz circular, Ryusuke arregala os olhos.
Ryusuke: Ele disse... Bankai...?
Keiko: Bankai...?
Maya: É impossível... Um garoto desse tamanho não pode ter bankai...
A guarnição continua girando a uma velocidade incrível, todos pareciam desacreditados que aquele pivete fosse usar bankai. Ryusuke sua frio, algum lugar em sua mente tentando lhe convencer de que aquilo era apenas conversa e que nada iria acontecer, mas...
Kenji: Ban...!
Ryusuke se mostra incrivelmente assustado.
Kenji: Kai!
... Ryusuke permanecia caído no chão, ainda vivo mas parecendo em estado grave. Uma fumaça saía de seu corpo como se ele houvesse sido todo queimado, e Kenji não tinha um arranhão sequer... O garoto apóia a espada no ombro, dá as costas e sai andando. Da arquibancada, a expressão dos capitães havia mudado, agora para pavor.
Maya: A... Aquela técnica...
Keiko: Que coisa... Era aquela...?
O Comandante General não esboçava reação nenhuma, ele simplesmente se levanta e vai embora... Os capitães estavam meio perdidos naquela situação, o resultado totalmente inesperado exigia decisões às quais eles não haviam se preparado.
Maya: E agora... O que a gente faz?
É então que Kazuya se levanta e começa a se retirar.
Maya: Shishio!
Kazuya pára de andar, sabendo a razão pela qual havia sido interrompido em primeiro lugar.
Maya: Aonde você vai?
Kazuya: Acabou. No final das contas ficará para o Comandante decidir. Não há nada que nós possamos fazer aqui...
Sem dar mais atenção aos colegas, o capitão vai embora. Quando o mesmo passa pela saída, Juni já está em seu aguardo.
Juni: Kaka!
Diz ela em tom de zombação mostrando-lhe um sorriso simpático.
Kazuya: Vamos embora Juni.
Juni: Ne... O que vocês vão fazer?
Kazuya: O que nós podemos fazer? Soul Society não irá aceitar um garoto como Comandante General.
Juni: E o vovô?
Kazuya: Eu não sei, mas se eu conheço bem ele, ele tem alguma coisa planejada...
Kenji arrumava suas coisas, pronto para ir embora, seu papel no torneio havia sido cumprido e não havia mais nada para ele fazer ali. Porém, quando termina de amarrar a zanpakutou, alguém se une a ele.
Comandante: Muito bem...
Ele olha para trás e vê a figura do Comandante General o encarando, mas não se mostra muito emocionado com aquilo.
Kenji: Os seus capitães são bem fortes.
Comandante: Nenhum deles foi escolhido levianamente, mas ainda sim... Você os derrotou.
Kenji: É... Sinto muito sobre isso.
Comandante: E então... O que nós vamos fazer a respeito disso?
Kenji: Eu não quero o seu prêmio estúpido. Eu avisei o Garu-osan que você podia nomear o segundo colocado, afinal aquele cara também é bem forte pra ter chegado até lá.
Comandante: E do mesmo jeito você ganhou...
Kenji: É... Mas agora eu vou indo, então se me dá licença...
Comandante: Não.
Esta resposta surpreende Kenji por um instante, ele não esperava ser tratado daquela maneira.
Comandante: Você sabia bem o propósito dessa competição antes de entrar aqui...
Kenji: Eu já disse que não quero seu cargo estúpido.
Comandante: Então por que fez isso? Queria descobrir o quão forte era?
Kenji: Eu não preciso provar esse tipo de coisa pra ninguém.
Comandante: Então por quê?
Kenji: É porque...
A resposta parecia estar na ponta da língua de Kenji, mas, como se fosse uma resposta embaraçosa, ele se recua a relatá-la para aquele velho estranho, e o fato de estar sendo exigida uma resposta apenas o deixa mais nervoso.
Kenji: Eu não preciso te dar motivo nenhum! Agora sai da minha frente.
Comandante: Não.
Kenji: Olha aqui velho, eu não sei o que você quer de mim, mas tudo que eu quero é ir embora, então se ficar na minha frente eu vou ter que te machucar.
Comandante: Ora... É impressionante que mesmo que esteja falando com alguém como eu você seja desafiador dessa maneira. Isso é coragem? Ou você é só... Um fedelho mimado?
Kenji serra os dentes e puxa a espada, avançando na direção do velho, mas uma simples lufada de energia do Comandante que parece não lhe custar esforço algum é o suficiente para arremessar o garoto com força até a parede. Kenji cai no chão, este tendo sido o golpe mais forte que ele recebera o torneio inteiro, e que lhe tira o fôlego.
Comandante: Impulsividade não é uma das características que eu esperava no meu sucessor...
Kenji: Eu não sou o seu sucessor velho.
Comandante: Ser Comandante General do Sereitei envolve muito mais que apenas força. É preciso razão, dedicação, e habilidade para fazer boas decisões... Mesmo que elas sejam difíceis, como foi a decisão de realizar esse torneio...
Kenji: Eu não estou nem aí.
O garoto o ataca mais uma vez, movendo a espada em um golpe violento, mas o Comandante segura o ataque tranqüilamente com o indicador e o polegar.
Comandante: Você diz que não participou desse torneio pra se tornar General, também não foi para se testar, e eu duvido que tenha sido para tentar obter algum tipo de fama...
Com um movimento simplório, o Comandante manda Kenji outra vez voando direto contra a parede. O garoto balança a cabeça, prestes a levantar de novo, mas a ponta de uma bengala acerta a parede acima do seu ombro esquerdo, interrompendo esta ação.
Comandante: Então diga... Qual foi o verdadeiro motivo...?
Kenji o encara nervoso, e aperta a zanpakutou, mas estranhamente... Ele não sentia vontade alguma de lutar contra aquela figura. Tão calmo e pacífico era o Comandante que seus golpes brutais eram até mesmo difíceis de se conceber, e mesmo não estando no ringue essa hora, Kenji percebe que ele estava em outro nível, e nem mesmo ele conseguiria ganhar desta pessoa. Estes dois fatores somados fazem com que Kenji implicitamente se renda, até porque não havia mais o que fazer em sua situação, não contra aquele homem... Não contra aquele ser... Mas ainda sim, o seu ar tão calmo e nobre faz com que o garoto sinta bem profundamente que eles não eram inimigos, e, assim como um médico a tratar da ferida, que ele estava ali para ajudar, não apenas para irritá-lo...
Kenji: Eu precisava ter certeza...
O rapaz abaixa a espada, se recusando a prosseguir com a luta, e o Comandante paciente e intrigado espera pelo resto da resposta.
Kenji: Precisava ter certeza... De que o Gotei era exatamente o que eu imaginava. Que vocês estariam prontos para fazerem o que estão aqui pra fazer... Eu tinha que ver com os meus próprios olhos que vocês...
Kenji levanta a cabeça e encara o Comandante direto nos olhos, se lembrando do incidente que ocorrera naquele dia, anos atrás...
Kenji: Vocês eram capazes de proteger todas as pessoas que entregaram sua confiança a vocês...
O Comandante o encara, como se repassasse e analisasse a resposta em sua mente, e depois calmamente retira a bengala da posição em que estivera até então.
Comandante: Muito bem... Qual é o seu nome rapaz?
Kenji: É Kenji senhor... Kenji Hiyutsumoto...
Comandante: É um bom nome. Bem Kenji... Gostaria de dar uma volta comigo...?
Kenji continua encarando o homem, e pela sua expressão, aparentemente não iria recusar... | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: A história de Kenji Hiyutsumoto... Sex Jan 02, 2009 5:23 pm | |
| Tempos depois... A imensa porta dupla do salão de reunião da 1ª Divisão se fecha, revelando o símbolo nela encravado. Do lado de dentro, os capitães se reuniam em duas filas de seis como geralmente faziam. Passos ecoam pela impecavelmente polida madeira que recobria o chão, e das sombras à frente deles, surge o pequeno Kenji, agora uniformizado como um verdadeiro shinigami, e principalmente... O haori... Um haori que, apesar de provavelmente ser o menor disponível, aparentava ser um tanto quanto grande para ele, conseqüentemente, a barra deste arrastava de leve pelo assoalho. Mas isso pouco importava, aquele era um símbolo, um símbolo do que Kenji havia conseguido, e da missão que agora era seu dever cumprir... Ele pára frente à linha de capitães, como era lugar e costume do Comandante do Sereitei...
Kenji: Meu nome é Hiyutsumoto Kenji... Eu sou o seu novo Comandante General...
Sua voz soa séria, madura e firme, e aquela sala, mesmo preenchida por capitães, as maiores autoridades no Sereitei, não ousa contestar as palavras de seu novo líder... Sereitei... Época atual... A mesma sala de reunião onde capitães costumam se reunir, mas agora, Garu era o único presente lá, e Kenji estava sentado à mesa do Comandante, aparentemente com um bocado de trabalho pela frente.
Kenji: E o pelotão enviado pra Rokungai?
Garu: Hai, não houve informações sobre nenhum tipo de distúrbio no local.
Kenji: Ótimo. Eu quero que prepare dois times da sua própria Divisão com contingente de 5 pessoas, e dê ordem para o 11° e 12° Esquadrões fazerem a mesma coisa para iniciarem a investigação.
Garu: Hai. Com licença.
Garu, tendo suas novas ordens, já se prepara para ir cumpri-las.
Kenji: E Garu-osan...
Ele imediatamente pára e se vira para o seu Comandante.
Garu: Hai.
De repente, Kenji lhe faz uma careta infantil.
Kenji: Se pegarem você bebendo outra vez no meio do serviço eu peço pra Shizune-san decidir o seu castigo.
Garu dá um sorriso.
Garu: Não posso fazer promessas...
Enquanto ia embora do lugar, Garu parecia, de alguma maneira, muito tranqüilo e calmo, como geralmente parecia “Kenji... Você sem dúvida cresceu muito...”. Estes são os seus pensamentos antes de deixar o local... Kenji, por outro lado, tem a sua pilha de serviço para continua, mas ele a abandona e vai andando até a varanda de sua sala. Do lado de fora, aquele talvez fosse o ponto onde era possível ver o Sereitei e Soul Society da forma mais ampla possível... A visão se estendia ao longe, ultrapassando as próprias muralhas do Gotei e se perdendo no horizonte. Kenji aprecia aquela vista, mais uma vez certo e decidido de seu dever...
Kenji: Mãe... Pai... Eu vou proteger todas essas pessoas... Eu juro... Eu não vou falhar... | |
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