Nova Geração de Bleach |
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| Aventura do fórum | |
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Autor | Mensagem |
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Kisuke Itarashi
Número de Mensagens : 1393 Idade : 35 Respeito : Warn : Nível de Interpretação : Impecável Reputação : 5 Pontos de troca : 6258 Data de inscrição : 15/03/2008
| Assunto: Aventura do fórum Sex Ago 13, 2010 11:28 pm | |
| Antes de começar essa postagem, eu queria pedir desculpas pro resto da staff pelo meu sumiço repentino, e queria pedir desculpas aos demais jogadores... Procurando na internet, eu vi que realmente não é fácil de se encontrar um fórum que nem esse, e eu acho desapontante não poder dar prosseguimento a ele, principalmente pq muitos players vêm aqui ainda pra fazer suas fichas, e não há mais missões. Eu não vou voltar, e a questão não é vontade, pelo contrário, eu adorava as aventuras aqui no fórum, chego até a dizer que eu gostava mais do nosso universo paralelo de Bleach do que o da história original... Porém... Eu não disponho mais de tempo pra dedicar à mestragem... Eu passo o dia inteiro fora de casa, sem internet, quando estou em casa eu tenho que estar fazendo trabalho de faculdade ou estudando, e eu acho totalmente frustrante um mestre abandonar a narrativa no meio do jogo, ou então levar uma semana inteira pra postar... O fato de eu não mestrar mais é nada menos do que respeito aos jogadores... Mas enfim, venho dizer que estava com saudades. Tidus e companhia, pode parecer estúpido, mas acreditem se quiserem... Eu esqueci o meu msn... Por isso eu nunca mais entrei... A única história de grande porte que eu tive a oportunidade de mestrar aqui se chamava "As pétalas de lírio caídas", que, felizmente, o Hei preservou na parte de RPG paralelo. Esta história me deu a oportunidade de me familiarizar e descobrir mais acerca dos personagens de cada um dos meus colegas da staff, a ponto de que eu já tinha tramas inteiras montadas pra eles. Fiquei bem triste inclusive quando o fórum foi resetado e todas as missões mestradas até então foram perdidas... Mas SIM, eu tinha mais aventuras preparadas pros jogadores. Na verdade, eu tinha uma saga inteira no nosso próprio mundo particular de Bleach pros nossos jogadores se divertirem... E apesar de eu não mestrar mais aqui, é em nome dessas saudades que eu venho aqui deixar um último presente a vocês... Eu vou postar aqui, em forma de narrativa, e assumindo o papel de todos os antigos personagens do fórum, toda a história que eu tinha planejada pra vcs e não tive a oportunidade de mestrar... Eu espero que gostem, e entendam a razão de eu ter abandonado o fórum, sem me excusar mais uma vez das desculpas que lhes são devidas... Enfim... Curtam a história... | |
| | | Kisuke Itarashi
Número de Mensagens : 1393 Idade : 35 Respeito : Warn : Nível de Interpretação : Impecável Reputação : 5 Pontos de troca : 6258 Data de inscrição : 15/03/2008
| Assunto: Re: Aventura do fórum Sáb Ago 14, 2010 12:09 am | |
| A manhã veio gélida e com uma fina névoa para o Sereitei. Apesar de ser o mundo dos mortos, o clima efetivamente muda na Sociedade das Almas, há chuva, há sol, há vento, há frio e há calor como em qualquer lugar do qual as almas se lembrem do tempo em que eram vivas. E assim como no mundo dos vivos, há pessoas... Pessoas responsáveis pela segurança das almas. Mas não são pessoas como eu ou você... São representantes de uma das forças mais especiais e com um dos papéis mais importantes no equilíbrio entre o mundo dos vivos e dos mortos... Shinigamis... Pois há milhares de anos eles vagam entre ambos os mundos preservando o balanço entre o bem e o mal, se utilizando dos poderes a eles conferidos para tanto... Como em qualquer organização militar, também há prisóes, e esta era uma prisão muito especial. A Unidade de Detenção... A prisão guardada pela própria Onmitsu Kidou, onde os membros do Gotei 13 que representavam uma ameaça para o Sereitei ou seus companheiros shinigamis eram cuidadosamente trancados. Por essa sua função, ela recebeu o nome de "Ninho dos Vermes". É uma unidade de detenção subterrânea praticamente inacessível e cercada por todos os lados por uma muralha do mesmo material que rodeava o Sereitei, com uma habilidade única de negar reiatsu. A 2ª Divisão, da qual a Onmitsu Kidou é indiretamente uma subdivisão, tem como responsabilidade a guarda deste local tão secreto, importante e perigoso. Porém, diferente do esperado, o capitão desta divisão, Shin Kodo, sempre com seu ar misterioso e sua máscara ninja roxa cobrindo-lhe o rosto é quem se aproxima, e ele não vem sozinho. Acompanhando ele estão sua vice-capitã Rei Kuroi, que assim como seu capitão, também usava uma máscara ninja, com a única diferença de lhe cobrir apenas metade do rosto, também o único vice-capitão com permissão para trajar um Haori, o vice-capitão da 1ª divisão, com sua pele branca como a de uma cobra, e seus olhos cinzas que não deixavam de exalar um certo ar de maldade, embora isso não fosse verdade, todos acompanhados de um grande grupo de servos da Onmitsu Kidou, a serviço do capitão Kodo. À frente do grupo, uma figura estranha. Um garoto de cabelos castanhos bagunçados, era muito menor que os outros, e os contornos de sua face mostravam ainda o claro aspecto de uma criança, mas impressionantemente, ele usava um Haori branco que, de tão comprido que lhe ficara, quase arrastava no chão, mas não por isso, deixava de ser uma cortesia estendida apenas aos Capitães das Divisões, as figuras mais importantes de todo o Sereitei. Este, impressionantemente, era o Comandante General e encarregado de todo o Sereitei Gotei e suas divisões, e seu nome era Kenji Hiyutsumoto. O grupo adentra a prisão, sendo recebido por alguns guardas e, atravessando a ala dos prisioneiros ordinários, que geralmente sofriam de algum tipo de distúrbio, mas não eram realmente uma ameaça para shinigamis de alto nível. Descendo por uma escada escondida no canto escuro do lugar, eles alcançam a ala especial, a sessão para os prisioneiros perigosos... O grupo caminha até alcançar uma das celas, dentro da qual, escura, úmida, quieta e fria, definhava a forma de um homem, alguém que já havia sido importante pro Sereitei outrora... O capitão Shin dá um passo à frente, mas Kenji o interrompe. Kenji: Não se preocupe Kodo-kun, eu faço as perguntas. Sem responder, mas sem contestar, o capitão da 2ª Divisão apenas recua um passo, observando atentamente seu Comandante prostar-se frente à cela. Kenji: Kaji Sazuno... Eu vim aqui falar com você (Nota: Pra quem não sabe quem é Kaji Sazuno, ler a aventura "As pétalas de lírio caídas" na sessão de RPG paralelo) O vulto se move incomodado em seu lugar, e ao ouvir quem era, ele solta um som que se assemelha a uma leve e baixa gargalhada delirante. Sua mente, outrora genial, havia cedido à loucura e à raiva. Kaji: Vejam só... Se não é o nosso caro comandante... Kenji: Eu vim aqui fazer algumas perguntas... Eu esperava a sua cooperação... Kaji: Claro... É tudo que fedelhos como você esperam... Cooperação... Esperam que todos nós nos curvemos pra vocês, e os ajudem quando tropeçarem em uma pedra... Porque todos tem de estar lá pra você, não é mesmo moleque? Você é patético... Kenji torce a cara, não contente com o comentário, mas resolve não iniciar uma discussão, não era por isso que havia vindo. Kenji: Você obteve informações confidenciais do Sereitei. Kaji: Desculpas...? Kenji: Teve conhecimento de um objeto especial há muito tempo selado e mantido como segredo ultra confidencial do Sereitei, em respeito à 12ª Divisão. Kaji: É sim... Todos nós temos informações valiosas... Informações que queremos guardar... Alguma coisa pra apenas nós sabermos, não nossos inimigos. Porque se nossos inimigos souberem... Ufffff... Então nós realmente estaríamos perdidos, não é mesmo? Mas é claro, do que eu sei? Eu estou aqui dentro, e você está aí fora... Kenji: Eu preciso saber como conseguiu os documentos sobre a Onishaku... Kaji: Meninos são meninos... Meninos são levados... Acha mesmo que pode me manter trancado aqui por toda a eternidade e extrair todo tipo de informação que quiser? Kenji: Sim, eu acho. Kaji: Você espere moleque... Você ainda não teve metade da surra que você merece... Eu vou me encarregar pessoalmente de acabar com esse seu sorrisinho irritante... Vou acabar de uma vez com todas com essa postura que você tem com pessoas mais experientes que você. Pessoas que sabem o que é um campo de batalha. Pessoas que realmente sabem o que é lutar para sobreviver, e não um fedelho que nem você... Eu sou um deus... E como tal eu quem me encarregarei da sua punição... Kenji: Kaji-san, eu preciso que você me fale... Kaji: O seu tempo está acabando! Você e todos esses cães patéticos fingindo ser shinigamis que te obedecem vão se arrepender! Eu arrancarei as suas entranhas e farei o seu sangue chover pelo céu do Sereitei! Eu sou um deus vivo! Um deus perfeito! Eu sou a justiça que você ainda não encontrou moleque! Eu sou total! Ele começa a gargalhar desesperadamente. Kenji: Kaji-san, preciso que me diga quem foi que te falou sobre a Onishaku! Mas era inútil... Kaji havia se perdido em meio à sua gargalhada delirante, fruto de sua tentativa em conquistar poder... | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Ago 15, 2010 7:02 pm | |
| Um bocado de tempo já havia se passado desde que os shinigamis da 8ª Divisão haviam retornado ao Sereitei. Sua última ida à Terra havia sido um tanto quanto perturbadora, mas se provou uma valiosa lição...
A vida (ou a morte no caso) segue em frente, e como era de se esperar, nossos shinigamis já retornavam às suas rotinas normais. Para Kai, isto era atender com presteza as exigências de seu pelotão. Para Shnayder, cuidar das tarefas às quais era incumbido. A verdade é que os shinigamis haviam sido forçados a trabalho manual nas Divisões pela confusão da última missão, e o único que ainda precisava cumprir seu tempo era Shnayder... Hoje, o serviço era encerar o chão do quartel general da 8ª Divisão, e como em qualquer casa tradicional japonesa, isso deve ser feito com as mãos...
Enquanto Shnayder corria de um lado o outro com o pano, Kai o monitorava, já que essa era a tarefa à qual havia sido incumbido.
Shnayder: Escuta, você não vai me ajudar não?
Kai: Não discuta. Todos nós já cumprimos o nosso tempo de trabalho braçal. Você resolveu ficar dormindo e agora é o único que sobra.
Shnayder: Eu sei, mas... Sozinho eu vou levar o dia inteiro aqui...
Kai: Mas vai acabar uma hora.
Shnayder: Se você não me ajudar, vai ficar preso comigo aqui um tempão.
Kai: Não importa, me mandaram te vigiar, não te ajudar, então nem que você termine só no final do dia, nós não vamos a lugar nenhum.
Shnayder observa Kai com desagrado, mas seu companheiro não podia ligar menos. Nessa hora, quem vinha passando era o vice-capitão e superior aos dois, Yuuka Hikawa. Ao vê-lo, Kai imediatamente se coloca em posição de sentido.
Kai: Vice-capitão Hikawa...
Yuuka: Ah... Vocês dois... Ainda estão por aqui...
Kai: Sim senhor, o condenado ainda não acabou seus deveres.
Uma grande gota de suor surge na cabeça de Shnayder.
Shnayder: Condenado...?
Yuuka: Achei que já tivessem acabado a essa altura.
Kai: Não senhor, o condenado continua conversando e se recusa a trabalhar.
Shnayder: Será que poderia parar de se referir a mim como "condenado"?
O vice-capitão sorri sem graça para os dois.
Yuuka: Bom... Continuem o bom trabalho vocês dois...
Kai: Sim senhor!
O oficial de posto superior já ia se retirando, quando uma brisa um pouco mais gélida sopra pelo local. Ele olha em volta, sem saber exatamente por que, mas havia sentido um arrepio estranho na espinha, embora não captasse nenhum sinal de ameaça.
Yuuka: Que sensação estranha...
Kai: Senhor?
Yuuka: Ah... Não foi nada... Podem continuar.
Diz ele sem resolver dar atenção a algo tão sem importância, e ir embora, de maneira que Kai possa continuar a monitorar seu companheiro.
Kai: Condenado, ouviu o vice-capitão, volte ao trabalho.
Shnayder: Pára de me chamar de "condenado"!
Enquanto isso, finalmente livre de qualquer obrigação, retornar à normalidade para Kazuma significava vagabundear por aí, mas como o Sereitei não é nada divertido, a melhor opção era andar por Rokungai, e que diversão melhor do que fazer a farra em um bar?
Kazuma: E então... Vejamos onde eu posso ir agora...
Kisuke: Kazuma!
Kazuma se vira e encontra o companheiro da 8ª Divisão se aproximando, a expressão dele não era nada feliz, mas do mesmo jeito, o sempre despreocupado Kazuma sorri.
Kazuma: Ah, Kisu-kun!
Kisuke: Já disse pra não me chamar assim!
Kazuma: Por que não?
Kisuke: Não gosto que eu pareça ter esse nível de intimidade com você...
Kazuma o abraça despreocupadamente.
Kazuma: Ah, qual é Kisu-kun! Você parece meio rabugento, não tá afim de ir até o bar e ver as garotas?
Kisuke: Pode me soltar!?
Irritadamente, Kisuke se livra do braço de Kazuma.
Kisuke: É por causa desse tipo de atitude que você e os outros shinigamis estiveram em perigo na Terra da última vez! Quando vai entender que nós somos shinigamis e temos que honrar o que nós fazemos?
Kazuma: Ah Kisu-kun... Você tem que relaxar um pouco...
Kisuke: Relaxar? Eu sou um membro da família Itarashi! Acha que eu posso perder o meu tempo com coisas da classe baixa como "relaxar"?
Kazuma: Ah... Quem sabe...
Kisuke tomba ao estilo anime com esta resposta despreocupada e contraditória ao que vinha tentando afirmar.
Kisuke: Quer saber, esquece, eu não suporto mais essa sua atitude como se nada fosse muito importante pra você! Você me irrita!
Kazuma: Depois de alguns copos de sakê você talvez ficasse assim também Kisu-kun...
Kisuke: Kisu-kun...?
Uma veia surge na testa de Kisuke, e sua sombrancelha tem espasmos de fúria.
Kisuke: Eu disse pra não se dirigir a um nobre como eu dessa maneira...
Kazuma: Um nobre? Jura? Onde?
Kisuke: Já chega!
Kisuke saca a zanpakutou irritado.
Kisuke: Lute comigo Kazuma!
Kazuma: Calma... Não precisa ficar tão violento assim...
Kisuke: Eu já aguentei demais das suas provocações... Eu não sou "Kisu-kun" e eu definitivamente não sou igual a um plebeu que nem você! Agora saque a sua zanpakutou Kazuma! Vamos descobrir de uma vez por todas quem é o melhor!
Kazuma olha para Kisuke por um instante, ele parecia estar falando bem sério, o que faz sua expressão se tornar igualmente séria.
Kazuma: Já que não tem jeito...
Kazuma coloca a mão na espada também, era tudo que Kisuke queria, finalmente iria provar à sua Divisão de uma vez por todas quem era mais forte. Ele estava pronto, a espada bem empunhada, seu rival não havia ainda nem sacado, mas também não parecia preocupado. Kisuke o encara diretamente nos olhos, atento para não perder nenhum movimento, e agora, a luta finalmente iria...
Kazuno: Kazuma! Kisu-kun!
Kisuke tomba ao estilo anime de novo, não apenas pela súbita interrupção, como pelo fato de ter sido chamado de "Kisu-kun" de novo, e por outra pessoa. Outro shinigami na verdade, e não era surpresa, afinal era outro membro da 8ª Divisão e irmão de Kazuma, Kazuno Garoa.
Kazuno: Ei vocês dois, o que estão fazendo?
Kazuma: Ah, eu e o Kisuke estávamos conversando um pouco...
Kisuke: Conversando uma ova! Era uma luta! Uma luta!
Kazuno: Kazuma ni-san, tem um pessoal em um bar aqui por perto fazendo uma festa. A Sakaki-chan também está lá. Não tá afim de ir com a gente não?
Kazuma: Ah, claro.
Diz Kazuma já tirando a mão da espada e seguindo Kazuno.
Kisuke: E-Ei! Espera! Kazuma! Kazuma! E a nossa luta?
Kazuma: Desculpa ae Kisu-kun, a gente deixa isso pra outro dia.
Kisuke: Como assim outro dia!? Volte aqui e me enfrente idiota!
Kazuma: A gente se vê Kisu-kun!
Kazuno: Até mais Kisu-kun!
Dizem os dois acenando e correndo em direção a outra parte de Rokungai, deixando Kisuke pasmo para trás. O shinigami aperta o cabo da espada com força, tentando conter a sua raiva, até que finalmente, impossível de controlar, ela explode.
Kisuke: "Kisu-kun" uma ova!!!
Ele grita a plenos pulmões, apesar de ninguém parar pra prestar atenção...
Última edição por Kisuke Itarashi em Seg Ago 16, 2010 1:40 am, editado 2 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Ago 15, 2010 9:00 pm | |
| Kazuno e Kazuma caminhavam rumo à sua festa, despreocupados como apenas os irmãos Garoa eram.
Kazuno: O que o Kisuke queria?
Kazuma: Ah, nada de mais... Ele só queria lutar de novo.
Kazuno: Outra vez? Ele tem algum problema com você?
Kazuma: Eu não sei direito...
Kazuno: Sabe que ele é um candidato a oficial que nem eu ou você, se você se descuidar as coisas podem ficar feias.
Kazuma: Ah, eu não estou preocupado com isso.
Kazuno: Eu acho que tem alguma coisa a ver com todo aquele papo dele de ser nobre...
Kazuma: Não, não é isso... É que no fundo o Kisuke é uma boa pessoa... Eu não tenho dúvida alguma disso...
Encerrando a discussão nesse ponto, ambos os shinigamis continuam em seu caminho, o que era mais importante. Ou era...? Mesmo que não fosse, isso não impede que um sorriso se abra no rosto de Kazuno ao ver um grande bar típico japonês, todo iluminado e com bastante movimento dentro.
Kazuno: Ah, é ali! Anda ni-san, vamos indo!
Com um sorriso, Kazuma segue seu irmão, até que de repente...
"Kazuma?"
Ele ouve lhe chamarem, e não demora muito até encontrarem uma bela garota com longos cabelos roxos trajada de shinigami assim como eles. Kazuno não a reconhecia, por isso não podia ter certeza se fora ela mesmo quem chamara, e Kazuma achou aquele rosto um tanto quanto familiar, mas não conseguia se lembrar de onde.
Garota: Kazuma, é você mesmo?
Kazuma: Ah...
Garota: Naomi... Naomi Murikawa... Não se lembra de mim...? (Pra quem não sabe, Naomi era um plus que Kazuma havia salvo em uma de suas missões)
De repente, o lapso de memória de Kazuma o acertou como um pedregulho na nuca. Ele se lembrava sim daquele rosto... Seu cérebro pervertido sempre fora muito bom em memorizar o rosto de belas garotas que ele salvava.
Kazuma: Ora... Naomi... É claro, claro que eu me lembro de você! O que você tá fazendo aqui?
Naomi: Eu estava só dando um passeio por Rokungai.
Kazuma: Jura? E... Esse shihakusho...
Ele diz observando atentamente seu uniforme negro.
Kazuma: Você é shinigami...?
Naomi sorri sem graça.
Naomi: Ah, é... Eu me formei da academia não tem tanto tempo.
Kazuno: Ah... Eu estou interrompendo?
Kazuma: Ah, é verdade.
Kazuno se esquecera completamente de seu irmão por um instante.
Kazuma: Ah, Naomi, esse aqui é o meu irmão Kazuno.
Naomi: Olá.
Kazuno: Muito prazer.
Naomi: Escuta... Você não quer ir tomar alguma coisa não?
Kazuma: Ah, claro...
Kazuno: Ni-san! E a festa?
Kazuma: Kazuno...
Seu irmão se vira com um gentil sorriso, mas que, por trás daquela simpatia, Kazuno podia perceber que se tratava de um olhar mortal.
Kazuma: Cala a boca...
Um calafrio sobe pela espinha de Kazuno, ele sabia que seu irmão era sempre muito sério quando se tratava de dar em cima de uma garota, e aquilo era obviamente um sinal de que ele estava atrapalhando.
Kazuma: Bom... Vamos, eu conheço um lugar bacana aqui por perto.
Naomi: Ah, claro.
Kazuma: Ototo-chan... Se divirta, eu te vejo mais tarde.
Kazuno: Ah... Tá...
Naomi: Até mais, foi um prazer.
Kazuma se retira junto à sua nova companhia, deixando Kazuno meio bobo para trás, afinal de contas, ele havia perdido seu parceiro às portas de uma festa... A noite passou, talvez mais rápido do que o normal, mas é assim mesmo quando ´você está se divertindo, e ainda mais rápido quando essa diversão vem na forma da companhia de uma bela jovem. Sentados em uma mesa de um bar um pouco mais tranquilo, Kazuno e Naomi vinham jogando conversa fora a noite toda.
Kazuma: Entendo... Então você só precisou de duas tentativas pra acertar esse kidou?
Naomi: Não é difícil depois que você pega o jeito.
Kazuma: Fale por você mesma, muita gente tem bastante dificuldade quando se trata de kidou.
Naomi: Ah, é mesmo?
Kazuma: É verdade. Eu e meu irmão quase fomos reprovados na academia por causa disso. Além do mais, eu também conheço um colega que não leva jeito pra kidou. Eu acho a zanpakutou mais confiável, pelo menos ela não corre o risco de explodir na sua cara.
Naomi ri de leve.
Kazuma: Mas... Parece que você teve notas bem altas na academia...
Naomi: Bom, eu... Eu acho que sim...
Kazuma: Acho que você é algum tipo de gênio.
Naomi: Não é isso Kazuma-kun...
A expressão dela, apesar de vermelha por conta de alguns copos a mais de sakê do que o devido, se torna estranhamente séria.
Naomi: Aquele dia... Nunca sumiu da minha memória...
Kazuma: Aquele dia...?
Naomi: Daquela vez... Você apareceu do nada... E me salvou... O seu oponente era grande, forte, e apavorante, mas você não vacilou nem por um instante. Você foi surpreendente Kazuma-kun.
Kazuma coça a nuca embaraçado.
Kazuma: Bem... Aquilo não foi nada...
Naomi: O jeito como você se movia, o jeito como o seu cabelo balançava poderoso com cada golpe da sua espada... Eu não me esqueço daquela imagem até hoje... Era como algo intocável, mas tão perto de mim... Era de tirar o fôlego ver alguém tão magnifíco de repente cair do céu como um anjo e limpar o caminho com a calma que você tinha...
Kazuma já estava começando a estranhar, havia sido apenas uma luta contra um hollow, ele não sabia que havia deixado tamanha impressão. Ela, por outro lado, se vira com um sorriso para ele.
Naomi: Você foi o primeiro shinigami que eu vi na minha vida... E a sua figura naquele dia está pra sempre gravada na minha memória...
Mais uma vez, Kazuma sorri sem graça.
Kazuma: Que isso...
Naomi: Depois que você me mandou pra cá eu vim parar em Kusajishi. Foi meio confuso no começo, mas eu consegui me adaptar, mas eu ainda sim não não conseguia te esquecer. Levou algum tempo até eu descobrir o que era um shinigami, mas assim que eu descobri, eu percebi que a melhor maneira de te encontrar de novo, era me formando na academia e me tornando shinigami também.
Ela sorri para ele.
Naomi: Foi o que me impulsionou todo esse tempo.
Kazuma: A-Ah...
Kazuma não sabia por que, mas não se sentia muito bem com aquela cantada. Parecia errado tratar alguém que o admirava tanto dessa maneira, portanto, contrária à sua natureza "bon vivant", ele nada fez... No final da noite, tudo que ele fez foi acompanhar Naomi para fora, e acenar adeus para ela.
Naomi: Tchau Kazuma-san, estou feliz de ter te encontrado de novo. A gente se vê amanhã!
Kazuma: Ah... Claro...
E com seu belo sorriso, Naomi vai embora mais uma vez. Kazuma não pode deixar de corar um pouco, era a primeira vez que ele se sentia daquele jeito perto de uma garota, e nem mesmo suas cantadas usuais haviam saído... Ela definitivamente não parecia ser como as outras... O capitão da 8ª Divisão, Garu Hanyou, também era algo como um fanfarrão, e depois de uma noite com bastante sakê, nada mais confortável que a sua sempre receptiva cama. Porém, é preciso mais que barris e barris de sakê para tirar os instintos naturais de batalha de um capitão, e portanto, quando alguém aparece na sua porta, ele imediatamente desperta, mas sabendo distinguir uma presença inimiga de uma amistosa, ele não se mostra preocupado com o mensageiro da onmitsu kidou do outro lado da porta.
Garu: Se for ficar aí fora, eu não vou poder ouvir a mensagem...
O mensageiro adentra o cômodo e se ajoelha.
Mensageiro: Os capitães foram convocados para uma reunião de emergência.
Garu: Tão tarde da noite...
Mensageiro: Todos devem comparecer à sala de reuniões imediatamente.
Garu: Se não tem jeito... Eu já estou indo...
Ainda meio incomodado por ser despertado de seu sono, mas não tendo opção, Garu resolve se levantar e ir averiguar o que estava acontecendo... A sala de reunião dos capitães, onde Garu e seus colegas se reuniam para discutir os assuntos mais importantes do Sereitei. Todos os capitães presentes, quem tem a palavra é o pequeno Comandante General.
Kenji: Quero que mantenham isso em segredo para que sejam rápidos e eficientes. Capitão da 12ª Divisão, Daisuke Hiyoda-san, pode explicar a situação?
O capitão da 12ª divisão, um capitão de aparência jovem, com cabelos de um azul metálico muito escuro, bagunçados, de uma aparência mal dormida, e enormes óculos fundo de garrafa que mal permitiam seus olhos serem enxergados se pronunciou.
Daisuke: Hai. Há alguns instantes houve uma invasão no laboratório da 12ª Divisão. Os guardas foram inutilizados e um intruso entrou, e roubou um objeto de natureza peculiar.
Shingo: O que? Agora temos de nos preocupar porque alguém mexeu em um dos seus brinquedinhos?
Zomba o capitão da 10ª Divisão Shingo Kawaguchi.
Daisuke: Não é um brinquedo! Trata-se de uma espécie de armazenador muito peculiar, capaz de absorver e armazenar grandes quantidades de reiatsu que podem ser aproveitadas de diversas maneiras possíveis.
Garu: Que tipo de maneiras?
Daisuke: Bom... Se conseguir acumular reiatsu o suficiente... Pode ser o suficiente pra explodir toda Rokungai.
Apesar de também terem poder para fazer aquilo, ouvir de um objeto com tamanha potência deixa os capitães um tanto quanto inseguros.
Kenji: Eu preciso que rapidamente identifiquem os ladrões, e os capturem.
Shin: A Onmitsu Kidou já está iniciando buscas.
Kenji: Bom trabalho Kodo-kun.
De repente, duas pessoas entram desesperadas no saguão, e pelas suas roupas não se tratavam de capitães, o que surpreende os lá presentes. Uma das figuras era um jovem meio vesgo com cabelos castanhos de uma aparência incrivelmente torta, e o segundo era um homem grande e forte com um moicano roxo e óculos.
Garoto: Capitão! Capitão!
Daisuke: Toshiyo! Aburame!
Maya: Intrusões nesta sessão não são permitidas. Se retirem.
Ordena a capitã da 13ª Divisão Maya Shizune. Ao invés de zangado, Daisuke encara seus subordinados com uma aparência meio surpresa.
Daisuke: O que estão fazendo aqui? Já disse pra não interromperem enquanto eu estiver numa reunião.
Toshiyo: Perdão capitão, mas a nossa equipe conseguiu recuperar isso!
Ele lhe entrega um aparato que se assemelhava a uma televisão portátil.
Daisuke: O que é isso?
Toshiyo: Algumas câmeras escondidas conseguiram capturar imagens do ladrão!
Agora tendo a atenção dos presentes na sala, a interrupção não parecera tão grave assim.
Daisuke: É verdade?
Toshiyo: Sim senhor!
Aburame: Ei, Toshiyo! Não tente ficar com os créditos por causa disso! As câmeras eram minhas!
Toshiyo: Mas eu quem recuperei as imagens.
Kenji: Fiquem calmos vocês dois.
Diz Kenji, se colocando, assim como os outros, junto ao capitão Hiyoda para que pudessem assistir.
Kenji: Bom... Vamos assistir...
O capitão levanta o aparelho e aperta um botão, e imediatamente a imagem se forma na tela. Apesar de não ser de muita qualidade, é distinguível a presença no laboratório da 12ª Divisão, e nada mais era do que um shinigami, um dos próprios soldados a serviço do Sereitei.
Keiko: Um shinigami?
Se surpreende a capitã da 4ª Divisão Keiko Izawa. Daisuke tenta apertar a vista, a fim de distinguir o shinigami, até que de repente parece se lembrar de algo.
Daisuke: Eu... Acho que conheço esse shinigami...
Kenji: Eu também...
Ele olha para Garu, que o encara seriamente, aparentemente também reconhecendo a imagem na tela.
Kenji: Garu-osan...
Última edição por Kisuke Itarashi em Sáb Jun 25, 2011 5:57 pm, editado 3 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Ter Ago 17, 2010 1:20 am | |
| Enquanto isso, no mundo dos vivos, amanhecia também, só que um pouco mais morno do que no mundo das almas. Em uma casa na pacata cidade de Karakura, Sparky Kurosaki, substituto de shinigami, acabava de acordar. Ele dá uma grande espreguiçada depois de uma longa noite de sono, era um novo dia na sua vida. Despreocupadamente, ele se levanta, coçando uma de suas canelas com o pé oposto e indo em direção ao seu armário. Como em qualquer dia normal, era hora de ir pra escola, e as academias japonesas são bem estritas quando se trata do uniforme dos alunos. Sparky abre a porta do armário, fuçando lá dentro à procura de roupas, ao mesmo tempo em que uma leve brisa entra pela janela adentro de seu quarto. Ele imediatamente pára, suspirando, e se afasta das roupas. Assim que fecha a porta do armário, seu quarto é revelado, estando agora completamente preenchido por membros da Onmitsu Kidou.
Sparky: O que foi agora?
Ninja: Substituto de shinigami, Sparky Kurosaki, você está sendo colocado sob custódia do Sereitei.
Sparky: Como é?
Ninja: Deixe o seu corpo no mundo dos vivos e nos acompanhe pelo Senkaimon.
Sparky: Mas eu não fiz nada.
Ninja: Isso não é um pedido.
Sparky os encara, evidentemente em desagrado, mas não havia muito o que se pudesse fazer quando Soul Society resolvia falar sério. Na Soul Society, onde o dia também começava, especialmente cedo para os ahinigamis de serviço, Kazuma era um dos primeiros a despertar para começar suas atividades. Ele se coloca do lado de fora do quartel general, e, assim como Sparky, também dá uma bela espreguiçada para começar o dia, até que de repente, um dos membros da Onmitsu Kidou aparece próximo, em um veloz shunpo, de repente outro, e outro, até que ele esteja completamente cercado por homens mascarados pertencentes à divisão secreta.
Kazuma: O que está acontecendo aqui?
Kazuno: Ni-san...
Ao olhar para o lado, ele vê que seu irmão também havia sido apreendido por alguns shinigamis da própria 8ª Divisão.
Kazuma: Ei! O que está havendo!?
De repente, a multidão se abre, e o capitão Garu Hanyou a atravessa tranquilamente em direção aos dois.
Kazuma: Taichou...?
O capitão pára de frente a eles, e anuncia em um tom muito sério.
Garu: Kazuma e Kazuno Garoa, vocês estão sendo presos por crimes contra o Sereitei.
Os irmãos Garoa arregalam os olhos ao ouvirem aquilo, afinal de contas, até onde se lembravam não haviam feito nada.
Não leva muito tempo até que os dois sejam jogados em uma sala muito escura, cercada por uma bancada, onde sentavam membros indistinguíveis pelas suas sombras, a Central dos 46... Apesar de não saber bem o que estava acontecendo, Kazuma reconheceu seus colegas Kai e Shnayder do 8° Esquadrão, bem como o substituto de shinigami com o qual costumavam trabalhar, Sparky Kurosaki.
Oficial: Estão todos presentes?
Kai: O que é isso? O que está acontecendo aqui?
Oficial: Kai Ikawa, Sparky Kurosaki, Shnayder Yosake, Kazuno Garoa e Kazuma Garoa, vocês estão sendo colocados em julgamento.
Shnayder: Isso é ridículo. Quais são as acusações?
Oficial: Traição, furto, e ameaçar a paz e ordem no Sereitei.
Kazuma: Eu não estou entendendo, nós não fizemos nada.
Oficial: Estão familiarizados com o nome Kaji Sazuno?
Nenhum dos shinigamis responde, mas suas expressões sérias mostram que eles sabiam a quem ele estava se referindo.
Oficial: Já faz alguns dias que os oficiais do 2° Esquadrão estão tentando conduzir uma investigação acerca de como ele obteve informações confidenciais acerca do objeto em questão que foi a causa de seus distúrbios no mundo dos vivos, porém, até o momento não foi descoberto quem foi que forneceu tais informações a um indivíduo tão perigoso.
Kazuno: E o que isso tem a ver com a gente? Nós quem o capturamos.
Oficial: Acontece que tem sido muito difícil conectar Kaji Sazuno aos arquivos secretos do Sereitei, portanto a primeira suspeita é de traição e espionagem por algum dos shinigamis. Na última noite, outro item cuja pesquisa se tratava de informação confidencial foi roubado diretamente do quartel general da 12ª Divisão.
Em uma tela próxima, é então revelada a imagem das câmeras. Elas mostravam, primeiramente, o ambiente sombrio e isolado do laboratório da 12ª Divisão, até de repnte surgir a figura em questão. E qual não era a surpresa de todos ao ver que a figura invadindo uma instalação privada e roubando um objeto perigoso era... Kazuma... Pamos, os shinigamis encaram Kazuma, que os olha de volta apreensivo.
Kazuma: E-Ei, espera... Eu não fiz isso não...
Oficial: Kazuma Garoa, você está sendo acusado de traição, e colocar em risco os habitantes de Soul Society pelo furto de objeto instável, em pesquisa e de caráter confidencial do Gotei 13. Devido à estranha coincidência entre os dois incidentes, todos os shinigamis que estiveram na Terra durante o incidente com Kaji Sazuno estão sendo considerados suspeitos e serão mantidos sob custódia em celas especiais até que seja realizado julgamento apropriado. | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Qua Ago 18, 2010 12:58 am | |
| Kenji assinava alguns papéis, sentado em uma grande escrivaninha muito bonita feita de uma madeira especialmente reluzente, acompanhado de seu antigo colega, uma figura mais como um "tio" do que um colega, Garu Hanyou, o capitão da Divisão dos shinigamis acusados.
Kenji: Nem acredito nessa confusão... Ainda bem que haviam câmeras, as coisas podiam ter ficado feias se não os tivéssemos presos imediatamente.
Garu: Meus perdões por isso.
Kenji: Não tem problema, nem eu estava esperando uma coisa dessas, ainda mais depois do caso com o Kaji-san.
Garu: Sabe que todos eles se alegam inocentes, não é?
Kenji: E qual deles diz que não é?
Garu; É que... Eu não consigo fazer a relação entre estes shinigamis com um homem o qual eles se esforçaram tanto pra capturar.
Kenji: Foi só um teatro Garu-osan. Eles provavelmente trabalharam junto com o Kaji o tempo inteiro, e nos entregaram ele por alguma razão própria. E é exatamente por esta razão que temos de manter eles trancados. Não sabemos nem ainda qual era o propósito que eles tinham com o objeto roubado.
Garu: E ele já foi localizado?
Kenji: Ainda não... Eu tenho três divisões inteiras trabalhando na procura desse objeto, mas parece que vai ser difícil encontrar uma coisa dessas no final das contas.
Garu: Entendo...
Kenji: De qualquer jeito, a Central dos 46 está cuidando do julgamento deles agora, então não é mais nosso problema.
Garu: E você confia naqueles velhos?
Kenji: Na verdade não, mas acho que não há muito o que se dizer sobre o caso...
Garu: Entendo. Muito bem, com a sua permissão, eu gostaria de assinar a minha própria divisão para auxiliar na busca pelo item também.
Kenji: Faça como quiser.
Garu: Com a sua licença...
Diz Garu uma última vez antes de se retirar. Ele caminha tranquilamente, até a saída, mas na metade do caminho da porta para fora.
Kenji: Garu-osan!
O mais velho pára e se vira de volta ao seu pequeno comandante.
Kenji: Você acredita neles, não é mesmo?
Garu: Eu sou o capitão da 8ª Divisão, dar crédito ao que os meus subordinados dizem e zelar por eles é o meu trabalho. E é o que eu vou fazer... Com licença.
Diz ele, agora se retirando em definitivo. Porque não era um problema, os shinigamis foram encarcerados na mesma cela, feita do mesmo material que cercava o Sereitei, e apenas confiscados de suas zanpakutous para isso. Apesar disso, nenhum deles parecia muito contente com a atual situação.
Shnayder: O que será que querem com a gente?
Sparky: É claro que eles querem uma confissão. Querem que nós digamos exatamente tudo que eles querem ouvir, como nós planejamos e participamos na caputra do Kaji, e que na verdade tudo que a gente queria era explodir o Sereitei.
Kazuno: Nós ainda podemos nos defender. Embora eu não ache que isso vá adiantar muita coisa. A Central dos 46 geralmente não muda de idéia depois de tomar uma decisão.
Shnayder: É, mas nós somos inocentes.
Kai: Talvez, só que mais importante que isso.
Com uma cara de desagrado, Kai encara Kazuma.
Kai: No que você estava pensando?
Kazuma: Como é?
Kai: Achou que podia simplesmente invadir o quartel general de outra divisão e sair sem dizer nada? O que você queria com aquela coisa de qualquer jeito?
Kazuma: Mas eu já disse que sou inocente.
Kai: Kazuma, tinham imagens suas gravadas. Até eu que prefiro não lembrar da sua cara te reconheci naquele vídeo.
Kazuma: Não era eu!
Kai: Ah tá... E o que você vai dizer pra eles? Que você é sonâmbulo?
Kazuma: Eu já disse que sou inocente!
Kai: Kazuma, eles viram você roubando alguma coisa da 12ª Divisão!
Kazuma: Mas é por isso que eu disse que eu não fiz nada! Eu não roubei nada, não sei o que está acontecendo!
Kai: Pára de mentir!
Kazuma: Eu não estou mentindo! Já disse que essa é a verdade!
Kai: Você nos meteu em uma encrenca das grandes seu idiota! Ao menos faça um favor pra gente e se entregue, e entregue seja lá o que for que você tenha roubado, dessa maneira pelo menos quem não fez nada pode sair daqui.
Kazuma: Eu não tenho como saber onde está porque eu não peguei.
Kai: Seu ladrão!
Kazuma: Vai pro inferno Kai!
Kazuno: Tudo bem gente, vamos nos acalmar e pensar em como sair dessa.
Kai: É simples, basta o Kazuma se entregar.
Kazuma: Kai, cala a boca!
Kazuno: Kai, eu também vi o vídeo, mas definitivamente tem alguma coisa errada nisso. O meu irmão não faria uma coisa dessas, e você sabe disso também.
Kai torce a cara, ele gostaria de dizer que "não", mas sabia, pelas suas experiências junto do companheiro, que Kazuma não era uma pessoa ruim.
Kazuno: Alguém está armando pra cima da gente. O que nós podemos fazer por enquanto é nos juntarmos e pensarmos em como ou por que, pra que possamos encontrar o verdadeiro culpado.
Apesar de parecer alguma coisa exaustiva, e aparentemente sem propósito, Kazuno estava certo, aquela seria a sua única saída caso não tivesse sido mesmo Kazuma quem fosse o autor do crime. Três dias se passaram, três longos dias nos quais todos os shinigamis foram incansavelmente interrogados, sendo obrigados a responderem vez e vez que não sabiam de nada a respeito do acontecido. Kazuma, principalmente, chegou a perder suas pobres refeições por estar em interrogatório, mas também não deu em nada. Três dias sofridos para não fazer nenhum progreso, para nenhuma das partes. No 3° dia apenas, tanto pela sua situação como pela falta de liberdade, é que os shinigamis já estavam exaustos.
Sparky: São sempre as mesmas perguntas... Eu acho que eles não estão acreditando na gente...
Shnayder: E eu também não consigo pensar em ninguém que tenha algum interesse em nos incriminar. Ou vai ver isso não tem nada a ver com a questão em primeiro lugar.
Ainda sim, Kai dá uma olhada enfezada de esguelha no companheiro Kazuma do outro lado da cela. De repente, o som metálico de uma arma caindo no chão ecoa pelo saguão, atraindo a atenção dos shinigamis. Eles olham para o lado, e vêem que o guarda responsável pela segurança de sua cela havia acabado de ser nocauteado, e de repente, pela esquina do corredor, aparece Naomi, carregando um largo embrulho consigo.
Shnayder: O que é isso?
Kazuma se levanta imediatamente, surpreso.
Kazuma: Naomi-chan?
Agora em possa das chaves da cela, ela começa a rapidamente abrir o portão.
Naomi: Rápido, a gente não tem muito tempo.
Sparky: Como assim? Kazuma, o que está acontecendo aqui?
Naomi: Kazuma, você e os outros precisam fugir.
Kazuno: Como é?
Os shinigamis agora cercavam a saída da cela, curiosos.
Naomi: Vocês precisam sair daqui imediatamente.
Shnayder: Como assim? Pra onde?
Sparky: Kazuma, quem é ela?
Kazuma: Ah, me desculpem pessoal. Essa é a Naomi, ela é uma amiga.
Kazuno: O que você quer?
Naomi: Vocês precisam fugir, precisam sair do Sereitei.
Shnayder: Ei! Calma aí! Você está sendo meio drástica.
Kai: Eu concordo. Fugir da prisão agora só ia fazer com que nós parecêssemos culpados.
Sparky: Ele tem razão. Por pior que a nossa situação seja, escapar agora só ia tornar tudo pior.
Naomi: Vocês não entendem. A Central dos 46 não tem interesse nenhum em ouvir o que vocês têm pra dizer.
Kazuno: Como é?
Naomi: A sentença de vocês já foi proferida. O Conselho determinou que vocês fossem aprisionados permanentemente a fim de preservar a segurança do Sereitei.
Sparky: Como!?
Naomi: O único jeito de provar a inocência de vocês é fugindo, e capturando o verdadeiro culpado.
Kazuno: Mas... Eles não podem fazer isso!
Naomi: A sentença foi anunciada hoje de manhã. Então eu fiz alguns preparativos e vim o mais rápido que pude.
Ela finalmente consegue abrir a cela, em seguida abre o embrulho, revelando as zanpakutous dos shinigamis.
Naomi: Vocês não têm escolha...
Os shinigamis olham para ela por um tempo, e, por mais louco que aquilo soasse... Ela estava certa... O capitão Shingo Kawaguchi da 10ª Divisão, um homem loiro, grande e musculoso, um pouco mal encarado, que tinha o mau hábito de andar sem a parte de cima do uniforme dos shinigamis, a não ser por seu Haori branco, vinha cruzando um dos pátios do Sereitei em sua caminhada costumeira e sem um propósito real, além de ele gostar de esticar as pernas periodicamente.
Shinigami: Capitão! Capitão!
O capitão Kawaguchi olha para trás e vê um shinigami correndo desesperadamente em sua direção.
Kai acabava de arrumar a sua espada, os shinigamis agora já haviam saído da área das celas, mas ainda estavam dentro do Sereitei.
Kai: Eu ainda acho isso uma má idéia.
Shnayder: Sem dúvida soa melhor do que passar o resto da vida na Unidade de Detenção.
Kazuma: Naomi-chan, e agora, o que nós fazemos?
Naomi: Primeiro precisamos dar um jeito de sair daqui antes que...
De repente, os alarmes do Sereitei começam a soar, os shinigamis olham em volta, aparentemente cientes do que aquilo se tratava.
Sparky: Tarde demais...
Kenji e seu vice-capitão Yoshida Sakai estavam de frente para os capitães e vice-capitães das demais unidades, num terraço aparentemente nas dependências do quartel general do 1° Esquadrão.
Kenji: Um grupo de 5 shinigamis condenados por conspiração fugiu de sua prisão hoje mais cedo. Seus propósitos são desconhecidos, mas eles são perigosos e estão em posse de um item particularmente destrutivo. As ordens são para capturá-los e enviá-los à Unidade de Detenção imediatamente, para isso, todas as 13 Divisões do Gotei 13 foram designadas. A liberação total de zanpakutous dos capitães e vice-capitães está autorizada.
Kenji olha para o Sereitei, aparentemente nervoso com a situação.
Kenji: Peguem eles...
Imediatamente, os 12 capitães e vice-capitães em linha desaparecem, estava para começar uma corrida contra o tempo no Sereitei Gotei... | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Sáb Ago 21, 2010 2:39 am | |
| O grupo de shinigamis fugitivos começava a correr pelo Sereitei, agora era uma corrida contra o tempo para que não fossem capturados e trancados pelo resto de suas vidas, ou talvez até mesmo executados.
Shnayder: É impressionante como as coisas ficaram ainda piores pra gente em tão pouco tempo.
Kai: Eu disse que essa era uma idéia idiota.
Kazuno: Agora não tem mais jeito. Escuta, como nós vamos fazer pra sair?
Naomi: Claro, eu tenho um plano. Por aqui.
Eles viram numa esquina que dava em um beco sem saída, mas pelo menos estava deserto, assim Naomi pode falar com eles tranquilamente.
Naomi: Agora...
Ela retira de dentro de seu kimono um rolo de pergaminho, e ao desenrolar revela um mapa do Sereitei.
Naomi: Tentar atravessar a barreira externa à força é impossível. Como vocês devem saber, a barreira é completamente construída de material Sekki, uma espécie de material que é capaz de negar completamente todo tipo de energia espiritual, então forçar a saída não vai dar certo. Além disso, não vamos poder simplesmente sair pela porta da frente, além dos porteiros, tenho certeza de que irão colocar vários guardas como segurança.
Kazuma: Então como é que vamos sair? Isso aqui parece uma prisão.
Naomi: Existe uma saída alternativa pelo subterrâneo. Costuma ser usada como uma espécie de esgoto do Sereitei, mas é usado para despejar material sobressalente da 12ª Divisão.
Ela olha para o resto dos shinigamis, que parece atônito com alguma coisa.
Naomi: O-O que foi?
Shnayder: Onde... Onde você conseguiu um mapa tão bem detalhado?
Naomi: Claro que com a minha convocação. É material básico pra shinigamis iniciantes e só os shinigamis que se formaram com as piores notas, os quais se acreditam que não tenham muito futuro além de faxineiros da Divisão não recebem. Por quê? Vocês não têm mais os seus?
O grupo de shinigamis se olha suando frio. "Shinigamis sem futuro"? Nenhum deles achou uma boa idéia comentar sobre a sua vida acadêmica depois dessa.
Naomi: De qualquer jeito, não é tão simples assim... A passagem é a única entrada direta para o Sereitei sem passar pela muralha externa, portanto ela é bem fechada, mas em compensação não há porteiro, e a segurança é pouca. A passagem é fechada com uma porta especial também feita de rocha Sekki, pra que não seja quebrada.Existe um sistema de segurança triplo no quartel general da 12ª Divisão que é utilizado pra controlar a abertura e fechamento dessa porta. Se nós conseguirmos entrar no quartel general, podemos ativar o sistema, depois precisamos preparar uma área de transferência onde possamos abrir o portão Senkai, e fugir para o mundo dos vivos, onde nós podemos encontrar uma solução pra isso. Alguma dúvida?
Sparky suava frio com tudo aquilo.
Sparky: Isso... Isso parece complicado...
Naomi: Você nem imagina. Além disso, o Sereitei está cheio de armadilhas pra receber intrusos, e também as Divisões devem estar nos perseguindo agora mesmo.
Kazuno: Então não é uma boa ficar aqui. Vamos gente, vamos indo, temos um bocado de trabalho pela frente.
Shinigami: Na verdade o seu trabalho acaba bem aqui...
O grupo olha para cima e vê dois shinigamis com cara de maloqueiros. Um tinha cabelos pretos e um topete tipo do Elvis, além de usar óculos escuros, e o outro tinha uma bandana branca com uma faixa vermelha desenhada amarrada na cabeça.
Shinigami: Parece que nós tiramos a sorte grande...
Kai: Quem são vocês!?
Shinigami:Akira Akirabane, 3° assento da 7ª Divisão.
Diz o de cabelos pretos.
Shinigami: E Kento Mizuno, 3° assento da 5ª Divisão. Nós viemos aqui acabar com vocês...
Assim que aquelas palavras são pronunciadas, todos os shinigamis seguram suas zanpakutous, mas os shinigamis em sua frente riem displicentemente.
Akira: Ha! Então acham que podem rivalizar com o nosso poder? Pirralhos...
Ambos saltam e tranquilamente aterrissam de forma a ficar frente a frente com o grupo.
Akira: Shinigamis novatos como vocês estão a décadas de nos alcançar.
Kai: Isso é o que nós vamos ver!
Kento: Se entreguem logo, e nós os arrastaremos ainda vivos até a prisão.
Shnayder: Convencido... Vamos ver se ainda falam grande depois disse!
Sem hesitar, Shnayder ataca, com tal brutalidade e força que poderia fatiar qualquer tipo de hollow em sua frente. porém, não era um hollow que ele estava enfrentando... Akira Akirabane, o 3° assento da 7ª Divisão do Gotei 13, ergue a espada tranquilamente e bloqueia o ataque com a bainha, sem realizar o menor tipo de esforço.
Shnayder: Como?
Akira: Quanta pretensão...
Com uma facilidade impressionante, ele empurra Shnayder para trás.
Akira: Se tivesse algum tipo de cérebro teria se entragado no momento em que nos apresentamos como 3° assento. Não é à toa que a sua fuga foi tão mal preparada... Você entende o que isso significa? Ser o 3° assento significa quem nossas divisões inteiras, apenas duas pessoas estão acima de nós... Shinigamis de baixo calão como vocês não têm como nos derrotar!
Ele dá um soco no chão, fazendo com que um pedaço enorme de pedra se desprenda e salte para o ar. Imediatamente em seguida, Kento acerta um chute na rocha e a manda em velocidade de disparo na direção dos shinigamis. Todos eles conseguem se esquivar, mas aquela havia sido por pouco.
Kento: Ouvi dizer que fizeram um bom trabalho na luta contra o Kaji... Mas estão enganados se acham que podem nos comparar com aquele lixo!
O rapaz da bandana velozmente desaparecer, e reaparece sobre Kai, desferindo-lhe um soco poderoso que o arremessa para trás.
Kazuma: Kai!
Naomi: Ikawa-kun!
Aquilo era prova irrefutável de que o Sereitei estava mesmo disposto a capturar o grupo... Kento pressiona um de seus punhos com a outra mão, se preparando para a briga.
Kento: Vocês já eram... | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Seg Ago 23, 2010 12:55 am | |
| Os dois shinigamis do Gotei 13 encaravam o grupo fugitivo, parecendo de uma certa maneira animados pela oportunidade de cortar alguém.
Kento: Muito bem... Qual de vocês vai ser o primeiro...?
Akira: Ei Mizuno! Quem foi que deixou você escolher!?
Kento: Não me enche! Eu quem vi eles primeiros então eu vou escolher.
Akira: Uma ova que viu eles primeiro!
Kento: A culpa não é minha se você é um idiota e não consegue enxergar nada com esses seus óculos ridículos.
Akira: Como é? Repete isso na minha cara seu covarde!
Kento: Panaca, panaca, panaca!
Kazuma: Decepe meus inimigos... Kamaitachi!
Sem perder tempo, Kazuma investe contra Kento, que finalmente saca sua zanpakutou para bloqueá-lo.
Kento: Quem diria... Eles estão com mais pressa do que eu imaginei...
Kazuno: Ni-san!
Kazuno já estava correndo para ajudar seu irmão, mas com um veloz shunpo, o 5° assento da 7ª Divisão Akira Akirabane se coloca em seu caminho, impedindo que chegasse qualquer tipo de ajuda a Kazuno.
Akira: Opa... Não tão rápido assim...
Ele se vira para o companheiro, que estava ocupado bloqueando Kazuma.
Akira: Ei, Mizuno! Consegue dar conta das coisas por aqui enquanto eu vou me divertir com algum deles?
Kento: Não me confunda com você perdedor! Eu já vou ter acabado aqui quando você voltar.
Akira: Significa que não se importa se eu acabar com um deles sozinho, não é mesmo?
Kento: Faça como quiser.
Akira: Ótimo... Agora vejamos...
Ele diz observando os shinigamis com um sorriso de um predador à escolha da pres.
Akira: Já que é assim...
Ele começa a correr.
Akira: Eu vou escolher você!
Sua corrida o levava em direção a Kazuno.
Akira: Despedace! Ishikai! (Esmagadora de Pedras)
A espada de Akira se torna uma espécie de porrete espinhos, e ao acertar Kazuno, mesmo que houvesse bloqueado com a própria zanpakutou, a sensação era de estar tentando impedir um trator. E com essa facilidade, Akira dispara arrastando Kazuno.
Sparky: Kazuno!
Naomi: Kazuno-kun!
Kazuma: Ni-san!
Os shinigamis se movem rapidamente para ir ajudar, mas com um shunpo excelente, Kento pára de frente para eles.
Kento: Alto lá... Eu sou o encarregado de vocês...
A reiatsu do 5° assento da 5ª Divisão era de um verde claro que reluzia com o controno de seu corpo, emanando uma forte pressão espiritual.
Kento: Reverbere! Raikou! (Batida do Trovão)
O shinigami dá um soco no cabo da zanpakutou, a mesma brilha em verde e rapidamente se divide, envolvendo ambas as suas mãos, até se tornarem luvas com protetores metálicos adornados de alguns espinhos.
Kento: E então... Vamos começar?
Kazuno foi arrastado por um bom pedaço de chão do Sereitei, até seu oponente parar de empurrá-lo, e ele, pela inércia, prosseguir até se chocar contra uma parede, o que o freou, embora dolorosamente. Akira caiu em frente a ele, apoiando o bastão no ombro.
Akira: Muito bem! Então vamos partir pro primeiro e único round...
Kazuno tratou de se recompor daquela batida feia "Esse cara não é brincadeira... Aquela espada dele tem o impacto de um caminhão, é melhor eu tomar cuidado..."
Akira: O que houve? Anda, venha logo, eu não tenho o dia inteiro!
Kazuno analisa bem o oponente "Ele não parece ser muito rápido, bater com aquele tipo de força deve custar algum equilíbrio, então tudo que eu preciso fazer é ficar longe daquela zanpakutou e encontrar a melhor oportunidade pra ataca. Isso mesmo... O meu modo veloz é a chave pra derrotar esse cara, e depois eu tenho que voltar pra ajudar o Kazuma e os outros..." Kazuno segura sua zanpakutou com as duas mãos, concentrando energia na arma, que começa a reluzir com uma reiatsu azul clara.
Kazuno: Mostre sua força... Tenshi Souru!
A espada se divide em duas e revela a zanpakutou dupla, a Tenshi Souru de Kazuno.
Akira: Olha só... Uma zanpakutou dupla... Isso é bem raro...
Sem dar atenção ao comentário, Kazuno ataca, utilizando seu modo veloz e conseguindo surpreender Akira por um instante, mas ainda sim é bloqueado.
Akira: Dá pra ver que essa espada não é só pra apresentação...
Ele empurra Kazuno para trás, e os dois se afastam.
Akira: Infelizmente aqui é fim da linha pra você...
Akira segura a zanpakutou à frente, e repentinamente usa um shunpo, reaparecendo atrás de Kazuno e o atacando. Kazuno bloqueia o golpe, mas ele vinha pesado como uma bigorna de chumbo, assim como da última vez.
Akira: A minha Ishikai tem um temperamento muito difícil, então ela nem sempre coopera comigo, e o golpe nem sempre sai tão forte quanto eu quero...
Com este mesmo movimento, ele consegue empurrar Kazuno para trás, e rapidamente utiliza outro shunpo para surpreendê-lo.
Akira: E a melhor parte é que ela é tão leve pra mim que é como lutar com um pedaço de madeira oco...
Ela acerta Kazuno mais uma vez num ângulo ascendente, o que o arremessa para cima. Enquanto subia em alta velocidade, Akira reaparece tão rapidamente quanto da última vez, e o rebate para baixo.
Akira: Oy, oy, oy, oy! O que é isso? Já está sem forças?
Porém, sem aviso nenhum, Kazuno reaparece atrás dele e o ataca, Akira o bloqueia com um sorriso.
Akira: Assim está melhor...
Os dois se afastam mais uma vez.
Akira: Agora sim estou começando a entender como vocês derrotaram o Kaji...
Kazuno: Você ainda não viu nada.
Akira: Oh... Eu estava contando com isso... Venha!
Kazuno ataca o 3° assento mais uma vez furiosamente, e o impacto gera uma pequena, porém potente onda de choque... | |
| | | Lynn
Número de Mensagens : 189 Idade : 30 Respeito : Warn : Reputação : 0 Pontos de troca : 5961 Data de inscrição : 20/09/2008
| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Out 31, 2010 9:22 am | |
| É aqui é o Lynn, Kisuke sei que talvez vc nem veja essa mensagem já faz um tempo que isto aqui esta abandonado e talvez nem lembre de mim, eu não li a Fic, é bem grande mas li o primeiro poste e quase chorei, o forum era realmente divertido e legal e foi o forum que marcou minha entrada para o ramo do Rpg =D
enfim so queria deixar minha mensagem aqui
KISUKE VOCÊ É FODÁ | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Fev 27, 2011 11:38 am | |
| (PS: Valeu Lynn, e claro que eu lembro de vc cara! Bom gente, vamos continuar...)
Kazuno havia sido brutalmente afastado do grupo, mas na atual situação, não havia muito o que ser feito. Seu inimigo, Kento Mizuno, o 3° assento da 5ª Divisão, utilizando as luvas de aço na qual sua zanpakutou havia se transformado os encarava sem uma única gota de preocupação. A experiência de batalha de Kai o informava que algumas pessoas acostumadas com as lutas conseguem se manter impassíveis diante de situações difíceis, mas pôde perceber que esse não era o caso do shinigami à sua frente. Ele apenas tinha absoluta certeza da sua vitória.
Kento: Bom... Vamos fazer isso do jeito difícil ou do jeito fácil?
Kazuma olha de esguelha para seus companheiros, que retribuem com um aceno positivo, entendendo suas intenções. A cena, estática por vários segundos, de repente se altera num único instante em que os shinigamis disparam com velocidade em direção ao oponente em simultaneidade.
Kazuma: Decepe seus inimigos! Kamaitachi!
Kai: Mire e mate! Kikyou!
Sparky: Retalhe! Retsurouga!
Shnayder: Varra com a fúria da tempestade! Arashidori!
Um ataque simultâneo e devastador seria o suficiente para conseguir tempo o suficiente para fugir. Não possuindo poder para acompanhar o ataque, Naomi simplesmente se protege contra o impacto fulminante. O golpe havia sido certeiro, todos podiam perceber que haviam acertado algo, porém, os poucos instantes que levam para que a poeira se dissipasse foi o suficiente para que engolissem em seco. Com movimentos simples e bem direcionados, o 3° assento Kento Mizuno foi capaz de bloquear todos os ataques com facilidade.
Kento: Então... Vai ser do jeito difícil...
Agora com novo movimento, ele quebra o ataque do grupo, e um soco contra o chão fazem com que as lajotas do Sereitei saiam voando com o enorme impacto. Forçados a se protegerem o grupo pula para trás, recuando. Sparky ouve algo próximo a ele, mas seus reflexos não respondem com velocidade o suficiente para reagir a Kento, que saltava pelas lajotas em vôo e se projeta sobre ele velozmente, desferindo um único soco certeiro contra o estômago. Acostumado a um treinamento duro, seria fácil suportar um ataque simples daqueles, porém, no momento do toque, Sparky sente algo reverberar em seu corpo e sair do ponto de impacto, se espalhando até o resto de seus membros, até que finalmente fosse lançado com força ao chão.
Kazuma: Sparky!
Kai: Kurosaki!
Kento aterrissa suavemente, socando uma luva contra a outra e permitindo que fagulhas voassem, crepitando assustadoramente.
Kento: A minha Raikou libera uma descarga elétrica de alguns volts quando golpeio o oponente. Não é o suficiente pra matar mas faz o impacto ter um efeito muito maior. Eu geralmente uso isso contra hollows, basta um golpe pra que o corpo deles fique dormente e não possam mais se mexer. Mas vocês são shinigamis...
Ele diz, observando que Sparky, apesar de abalado, se levantava, ainda com bastante energia de sobra.
Kento: E um ryoka... Eu devo admitir, estou impressionado que pessoas no nível de vocês tenham todos despertado suas zanpakutous, é realmente um feito surpreendente. Devem ter passado por lutas difíceis. Mas... Infelizmente pra vocês, simplesmente despertar uma zanpakutou não é o suficiente.
Kai: Como assim?
Kento: Aqui no Sereitei a linha de comando pode ser medida pela afinidade entre shinigami e zanpakutou. Se olharem de perto, a maior parte de um esquadrão possui apenas zanpakutous sem nome, e apenas a partir do 10° assento surgem pessoas mais aptas que conseguem despertar esse tipo de poder. Porém, muitos fatores separam alguém no 10° e alguém no 9° assento de uma divisão, incluindo quantidade de reiatsu, resistência, ou experiência de combate. Mas o mais importante de tudo, e o que define o nível de uma pessoa, é sua habilidade de sincronizar com a sua zanpakutou. Nós do 5° assento em diante, compreendemos que as zanpakutous não são apenas instrumentos de guerra, mas parte do nosso poder e de nós mesmos, e assim conseguimos utilizá-las com mais liberdade.
Ele sorri confiante novamente para o grupo.
Kento: Há muita diferença entre saber o nome da sua zanpakutou e efetivamente usá-la em combate. E agora vocês vão sentir isso com o próprio corpo!
Com uma investida, ele parte para cima de Naomi.
Kento: Começando por você!
Kazuma: Naomi-chan!
O golpe é desferido com brutalidade, mas antes que atinja o alvo, é bloqueado por um objeto metálico. Quando finalmente percebeu que seu golpe foi barrado, Mizuno nota que fagulhas elétricas saíam entre suas luva e a espada do shinigami. Shnayder Yosake havia aparecido para o resgate...
Kento: Você...?
Os dois se separam, encarando um ao outro ferozmente.
Kento: O poder da minha zanpakutou é capaz de ser transmitido por outras zanpakutous mais fracas. Por que você não sentiu o golpe?
Shnayder: A minha Arashidori...
Ele ergue a espada à frente, mostrando-a a Mizuno.
Shnayder: É uma espada baseada no poder de trovão. Quando recebo o impacto da sua zanpakutou, posso gerar uma corrente elétrica contrária e anular o efeito.
Os resto dos shinigamis sorriem, não havia ocorrido a eles que a zanpakutou de Shnayder pudesse ser usada deste jeito para gerar um contra-ataque.
Kazuma: É isso aí Yosake-san!
Kento: Maldito...
Kento se coloca posição de combate mais uma vez.
Kento: É impossível fazer isso com precisão, o único instante que você tem pra fazer uma coisa dessas é quando as zanpakutous se tocam. É impossível que possa conter meu ataque todas as vezes. Então tudo que eu preciso fazer é aumentar a voltagem.
Ao dizer isso, fagulhas elétrica crepitam ao redor da Raikou de Kento.
Shnayder: Kai! Deixem que eu luto sozinho. A minha zanpakutou é a única que pode absorver o impacto dele, se vocês forem acertados podem não conseguir se mexer.
Kazuma: Ta, tudo bem!
Kento: Quanto pretensão... Pois fique sabendo que eu vou acabar com eles depois de terminar com você!
Ele ruge, atacando Shnayder novamente, e desta vez o impacto entre as duas armas causa algo como um trovão. Apesar do ataque ter sido efetivamente bloqueado, Shnayder parece impressionado com algo.
Kento: Então... Você tentou contra-atacar com uma descarga elétrica mais forte...?
Utilizando a segunda mão, e aproveitando que a zanpakutou de Shnayder segurava seu outro punho, Kento acerta um golpe certeiro no shinigami, enviando sua descarga elétrica através do corpo e lançando-o para trás.
Sparky: Shnayder!
Kento: Ha! Realmente, a sua zanpakutou é mais forte que a minha quando se trata de eletricidade. Porém, a minha Raikou ao mesmo tempo em que pode enviar descargas elétricas, também age como isolante, e não pode ser afetada por outras zanpakutous do mesmo tipo. Não importa o quão grande seja a força do seu ataque, ele nunca vai passar pela minha defesa.
Shnayder se levanta, um pouco desorientado, enquanto Kento arma novo ataque.
Kento: Essa luta é minha...
Última edição por Kisuke Itarashi em Dom Mar 13, 2011 11:24 pm, editado 1 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Fev 27, 2011 12:43 pm | |
| Kazuno se encontrava em uma situação difícil, estava sozinho contra um oponente sem dúvida muito mais forte que ele, e aquela zanpakutou era um perigo toda vez que se movia.
Akira: O que houve? Vai ficar aí parado?
Irritado com a provocação, Kazuno resolve atacar, mas o ataque é bloqueado pelo oponente.
Akira: Não me subestime!
Balançando o porrete que era sua zanpakutou, a força do movimento se prova suficiente para arremessar Kazuno de volta para trás, mas sem um momento para respirar, Akira ataca.
Akira: Não ache que vai me vencer com ataques tão ingênuos.
Apesar de conseguir desviar, havia sido por um triz, o porrete acerta o chão ao seu lado onde estivera um segundo antes, arrebentando uma pequena circunferência do chão.
Akira: Tsch... Essa velocidade é um incômodo...
Kazuno analisa o shinigami e o golpe recém-desferido, planejando uma maneira de revidar, “Consegui desviar, mas foi por pouco. Eu não sei quantos golpes diretos dessa espada eu iria agüentar. Mas independente de como você veja, ainda é uma zanpakutou de combate direto assim como a minha”. Akira encara o oponente e torce o pescoço, se preparando para a segunda rodada.
Akira: Bom... Então vamos tentar de novo...
Utilizando um excelente shunpo o shinigami torna a atacar Kazuno, que o vê no último instante a tempo de bloquear. O golpe vem de cima, e apesar de ter sido amortecido pelas duas lâminas da Tenshi Souru de Kazuno, o impacto faz com que seus pés afundem no chão. Mais rapidamente do que da outra vez, Kazuno afasta a espada inimiga e se afasta.
Akira: Não vai fugir!
Akira parte em seu encalço, golpeando-o duas vezes, das quais Kazuno conseguiu se esquivar, o que era uma opção mais segura do que bloquear aquele monstro. Porém, na terceira vez, não foi o suficiente.
Akira: Toma essa!
O 3° assento grita, e percebendo que não teria velocidade suficiente para escapar, Kazuno bloqueia o ataque, mas o impacto faz com que ele deslize sobre o chão e acerte uma das paredes do Sereitei com força, provocando uma rachadura. Sem deixar que o oponente descanse, Akira mais uma vez ataca.
Akira: Te peguei!
No instante em que o inimigo começava a projetar sua arma para um golpe avassalador, um plano surge na mente de Kazuno.
Kazuno: Hadou no sanjyu ichi! Shakkahou!
Sem recitar o encantamento, o kidou não possuía muita potência, ainda sim, a magia acerta o rosto de Akirabane em cheio, interrompendo seu ataque.
Akira: AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!
O 3° assento grita em dor, sentido seu rosto queimar, apesar do kidou não possuir potência letal.
Akira: Droga...
Ele tenta abrir os olhos, ofuscado, e é bem a tempo de ver Kazuno surgir em suas costas e atacá-lo. Apesar de conseguir amortecer os ataques, agora era o 3° assento que recuava diante dos ataques da Tenshi Souru dupla de Kazuno. Ele balança a espada com força, retomando o ataque e obrigando Kazuno a saltar em esquiva para trás.
Kazuno: Hadou no sanjyu san! Soukatsui!
Uma bola de energia azul se manifesta da mão estendida do shinigami e acerta o chão em frente a Akira, levantando uma nuvem de poeira que o impede de enxergar a posição do inimigo. Utilizando seu modo veloz, Kazuno consegue se deslocar até as costas do oponente, onde lança um ataque certeiro e lhe faz um corte. Akira perde o equilíbrio por um instante, mas rapidamente se recompõe, olhando de volta para o oponente.
Akira: Nada mal...
Enquanto isso, no quartel general da 8ª Divisão, sem o capitão Garou ou o vice-capitão Hikawa por perto, quem dava as ordens ao esquadrão era um oficial de posto mais elevado.
Shinigami: Como a situação lhes foi informada, um grupo de shinigamis da nossa divisão se tornou fugitivo há pouco tempo. Pra manter a honra da 8ª Divisão é o nosso dever capturá-los pessoalmente. O capitão e o vice-capitão já levaram uma unidade de elite para começar a busca, enquanto isso o resto da divisão vai se dividir em grupos e realizar buscas individuais! O 1° grupo irá se concentrar em...
Enquanto os comandos eram dados, Kisuke, que estava na linha de frente, observava o chão com uma expressão frustrada “Kazuma...”
Akirabane encara Kazuno satisfeito que seu oponente pudesse esboçar algum tipo de reação.
Akira: Bom... Você não é tão ruim quanto parece.
Kazuno: A sua zanpakutou não usa truques, então não importa a situação, um combate é um combate.
Akira: Isso mesmo. Então... Vamos tentar mais uma vez?
Kazuno: Mas é claro...
Os dois se encaram por mais alguns momentos até se atacarem de novo.
Kazuno: Hadou no youn! Byakurai!
Uma pequena energia é disparada do dedo de Kazuno, e, assim como o soukatsui, faz com que uma nuvem de poeira se levante.
Akira: HA!
Com um movimento do porrente ele gera uma corrente de ar forte o suficiente para dissipar a nuvem de poeira, e revida o ataque de Kazuno que vinha escondido atrás. Kazuno recua e dá um grande salto sobre o inimigo, preparando a próxima técnica.
Kazuno: Bakudou no kyu! Geki!
Imediatamente o corpo inteiro de Akira se imobiliza.
Kazuno: Peguei ele!
Ele sorri, já armando sua Tenshi Souru para o golpe final. Akira fecha os olhos, rangendo os dentes ao concentrar suas forças, e com uma energia poderosa, consegue se livrar do kidou instantes antes de Kazuno alcançá-lo, e o acerta novamente, o impacto brutal de sua Ishikai jogando Kazuno contra uma parede próxima. Danificado pela série de ataques recebidos, Kazuno agora já não parecia ter muitas condições de se levantar.
Akira: Um combate é um combate...
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Fev 27, 2011 2:44 pm | |
| Akira estava de pé, um pouco sujo, cansado e cortado, aparentemente sua luta não estava sendo tão fácil, o que era de se comemorar. Kazuno, por outro lado, jazia em meio a escombros, sua força já começando a falhar.
Akira: É verdade que kidous também fazem parte de uma luta, mas existem maneiras de repelir eles.
Com mais dificuldade, Kazuno se levanta.
Akira: Bom... Já acabou? Eu não gostaria de matar um companheiro shinigami, mesmo que seja um traidor, então se entregue por bem agora.
Kazuno: Nem pensar... Meu irmão ia rir da minha cara...
Akira dá algumas risadas.
Akira: É verdade, eu não vejo alguém com o seu tipo de tenacidade desistindo... Mas infelizmente eu não sou da 4ª Divisão. Se você chegar a apagar depois de uma surra eu não sei quanto tempo eu vou ter para conseguir ajuda até você morrer.
Kazuno: Cala a boca... Você ainda não me venceu...
Akira: É verdade, mas você já mal consegue se colocar de pé.
Kazuno: Isso é só um arranhão.
Kazuno cospe um pouco do próprio sangue no chão.
Kazuno: Agora eu já estou acostumado com os movimentos da sua espada, então vamos começar de novo.
Akira: Já se acostumou com os movimentos da minha espada, é?
Kazuno: Isso mesmo...
O irmão Garoa mais novo segura as duas lâminas da Tenshi Souru e começa a concentrar energia, Akira o observa, esperando o movimento do oponente. De repente, ele some com a velocidade de um shunpo, Akira o acompanha tranquilamente e o vê aparecer atrás de si, movendo sua zanpakutou brutalmente para acertá-lo. Inacreditavelmente, desta vez, Kazuno se esquiva, abaixando e permitindo que o golpe passasse sobre sua cabeça, o que surpreende Akira a ponto de deixá-lo despreparado para um contra-ataque. A espada de Kazuno se movimenta e rapidamente corta o adversário mais uma vez. O corte é dolorido e quebra a concentração de Akira por um instante, mas ele rapidamente se recompõe e ataca mais uma vez. Novamente, Kazuno se esquiva, e isso é o suficiente para iniciar uma leva de contra-ataques. Apesar de tudo, ainda havia reação de Akira e a luta parecia equilibrada. Em uma de suas lufadas, Akira acerta as zanpakutous de Kazuno e a força do impacto o arremessa, porém, Kazuno crava uma das lâminas da Tenshi Souru no chão e a usa para frear, usando seu modo veloz novamente para surpreender o inimigo por trás. O ataque com a primeira espada Akira consegue bloquear, mas o segundo vem certeiro em direção ao seu nariz. O 3° assento se curva para trás, desviando da lâmina do adversário por milímetros, mas não evita que um pedaço de seu topete de Elvis seja cortado. Depois de um ataque tão perigoso, o mais sensato é recuar e se recompor antes de mais nada. Kazuno e Akira se encaram por um tempo, agora em pé de igualdade, uma gota escorre pela lateral do rosto de Akirabane, que agora suava frio “Ele não estava mentindo, agora já consegue acompanhar todos os movimentos da minha Ishikai e evitá-los. Apesar de tudo o impacto da minha zanpakutou ainda é muito forte e consegue abalá-lo, por isso ele evita ao máximo topar com ela de frente. Esse rapaz tem mais experiência de batalha do que eu havia pensado, ele é do tipo que fica mais forte com o desenrolar da luta”. Nessa hora, Akirabane consegue ver alguns fiapos de seu cabelo caírem, o que lhe chama a atenção.
Akira: Hm?
Ele rapidamente tira um espelho de dentro do seu uniforme, conferindo o penteado, rapidamente descobrindo que lhe faltava uma boa parte do topete.
Akira: Eh... NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
Uma enorme gota de suor aparece na cabeça de Kazuno ao notar o desespero do oficial por algo tão trivial.
Akira: O meu topete! Está arruinado! Levou tanto tempo pra arrumar ele!
Kazuno: Ah... Você ta legal...?
Akira: É claro que não! Meu topete! Meu topete! A minha imagem que eu levei tanto tempo pra arrumar!
Kazuno: Foi só um pouco de cabelo...
Akira: Só um pouco? Só um pouco!? Você não sabe de nada mesmo! E agora o que eu vou dizer pras minhas fãs!?
Kazuno: Hã...?
Uma imagem ridiculamente escrota de Akira em um carro vermelho com duas belas garotas loiras se passa pela sua cabeça. De repente, acima de um semáforo, com uma expressão demoníaca aparece Kazuno com uma grande tesoura de aparar moita e corta seu topete em um único movimento. Ao verem seu topete sumir as garotas imediatamente parecem sentir repúdio por Akira e saltam do carro, e é então que a imagem mental dele se desfaz em pedaços.
Akira: NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! Ladies, I’m sorry! Ladies!
Kazuno se sente um pouco mal em ver aquele homem chorar e se espernear por conta do cabelo.
Kazuno: O... O que será que aconteceu?
Akira: Não sabe que o cabelo de um homem assim como as caudas de um pavão é a prova de sua virilidade! É o que o faz se destacar em meio a multidões anônimas! Uma demonstração máscula e suprema de personalidade e beleza! O cabelo é uma parte fundamental!!!
Kazuno: Mas... O seu topete já era ridículo de qualquer jeito.
Akira fica branco como um fantasma, e sua imagem se despedaça mais uma vez.
Akira: NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!
Kazuno: Acho que eu atingi um ponto sensível dele...
Finalmente se recompondo, o 3° assento guarda o espelho de volta no uniforme.
Akira: Bom... Não importa mais agora... Depois vou pedir pra Divisão de pesquisa algum tipo de tônico capilar... O mais rápido possível, então...
Ele torna a encarar Kazuno.
Akira: É melhor eu terminar essa luta imediatamente antes que outras pessoas vejam esse estrago.
Enquanto isso, em outro ponto do Sereitei, Garu e Yuuka corriam velozmente se projetando pelos telhados à procura dos fugitivos shinigamis, quando o vice-capitão repara em uma fagulha elétrica muito longe subir aos céus.
Yuuka: Taichou...
Garu imediatamente pára e olha na direção correta, parecendo notar do que se tratava.
Garu: Vamos!
Ele, o vice-capitão e seu grupo de elite imediatamente mudam de direção, indo velozmente rumo ao tumulto. Kazuno e Akira permaneciam parados apenas a se encarar, eram oponentes difíceis um para o outro. “Tenho que tomar cuidado. Em força sem dúvida eu supero ele, mas agora que se acostumou com os meus movimentos, se eu não conseguir acompanhar aquela velocidade, isso pode se tornar perigoso” eram os pensamentos do 3° assento da 7ª Divisão.
Akira: Pelo que eu pude perceber até agora, a sua zanpakutou não usa truques. É uma espada de combate direto semelhante à minha Ishikai. Antes de ser promovido a 3° assento da 7ª Divisão, eu pertencia à 11ª Divisão. Ter um combate deste tipo para nós é muito satisfatório...
Kazuno: Não posso dizer que eu também não esteja me divertindo. Mas eu não posso ficar me divertindo com você aqui, eu tenho coisas urgentes a fazer.
A expressão de Akira de repente se torna estranhamente séria.
Akira: Posso perguntar uma coisa?
Kazuno não responde, apenas acha estranho que uma pessoa daquelas queira saber de algo numa situação deste tipo.
Akira: O que foi que você e aqueles outros fizeram de tão grave a ponto de colocarem o Sereitei inteiro atrás de vocês?
Kazuno: Nós somos inocentes. Nós fomos acusados injustamente e nos sentenciaram sem nem ao menos nos dar uma chance de nos defendermos. Foi por isso que nós fugimos, pra tentar provar a nossa inocência, nada mais.
Akira: Inocentes, huh...? Não é o que todos eles dizem?
Kazuno: Não é uma mentira.
Akira: Bom... Se te faz sentir melhor, eu acredito em você.
Kazuno: Como é?
Akira: Dizem que você conhece melhor uma pessoa lutando com ela do que conversando, não é mesmo? E depois de lutar com você eu não consigo te enxergar como uma pessoa que queira fazer mal às outras. Infelizmente...
Ele completa enquanto estala o pescoço, pronto para reassumir a luta.
Akira: A sentença de vocês já foi dada, e isso não seria feito sem evidências o suficiente pra condená-los. Além de tudo, ordens são ordens, e eu não posso reportar de volta ao meu capitão e vice-capitão dizendo que eu deixei o inimigo fugir, então... Vou acabar com isso agora mesmo.
O porrete que Akira segurava começa a brilhar em um tom verde profundo.
Akira: Eu vou acabar com isso no próximo golpe.
Kazuno também se prepara para o combate, carregando uma energia negra nas lâminas da Tenshi Souru.
Akira: Infelizmente seu destino já foi traçado... Shinigami!
Os dois se atacam velozmente, a espada carregada de Akira causa um enorme estrago ao ser balançada, além de uma forte corrente de ar ocasionada pelo deslocamento da lâmina. Findo o golpe, não é possível identificar quem havia ganhado e quem havia perdido. Sem olhar o oponente, Akira torna a falar.
Akira: Qual é o seu nome?
Kazuno: Kazuno... Garoa Kazuno...
Akira dá um sorriso com a resposta.
Akira: Foi uma excelente luta... Garoa Kazuno...
São suas últimas palavras antes de tombar sem forças. Kazuno olha de volta para seu oponente, agora no chão. De repente, uma espécie de arco elétrico no ar a uma boa distância de onde ele estava chama sua atenção.
Kazuno: Ni-san...
Não havia sido uma luta fácil, e as dores das pancadas o incomodavam, mas havia assuntos mais urgentes a serem tratados, ele precisava voltar até onde seu irmão e os outros estavam, mas seu cansaço e debilitação o impediam que o fizesse rapidamente. Caído no chão, derrotado pela Tenshi Souru, Akira permanecia vivo, porém em estado grave, apesar disso não consegue evitar de sorrir.
Akira: Eu sabia... Ele não me matou... Talvez aqueles shinigamis realmente sejam inocentes... Mas é uma pena, que nenhum deles vá sair daqui livre ou com vida... Garoa Kazuno... Você e seus amigos ainda estão longe de rivalizarem com os capitães...
Última edição por Kisuke Itarashi em Ter Mar 01, 2011 1:28 am, editado 1 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Fev 27, 2011 4:10 pm | |
| Um batalhão pertencente à 8ª Divisão de shinigamis se apressava pelos corredores do Sereitei, em busca dos invasores. Na rabeira deste grupo, Kisuke acompanhava o passo olhando para o chão e imerso nos próprios pensamentos. De repente, ele nota alguma coisa ao longe, uma espécie de arco elétrico se projetando no ar. Fora muito rápido então aparentemente ninguém mais no esquadrão parecia ter notado, mas aquele curioso fato faz com que Kisuke pare de correr, e assuma uma direção diferente da do seu batalhão que, pela quantidade de shinigamis presentes, aparentemente não dá falta de mais uma pessoa. Shnayder e Mizuno se chocavam, as zanpakutous liberavam feixes elétricos a cada impacto que variavam de tamanho de acordo com a força do golpe. A essa altura da luta, ambos já estavam bem debilitados e ofegavam. Quando as zanpakutous se chocam novamente fagulhas elétricas ameaçadoras tornam a crepitar de seu ponto de encontro.
Kento: Nada mal... Sua zanpakutou realmente tem muito poder.
Os dois se separam com brutalidade, mas pela análise de Mizuno, o que não estava longe da realidade, Shnayder recebera muito mais dano que ele.
Kento: Mas o preço por isso é que você não pode conter totalmente os meus golpes, Nesse ritmo você quem vai cair primeiro.
Shnayder não podia responder, o fôlego lhe esvaía. Apesar de poder evitar danos mortais, a cada impacto das zanpakutou ele podia sentir uma parte do poder de Kento percorrer o seu corpo.
Kento: Vou terminar isso agora!
Sem hesitar, ele soca uma luva contra a outra, e os pequenos relâmpagos se projetam antes de ele partir com tudo na direção de Shnayder. Com ainda alguma força que lhe restava, Shnayder ergue a zanpakutou, pronto para receber mais um golpe fulminante. Apesar do som metálico e objetos se chocando, não é Shnayder quem amortece o golpe, mas os outros três shinigamis.
Naomi: Vocês todos! Esperem!
Enquanto Sparky e Kazuma haviam bloqueado, cada um, um dos punhos do 3° assento da 5ª Divisão, Kai o acertara com o cabo da espada direto no peito, o que era um certo transtorno para Kento.
Kento: Malditos...
Sparky: Se acha que nós vamos ficar parados só olhando... Pensa de novo...
Kento: Eu já perdi tempo demais com todos vocês!
A zanpakutou ativa seu poder e imediatamente a corrente elétrica atravessa o corpo dos três jogando-os para longe. Naomi imediatamente vai socorrer Kazuma.
Naomi: Kazuma-kun!
Kento: Eu disse pro Akirabane que iria terminar aqui antes que ele voltasse, e vocês não estão cooperando!
Kento tenta atacar Sparky, porém, seu ataque é rapidamente desviado por um golpe da espada de Shnayder. Surpreendido pelo ataque de alguém que havia ignorado completamente, Kento se vê na defensiva e é obrigado se esquivar. Porém, não é rápido o suficiente para evitar um corte no ombro, e Shnayder pode observar intrigado algumas faíscas elétricas saltarem do ferimento antes que ele desse um salto para trás, abrindo distância entre os dois a fim de quebrar a sequência de golpes.
Kento: Não é muito educado da sua parte atacar alguém pelas costas.
Shnayder: Eu não ataquei, você quem resolveu me ignorar. Já disse que a sua luta é comigo.
Kai se coloca de pé ao lado do companheiro.
Kai: Yosake-san, acho que se atacarmos ao mesmo tempo podemos flanquear ele.
Shnayder: Não. Já disse que eu é quem vou cuidar dele.
Kai: Como é? Seu convencido, ainda acha que vai conseguir fazer isso sozinho?
Shnayder: Não se preocupa. Eu vou vencer.
Reafirma ele confiantemente, já prostrando a espada em frente ao corpo, pronto para receber a próxima sequência de golpes.
Kai: Já disse que você vai morrer!
Shnayder: Não se mete Ikawa!
Sparky: Shnayder... Tem certeza do que está fazendo?
Kento: É claro que não.
Kento o observa seriamente, também pronto para atacar.
Kento: Sabe muito bem que no ritmo em que está você vai cair antes de mim. Está apenas tentando bancar o herói pra comprar tempo para os outros fugirem, ou então me deixar cansado o suficiente pra ser derrotado. Isso é muito nobre da sua parte, mas eu vou te avisar de antemão que isso não vai funcionar.
Shnayder: Quer apostar?
Naomi: Yosake-kun... O que você ta fazendo?
No entanto, Shnayder parecia decidido em continuar a batalha, os outros concordam com a sua decisão e resolvem deixá-lo tentar, apesar de Ikawa parecer muito aborrecido com aquilo.
Kai: Nós não podemos perder mais tempo aqui. Se não terminar agora, nós vamos te largar aqui.
Sparky pensa em protestar, mas a verdade é que realmente não podiam mais se demorar muito naquele lugar. A luta dos dois provavelmente já teria chamado a atenção de alguém a essa altura.
Kento: Se estão pensando em correr, não vai funcionar.
O 3° assento da 5ª divisão mais uma vez soca as luvas uma contra a outra, soltando faíscas.
Kento: Eu sou um shinigami do Sereitei Gotei, e 3° assento da 5ª Divisão. Pela honra da minha divisão e pela minha como shinigami, não irei fracassar em uma missão.
Decidido agora, ele avança furiosamente contra Shnayder.
Kento: Agora eu te pego!
Shnayder posiciona a espada à frente, pronto para defender o ataque, esse seria o momento decisivo. Finalmente vem o impacto... Fagulhas elétricas dançavam pelo ar iluminando os olhos arregalados dos shinigamis fugitivos quando a cena em sua frente parecia não fazer sentido. As luvas de Mizuno faiscavam medonhamente, seu punho conectado diretamente ao estômago de Shnayder, que estranhamente parecia ter aberto mão da defesa, e por conta disso agora expelira grande quantidade de sangue. Vendo um golpe massivo conectar tão bem faz com que Kento se sinta satisfeito, estava um passo a menos de cumprir sua missão.
Kento: Você se distraiu...
De repente, no entanto, Shnayder segura seu braço, mantendo o punho do oponente conectado contra o próprio estômago.
Shnayder: Você acha?
O corpo de Sparky começa a brilhar com uma reiatsu roxa enquanto várias fagulhas elétricas saltitam de seus músculos. Mizuno tenta se livrar, mas Shnayder não o larga.
Kento: O que está fazendo!?
A energia começa a ser direcionada e se acumula na Arashidori de Shnayder, e depois de agregar bastante energia na lâmina Shnayder a levanta e furiosamente desfere um golpe fatal em Kento, cortando toda a extensão de seu tronco em diagonal. Imediatamente as luvas do 3° assento se despedaçam, e ele desaba ao chão, sem mais nenhuma reação. Apesar da aparente vitória, a Arashidori de Shnayder imediatamente retorna à forma Asauchi e ele precisa utilizá-la como apoio, ofegante e mal conseguindo se agüentar de pé.
Sparky: Ele... Ele conseguiu...
Kazuma: Mandou bem Shnayder...
Diz Kazuma, também se levantando sem precisar mais dos cuidados de Naomi.
Kai: Tsch... Esses caras são malucos.
Gravemente ferido no chão, Mizuno se esforça para poder encarar o adversário nos olhos.
Kento: Como... Como você fez isso...?
Shnayder: Naquela hora...
Shnayder se lembra de quando cortara o ombro de Kento, fazendo fagulhas saltarem.
Shnayder: Eu percebi que a sua zanpakutou era capaz de absorver completamente qualquer descarga que eu mandasse a você, ao contrário da minha. No entanto, se você não conseguir defender o ataque, o efeito ainda é o mesmo. A defesa da sua zanpakutou não funciona para todo o seu corpo.
Kento: Mas... Mas você já estava esgotado... Como pôde conseguir tanta força em um golpe.
Shnayder: Eu peguei a sua energia emprestada.
Kento: A... A minha...?
Shnayder: A minha Arashidori é capaz de canalizar a eletricidade para usar como ataque.
Kento: Entendo... Você recebeu o meu golpe de propósito, e usou o próprio corpo como condutor para desviar essa energia até a sua espada...
Shnayder: Isso mesmo, e eu a usei para atacar.
Kento: Foi uma tática muito arriscada... Se tivesse errado, não teria sobrevivido...
Shnayder: Eu sabia que ia conseguir.
A sua total confiança atrai a atenção do inimigo.
Shnayder: Você disse que a habilidade de luta de um shinigami é centrada na sua afinidade com a zanpakutou. A Arashidori... Salvou a minha vida quando estávamos perdidos naquele inferno que era o mundo dos onis. Ela é mais do que uma espada para mim, é uma extensão minha, é parte de mim. Assim como ela confia no meu julgamento quando eu bolo um plano maluco desses, eu confio nela e sei que não vai errar. Você estava enganado se achava que nós considerávamos nossas zanpakutous meros instrumentos de luta. Nós não somos diferentes de você nesse quesito.
Compreendendo o que havia acontecido e tudo o que havia culminado em sua derrota faz com que o shinigami oficial sorria.
Kento: Acho... Que você tem razão... Mas ainda falta algo em vocês. A sua espada... Mesmo que tenha confiança nela ainda não tem afinidade o suficiente, então não consegue extrair todo o poder dela. E eu aposto que esses caras são o mesmo... É por isso que, por mais que tentem, não vão conseguir escapar... Ainda estão longe de se igualar ao nível dos nossos vice-capitães...
Sparky: O Shnayder te venceu sozinho. Se lutarmos juntos podemos vencer um vice-capitão.
Kento: Você acha mesmo...?
Ele sorri.
Kento: A diferença entre nós os 3° assentos e os nossos vice-capitães é como a distância do céu à terra. Os vice-capitães são subordinados diretos dos capitães por terem desenvolvido as melhores habilidades de combate entre todo o esquadrão, e eles costumam acompanhar os seus capitães pessoalmente... Eu gostaria de ver o seu progresso, mas infelizmente, eventualmente será fim da linha para vocês... Principalmente se encontrarem aquela pessoa...
Kazuma: Aquela pessoa...?
Kento: O vice-capitão da 1ª Divisão... Ninguém nunca o viu perder uma luta. Ele é frio e calculista, e não desfruta das batalhas como eu ou o Akira. Ele irá usar todo seu poder logo de início pra acabar rapidamente com o inimigo... O Sereitei está completamente fechado, e todos os capitães e vice-capitães estão à procura de vocês agora, eventualmente irão se deparar com eles, é inevitável... Eu imagino... O que farão quando isso acontecer... Eles estão vindo...
Estas são as últimas palavras antes que ele desmaie.
Kai: Que cara mais chato...
Naomi imediatamente corre até ele e inicia um kidou de tratamento.
Kazuma: Naomi, o que você ta fazendo?
Naomi: Eu esqueci de te falar Kazuma-kun, mas eu pertenço à 4ª Divisão.
Kazuma: Mas não é disso que eu estou falando, nós temos de sair daqui rápido e encontrar o Kazuno!
Naomi: Se nós o deixarmos sem tratamento aqui ele vai morrer!
Kai: E daí? Ele é o nosso inimigo, por que deveríamos nos importar?
Naomi: Ele não é o nosso inimigo! Vocês esqueceram que são shinigamis também? Fariam a mesma coisa que ele se estivessem no lugar dele!
Sparky: Bom, eu sei disso, mas é que nós não temos tempo. Alguém vai aparecer pra ajudar ele. O problema é que nós não podemos estar aqui quando isso acontecer.
A garota não responde, simplesmente continua a tratar do ferido sem se importar com os comentários.
Sparky: Kazuma!
Kazuma observa Naomi por algum tempo, como se tentando tomar uma decisão, e depois dos momentos mais longos, finalmente responde.
Kazuma: Vamos esperar.
Sparky: O que?
Kazuma: Ela está certa. Afinal nós estamos tentando provar nossa inocência matando quem estiver no nosso caminho? Nenhum destes shinigamis merece morrer.
Kai: Vocês são patéticos.
Diz o companheiro, indo embora.
Sparky: Ikawa, aonde você vai?
Kai: Sair daqui. Eu não tenho tempo pra perder com idiotas como vocês.
Shnayder: Você ouviu ele... O Sereitei está fechado...
Kai: Como se eu me importasse. Eu vou encontrar uma saída daqui, e não preciso de vocês pra isso.
Sparky faz menção de ir até ele, mas Kazuma o impede.
Kazuma: Deixe... Não podemos fazer nada.
Ver um colega partir sozinho não era exatamente uma tarefa agradável a Sparky, mas ele julgou Kazuma correto, nada do que dissessem poderia impedi-lo.
Kazuma: Certo. Vamos ajudar o Shnayder.
Leva pouco tempo para que Naomi complete o tratamento de emergência, enxugando a testa cansada.
Naomi: Ótimo... Isso deve pelo menos parar o sangramento.
Kazuma: Tudo bem, precisamos sair daqui, e rápido.
Diz Kazuma enquanto dá apoio a um quase caído Shnayder.
Sparky: Certo, primeiro precisamos achar aquela saída.
Kazuma: Isso mesmo. Naomi!
Kazuma avisa, mas a garota não responde, estava de costas para eles.
Kazuma: Naomi?
Não há resposta, é como se ela simplesmente tivesse dormido ajoelhada em frente ao ferido. Kazuma olha para Sparky, que vai até a garota e coloca a mão em seu ombro.
Sparky: Naomi-san...?
Quando finalmente consegue ver o rosto da garota, nota que a sua expressão era de quem estava profundamente apavorada, e sua testa escorria em suor frio.
Naomi: Eu... Eu não consigo respirar...
De repente, como se fosse arrebatado pela mesma sensação Sparky também paralisa, sentindo grande dificuldade em ao menos ficar de pé. Não leva muito tempo para Kazuma também sentir os efeitos.
Sparky: O-O que é isso...
Ele olha para cima com dificuldade em permanecer respirando.
Sparky: Nem parece que é o céu em cima de mim... Parece que é um oceano... Um oceano profundo...
Kazuma: Essa reiatsu... Está nos esmagando vivos...
Naomi: Vem vindo alguém... É um capitão...
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Fev 27, 2011 11:45 pm | |
| Ainda um pouco zonzo e desorientado por causa da enorme pressão espiritual sobre suas cabeças, Sparky trata de ajudar Naomi a se levantar.
Sparky: Naomi-san... Anda... Nós precisamos sair daqui…
Shnayder também, mesmo amparado por Kazuma começava a sentir efeitos negativos em seu corpo e sentidos.
Shnayder: É... É muito pesado...
Assim como seus colegas shinigamis, o rapaz deveria se sentir mal, mas teria energia o suficiente para suportar não fosse a condição na qual se encontrava. Dada a última luta a qual foi necessária até a última gota de energia, Sparky finalmente não pôde mais resistir e apagou.
Kazuma: Shnayder...? Shnayder!? Droga... Kurosaki-kun, vamos sair daqui, rápido!
Kazuma tem de carregar Shnayder nas costas, o que se mostra uma tarefa relativamente difícil dadas as condições, e Sparky também rapidamente auxilia Naomi, e conseguem utilizar um único shunpo para desaparecer de cena. Leva apenas alguns segundos após o desaparecimento do grupo até uma forma se projetar velozmente em cena. Apenas pela visão das pernas, era possível notar se tratar de um shinigami, porém, o haori branco com as marcações únicas nas costas o tornava inconfundível. Em pé no local onde Kazuma e os outros estiveram há apenas alguns instantes, estavam uma pessoa jovem, de cabelos escuros com um certo tom azul metálico, o que acompanhando seus belos olhos verdes o tornavam uma figura atraente aos padrões femininos. O capitão da 5ª Divisão, Chou Taiki, acabava de chegar ao local, e com ele um grupo de shinigamis de seu esquadrão sob suas ordens. O capitão olha ao redor, analisando a cena e os vestígios de combate à procura de qualquer coisa que se mova.
Chou: Estranho... Tinha certeza de que vinha daqui... Mas pela aparência do lugar eu não me enganei...
Shinigami: Taichou!
Uma voz feminina o chama às suas costas, uma voz que já lhe era muito familiar, pois pertencia à sua subordinada e vice-capitã Sayuri Miki, uma garota muito bonita de cabelos vermelhos, mas que deixava a desejar quanto a atributos físicos. Sempre prestativa e preocupada, a garota tratava de checar o inconsciente Mizuno.
Sayuri: É o Mizuno-kun!
Sem perder tempo ao perceber que se tratava de um de seus subordinados no chão, o capitão rapidamente vai até ele.
Chou: Mizuno-kun! Oy, Mizuno-kun!
Sayuri: Parece que está inconsciente senhor. Eu estranhei ele não ter reportado, ele saiu e disse que ia com o Akirabane-san cuidar da movimentação nos portões.
Chou: Droga... Se tivéssemos chegado um instante mais cedo...
Sayuri: Parece que fizeram tratamentos de primeiros-socorros nele.
Chou: Sim, é verdade.
Sayuri: Acha que alguém da 4ª Divisão já passou por aqui?
Chou: Acho difícil. Até porque, se tivessem passado acho que não o deixariam aqui após realizar um tratamento simples.
Sayuri: É verdade. Apesar disso o estado dele ainda é grave senhor, não podemos largá-lo aqui.
Neste momento, outra figura chega ao local, um companheiro de mesma classe acabava de se juntar ao grupo. Com uma aparência mais velha e experiente que os demais, o capitão Garu Hanyou da 8ª Divisão era uma presença tranqüilizadora.
Chou: Garu-san...?
Garu: Yo, Taiki-kun.
Chou: O que você está fazendo aqui?
Garu: Provavelmente o mesmo que você. Eu vi sinais de luta, então vim o mais rápido que pude.
Chou: É verdade. E parece que realmente aconteceu alguma coisa aqui, mas nós perdemos.
Sayuri: Taichou!
Informa a subordinada, chamando a atenção do capitão de volta ao enfermo no chão.
Chou: Garu, nós temos um homem ferido aqui, então irá me desculpar se terminarmos a conversa aqui.
Garu: Sem dúvida.
Chou dá mais uma olhada pela cena e descobre um caminho de destroços próximo, o qual Akirabane havia aberto após arrastar Kazuno pelo lugar.
Chou: Miki-chan, vá com o esquadrão e siga aquela trilha de destroços para ver se encontra alguma coisa. Talvez haja algo de interesse no final desse caminho.
Sayuri: Taichou, e o senhor?
Ela pergunta, mas a resposta se torna um pouco óbvia vez que no meio da sentença, Chou se coloca a levantar Kento e carregá-lo nas costas.
Chou: Eu vou levar o Mizuno para o quartel general da 4ª Divisão. A Izawa-san sem dúvida vai cuidar dele.
Garu: Alguma coisa que eu possa fazer?
Chou o encara, um pouco desgostoso.
Garu: Afinal de contas, um dos seus é quem foi ferido nessa confusão...
A razão da expressão pouco amigável de Taiki era porque ele sabia que os responsáveis haviam sido shinigamis da divisão do outro capitão, e isso não o deixava nada feliz.
Chou: Apenas continue procurando como todo mundo. Miki-chan, conto com você.
Sayuri: Hai!
Diz ela batendo continência.
Sayuri: Ah... Taichou... Acha mesmo que vai ficar bem?
Chou: Hã...? Claro, por que?
Sayuri: É porque você está carregando uma pessoa ferida, e...
O capitão mostra um simpático sorriso a ela por conta da preocupação.
Chou: Ora, Miki-chan, está tão preocupada assim? Não se preocupe, eu sou um taichou, taichou...
Com estas palavras reafirmadoras, ele dá o primeiro passo, porém, acaba tropeçando em um dos destroços que jaziam pelo local, imediatamente perdendo o equilíbrio indo com a cara de encontro ao chão, felizmente a queda de Mizuno havia sido amortecida pelas costas de seu próprio capitão. Irritada, Sauri amarra a cara e levanta o capitão pela orelha.
Sayuri: Não era com você que eu estava preocupada, era com o Mizuno! Você está carregando uma pessoa ferida, tenha mais cuidado!
Chou: Ah... Desculpe...
Diz o capitão com um sorriso embaraçado e o rosto vermelho do impacto contra o solo.
Chou: Bom, eu vou indo.
Desta vez a sua saída não apresenta mais delongas e ele desaparece com um shunpo extremamente rápido.
Sayuri: Ufff...
Garu: Um pouco desengonçado, o Taiki-chan, não é mesmo?
Sayuri: É... Mas ele é assim mesmo... Eu sei que vai levar o Mizuno-kun com segurança até a Izawa taichou.
Terminada essa frase, Sayuri também olha para Garu com um pouco de raiva pela mesma razão que havia causado desconforto ao seu capitão. No entanto, proibida de mostrar desrespeito aos oficiais superiores, ela trata de simplesmente bater continência a ele também.
Sayuri: Com a sua licença.
E sem trocar mais uma palavra, ela sai correndo em direção à trilha de escombros deixada por Akira. Uma vez que seu batalhão todo se retira, Yuuka finalmente se vê livre para comentar suas impressões com o capitão.
Yuuka: Quanta falta de respeito.
Garu: Não, eu os entendo...
Yuuka: E então, o que acha que aconteceu aqui?
Garu: Aparentemente uma luta.
Yuuka: Ah, eu sei disso!
Responde Yuuka irritado, afinal era plenamente capaz de constatar o óbvio.
Yuuka: O que estou querendo dizer é que a pessoa caída no chão era Kento Mizuno, o 3° assento da 5° Divisão, e aparentemente o 3° assento da 7ª Divisão também estava com ele. Aqueles shinigamis não podem ter derrotado eles sozinhos. Acha que receberam ajuda?
Garu: Provavelmente. Isso também explicaria como fugiram da cela. Porém, alguns destes estragos parecem ter sido feitos pela Raikou do Mizuno, mas outras marcas são bem características.
Ele diz enquanto recupera um pedaço de uma lajota destruída no chão.
Garu: Está vendo?
Hikawa dá uma boa olhada no dejeto, realizando o que era de tão curioso acerca daquilo.
Yuuka: Está queimado. Mas a queimadura tem um contorno levemente azul...
Garu: É a espada do Ikawa-kun. Ela tem este efeito peculiar no material do Sereitei por ser composto basicamente de partículas espirituais. Independente se tiveram ou não ajuda, foram eles quem lutaram.
Yuuka: Acha que atacaram o Mizuno ao mesmo tempo?
Garu: Este é o mais estranho... Depois de muito tempo em campos de batalha você consegue formar uma imagem mental de como foi a luta apenas observando o local onde ela ocorreu. Se tivessem derrotado Mizuno-kun atacando ao mesmo tempo, haveria mais cortes em seu corpo, causados por diferentes tipos de arma. Mas o Mizuno não estava muito ferido, a não ser pelo único corte em seu peito que era muito grave, e provavelmente deve ter sido o que o derrubou. Fora isso, as poucas feridas que tinha pareciam ter sido causadas pela mesma arma...
Yuuka: O que está dizendo taichou? Que o Mizuno-san foi derrotado por apenas uma pessoa? Isso é impossível, ele é o 3° assento de sua divisão. Aqueles shinigamis não têm esse nível de poder.
Garu: É realmente estranho...
O capitão dá mais uma olhada em volta, intrigado com o ocorrido.
Garu: Quanto será que aqueles garotos evoluíram...?
Akira ainda estava caído no chão do local que lhe havia servido como campo de batalha, ao contrário de Mizuno, seu estado não era grave a ponto de matá-lo, mas sem dúvida o impediria de se mexer por um bom tempo, e deixaria uma marca feia caso não fosse atendido em breve. No entanto, prostrado próximo a ele havia outra figura, também trajando o haori branco compatível com sua classe, assim como seus colegas o faziam, a diferença é que este estava sozinho, e era mortalmente silencioso.
Akira: C-Capitão da 9ª Divisão... Ryuuto Kurokin
O capitão da 9ª Divisão de shinigamis do Sereitei utilizava uma espécie de capacete branco com o formato de seu próprio crânio, mas sem qualquer tipo de viseira, apenas alguns buracos na região da boca por onde, de sua pose impassível com os braços cruzados a observar o ferido no chão, saía uma fumaça, seguida de um som macabro a ecoar do interior da máscara como uma espécie de respiração não humana...
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Sáb Mar 05, 2011 7:49 pm | |
| A capitã Maya Shizune aguardava de braços cruzados frente ao seu quartel general a comunicação de suas tropas. A espera não é longa, um grupo deles volta correndo em sua direção, apesar da aparente falta de sucesso.
Shinigami: Capitã! Não localizamos os fugitivos nas zonas 3 e 7. Dividimos o esquadrão para cobrir as áreas 13, 14 e 5.
Maya: Entendido. Tomem turnos e revezem as vigias. Eu e os demais capitães estaremos fazendo buscas no Sereitei. Se não puder conter os fugitivos ou se encontrarem em situação arriscada comuniquem sua posição imediatamente utilizando as borboletas do inferno.
Shinigami: Hai!
O shinigami prontamente bate continência e abandona a capitã, voltando ao trabalho junto com o resto de sua equipe.
Sayuki: Taichou!
A vice-capitã da 13ª Divisão, Sayuki Kodo vem correndo com ar ofegante em direção a sua capitã. Era considerada uma das shinigamis mais bonitas do Sereitei, e seus atributos físicos não deixavam por desejar, mas nada disso importava para sua capitã linha-dura, que sempre a tratou como a qualquer outro shinigami. Porém, as condições na qual ela se encontrava não deixaram de chamar a atenção.
Maya: Kodo? Alguma coisa errada?
Sayuki: Taichou, é terrível! Eu acabei de receber os últimos relatórios da 4ª Divisão. Aparentemente o 3° assento da 7ª Divisão Akirabane Akira, e 3° assento da 5ª Divisão Mizuno Kento-san foram derrotados e gravemente feridos em batalha.
Maya: Como?
Sayuki: Aparentemente o Akirabane-san foi resgatado pelo capitão da 9ª Divisão Ryuuto Kurokin-sama, e Mizuno-san foi encontrado pelo capitão de sua divisão e socorrido a tempo.
Maya: Dois capitães no local e essa crise ainda não foi resolvida...
Sayuki: Relatórios da 4ª Divisão indicam que nenhum dos dois foram derrubados por múltiplos oponentes.
Maya: Entendo... Agora está mais claro por que esta situação é tão grave. Se estes shinigamis possuem o mesmo nível que um 3° assento eles precisam ser neutralizados rapidamente. Kodo, avise os mensageiros, diga para despacharem borboletas do inferno aos esquadrões. Diga para redobrarem o cuidado e não engajarem com o inimigo sozinhos.
Sayuki: Hai!
Maya: Depois venha comigo. Eu estou indo até os portões.
Sayuki: Entendido!
Com um veloz shunpo, Sayuki desaparece para ir cumprir as ordens da capitã, que olha para cima, observando o céu incólume do Sereitei.
Maya: O que será que está acontecendo...?
Enquanto isso, em outro quartel general, nos jardins de um aposento que parecia uma mansão tradicional japonesa de luxo, um shinigami aparece velozmente frente à bancada, ficando a par das claras risadas femininas que ecoavam pela instalação.
Shinigami: Taichou! Estamos aguardando as suas ordens!
No entanto, as risadas continuam, sem que a pessoa aparentemente dê qualquer atenção à figura parada em sua frente.
Shinigami: Taichou!
Moça: Ahn...? O que é?
Shinigami: Os esquadrões estão prontos. Estamos aguardando suas ordens.
Moça: Ah... Eu não sei. Façam o que quiserem.
Shinigami: Mas... Como é? Taichou!
Moça: O que foi agora?
Shinigami: O Sereitei está em estado de emergência! Não podemos permanecer parados sem fazer nada?
Moça: E daí? Foi por isso que disse para fazerem o que quiserem.
Shinigami: Mas... Isso é impossível taichou. Novas ordens acabaram de chegar e não podemos ser despachados sem ordens dos capitães ou vice-capitães.
Moça: Ah, é mesmo é...?
Shinigami: Não senhora, me perdoe, mas são ordens diretas da 1ª Divisão.
Moça: Bom... Já que não tem jeito...
A pessoa em sua frente finalmente esboça reação. A capitã da 3ª Divisão, Katsumi Sena, era uma moça jovem muito bonita, de longos cabelos prateados e olhos felinos de cor creme perolados. Ao se sentar sobre o seu confortável puff, pelo objeto em sua mão percebe-se que até então ela estivera lendo uma revista mangá, aparentemente desligada dos problemas atuais do Sereitei. Apesar disso, o seu rosto e o seu sorriso mostravam unicamente a expressão de uma pessoa que tinha certeza de que iria resolver o problema em pouco tempo.
Katsumi: Achei que esta situação seria resolvida em menos tempo. Bom... Acho que é hora de nos movermos...
Enquanto isso, em outro ponto do Sereitei...
Shinigami: Parado...! Argh!!!
Um pequeno pelotão havia topado de frente com Kai, porém, após suas batalhas no mundo dos Onis e na Terra, Kai havia conseguido um nível surpreendente, e não se mostrava mais no nível de shinigamis inferiores.
Kai: Hm... Eu nem ao menos preciso liberar minha zanpakutou pra derrotar vocês.
Ele continua andando tranquilamente. Embora não possuísse nenhum plano sólido, naquele ritmo sairia rapidamente antes que qualquer pessoa percebesse.
Kai: Tenho certeza que eu conheço estes corredores. Eu não devo estar muito longe de um dos portões.
Apesar da tranqüilidade com que trilhava o seu caminho, a atual situação não agradava em nada o shinigami.
Kai: Isso tudo é culpa do Kazuma. Se aquele idiota não tivesse nos metido nessa confusão, nós não precisaríamos fugir... De qualquer jeito, agora que eu estou neste barco, também preciso provar minha inocência tanto quanto aqueles idiotas...
Mesmo que se esforçasse em reafirmar para si mesmo que não ligava, Kai não pode evitar de olhar para trás.
Kai: Será que já foram capturados a essa hora...?
Resolvendo colocar as formigas de lado, Ikawa se foca na única coisa que lhe interessava no momento. Devia sair dali, e devia sair depressa.
Kai: Como se eu ligasse... O único que pode fugir deste local realmente sou eu. Depois que provar que eu não tenho culpa de nada eu posso tentar fazer alguma coisa por aqueles infelizes...
Sabendo que deveria se apressar antes que as muralhas externas do Sereitei fossem completamente cercadas, Kai se coloca a correr. Se a memória não falhasse, alcançaria rapidamente o portão partindo para Rokungai. De repente, até mesmo seu sangue quente parece congelar. A pressão espiritual que o havia arrebatado impedira seus movimentos e congelara suas pernas. Incapaz de dar um passo mais sequer, tudo que Ikawa podia fazer era procurar pelo dono daquela poderosa reiatsu “Essa sensação... Não é um shinigami comum... Quem é?”. Os passos pelas lajotas do Sereitei se fizeram ouvir e puseram um fim à curiosidade do fugitivo da 8ª Divisão, substituindo-a pelo choque e medo. A figura que se aproximava era imponente como sua gélida reiatsu, e seu shihakusho padrão de shinigami possuía algumas distinções. A primeira era algo semelhante aos haoris que os capitães utilizavam para se identificarem como tais, porém, este era um pouco mais humilde, o que não o tornava menos impressionante e assustador. O segundo era a braçadeira amarrada ao antebraço esquerdo, portadora do brasão, e do único traço horizontal que era o símbolo de seu esquadrão. O vice-capitão da 1ª Divisão Sakai Yoshida caminhou tranquilamente em direção ao seu alvo, com o mesmo ar que todos os shinigamis que já o haviam visto conheciam. A sua expressão fria e sem emoção enquanto emanava reiatsu tão poderosa faziam um arrepio subir pela espinha de Kai, e o suor frio involuntário escorrer pelo seu rosto, mesmo sabendo que era humilhante.
Kai: Então... É você...
Kai o conhecia. Na captura de Kaji Sazuno ele havia realizado um papel surpreendente na finalização da batalha. Aquele era o líder dos vice-capitães...
Kai: Vice-capitão da 1ª Divisão de defesa do Sereitei Gotei... Yoshida Sakai...
Sem parecer no mínimo impressionado com o adversário, que não correra de medo como muitos já o haviam feito frente a sua imagem, Yoshida continua a se dirigir até o rapaz a passos lentos.
Yoshida: Fugitivo localizado... Shinigami da 8ª Divisão, e fugitivo atualmente procurado pelo Sereitei, se valoriza sua vida, irá se render neste instante, ou eu terei de abatê-lo...
São suas palavras quando ele finalmente pára em frente ao seu alvo.
Kai: Ha, não me faça rir.
Apesar das palavras ousadas, Kai ainda suava frio.
Kai: E o nome, pra sua informação, é Kai... Ikawa Kai.
Yoshida: O seu nome pouco me importa. Responda, irá se entregar, ou eu terei de derrubá-lo aqui mesmo?
Kai: Acha que isso vai ser tão fácil assim? Eu sei qual é o poder da sua zanpakutou.
Diz Kai, se lembrando de como Yoshida havia feito na terra para capturar Kaji.
Kai: Além disso, eu enfrentei muitas batalhas enquanto estive fora do Sereitei, e derrotei um 3° assento. Eu não sou só mais um shinigami sem poder.
Yoshida: Isso não me importa nem um pouco. Apesar do que você diz, o seu nível ainda está longe de se igualar ao meu.
Kai serra os dentes, furioso.
Kai: Mire e mate! Kikyou!
Imediatamente tomando a forma semelhante a um cutelo, a espada de Kai se envolve em suas chamas prateadas e ele parte para o ataque. No entanto, antes mesmo que o golpe possa ser desferido, Yoshida aparece às suas costas, sem nem ao menos se dando ao trabalho de encarar o oponente.
Yoshida: Também não me importo que você conheça a habilidade da minha zanpakutou...
Imediatamente um corte enorme surge no peito de Kai e espirra grande quantidade de sangue.
Yoshida: Porque para alguém com a sua classe de poder... Eu nem ao menos preciso liberar a minha espada...
As mãos de Kai tremiam, sua força se esvaía. O que isso significava? Por que havia passado por tudo e sobrevivido até então? Seria esse o seu limite? Perto de um vice-capitão, a sua escala de poder ainda não havia mudado em nada, e isso era frustrante para um guerreiro como Kai. Derrotado em um único golpe... Agora finalmente entendia a diferença de poder que existia entre ele e estas pessoas que compõem a elite do Sereitei. Sua visão começa a falhar, e ele vai ao chão como um saco de batatas. Incapaz de se mover mas ainda conseguindo enxergar, ele vê os pés do vice-capitão se aproximarem com calma e suavidade.
Yoshida: Para um ser que rasteja pelo chão como você, é impossível tentar criar asas para voar...
E com esta última frase cuspida ao seu rosto, Kai finalmente apaga...
Última edição por Kisuke Itarashi em Sáb maio 07, 2011 5:30 am, editado 1 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Mar 06, 2011 12:39 am | |
| Dada a exaustão, Sparky, Naomi e Kazuma, que carregava Shnayder nas costas, resolveram não utilizar shunpo, e ao invés disso correram boa parte do sereitei tentando se distanciar da área de risco onde haviam capitães agora presentes. Arfando com o exercício, eles finalmente param para descansar um pouco.
Sparky: Ufa... Essa foi por pouco...
Kazuma: Não brinca...
Shnayder solta um gemido incomodado, ainda apagado por conta da pressão espiritual há pouco.
Kazuma: Yosake-san apagou completamente.
Naomi: Não é de surpreender, com uma pressão espiritual daquelas, nas condições em que ele estava ninguém iria agüentar.
Sparky: Quem era aquele lá afinal?
Naomi: Como assim? Capitão da 5ª Divisão, Taiki Chou, pelo visto.
Sparky: Capitão?
Kazuma: É verdade. Naomi-chan, Sparky-san é substituto de shinigami, então ele não sabe bem como funcionam as coisas por aqui.
Sparky: Como assim? E alguém quer me explicar logo quem era aquele monstro de reiatsu apavorante?
Kazuma: Era um capitão.
Sparky: Ta, isso vocês já falaram, mas o que é um capitão exatamente?
Naomi: O Sereitei Gotei é, em resumo, aquilo que nós, quando humanos, costumávamos chamar de “Unidade de Defesa”. É basicamente um enorme quartel general no centro da Soul Society, onde se concentram 13 esquadrões de shinigamis.
Sparky: Espera aí... 13 esquadrões!? Quantos shinigamis existem aqui afinal de contas?
Naomi: Milhares, talvez mais. De qualquer jeito, como em qualquer sistema militar, também existem hierarquias neste sistema. A pessoa progride como um soldado raso no seu esquadrão, e assentos em postos mais altos são reservados a shinigamis especialmente poderosos. A pessoa que Shnayder-san acabou de derrotar era o 3° assento da 5ª Divisão, Mizuno Kento-kun, significa que ele era a 3ª pessoa mais forte dessa divisão.
Sparky: O 3° mais forte? Nada mal Yosake-kun. Mandou bem.
Naomi: Isso não significa nada!
Ela corta Sparky, subitamente.
Naomi: Acima do 3° assento estão os vice-capitães. A força deles não se compara à de seus subordinados. A diferença de poder entre um nível e outro é realmente assustador. E acima dos vice-capitães, estão os capitães. Eles são os líderes do Gotei 13, são figuras importantes que tem o comando de um esquadrão inteiro por serem os shinigamis mais fortes em todo Sereitei. E o mais apavorante... É que eles são os únicos que despertaram Bankai.
Sparky: Ban... Kai...?
Naomi: A forma da sua espada quando vocês lutam. Ao descobrir o nome da espada o shinigami pode invocar sua verdadeira natureza e utilizar sua força em batalha. Esta é a primeira liberação, que nós chamamos de Shikai. Porém, os capitães, por serem shinigamis excepcionais, conseguem chamar os espíritos das zanpakutous a este mundo, e liberar seu verdadeiro e monstruoso poder. A essa transformação suprema nós damos o nome de Bankai... O poder de um Bankai é de proporções inimagináveis, e podem arrasar com tudo em volta num piscar de olhos, por isso os capitães normalmente são proibidos de liberá-los, mas aparentemente as restrições acerca dessa liberação foram levantadas. Se um dos capitães liberar seu Bankai... Provavelmente será a última coisa que iremos ver nesse mundo...
Sparky: Então... Por que a gente não desperta esse tal Bankai pra darmos o fora daqui também?
Kazuma: Não é assim tão fácil. Conseguir Bankai requer muito tempo de esforço e prática, e nunca é garantido que um shinigami, em toda sua vida, seja capaz de despertá-lo. O primeiro passo para isso é materialização do espírito, e só essa etapa requer milhares de anos de treinamento.
Sparky: Caramba...
Naomi: Isso não importa, nós não estamos aqui para enfrentar os capitães, seria suicídio. Então vamos sair daqui o mais rápido possível antes que nos encontrem.
Kazuma: Espera aí, o meu irmão continua perdido por aí, e nós temos que encontrá-lo antes.
Sparky: Além disso, o Ikawa provavelmente não vai durar muito tempo sozinho também.
Naomi: Tudo bem...
Naomi torna a tirar o mapa e pesquisá-lo com cuidado.
Naomi: O Akirabane-san levou o Kazuno mais ou menos até este ponto. Já teríamos ouvido alguma coisa a esta altura caso ele tivesse sido capturado. Supondo que tenha de se recuperar da batalha, ele ainda deve estar pela região.
Sparky: Então tudo que precisamos fazer é ir naquela direção e procurar por ele.
Naomi: Mas se realmente fizermos isso temos de nos mover com muita cautela, os capitães ainda devem estar rodando o lugar depois que o Yosake-kun derrotou o Mizuno-kun. Além de tudo, há patrulhas shinigamis por todo lado aqui, então temos de evitar contato com elas para chamar o mínimo de atenção possível.
Kazuma: Então a gente ta perdendo tempo aqui. Vamos indo.
Sparky: Kazuma-san, você já está carregando o Yosake-san há um bom tempo, pode deixar que eu ajudo.
Kazuma: Ah, obrigado...
E agradecidamente, Kazuma entrega o inconsciente Shnayder às costas e cuidados do colega.
Naomi: Vamos!
Em outra parte do Sereitei, Kazuno, incapaz de correr, mancava em passos mais apressados possíveis, gravemente debilitado pela sua última luta.
Kazuno: Droga... Aquele brutamontes deve ter quebrado todas as minhas costelas...
Ele pára um instante para recuperar o fôlego contra uma das paredes próximas.
Kazuno: Droga... Eu preciso parar... Não posso continuar nesse ritmo...
Shinigami: Lá está ele!
O jovem Garoa ouve gritar ao longe, e rapidamente percebe um destacamento de shinigamis furiosos correndo em sua direção.
Shinigami: Peguem!
Kazuno: Ah não...
Sentindo muita dor, ele imediatamente se coloca a correr. Cada passada era uma facada contra o peito, mas era a única forma de continuar vivo. Kazuno correu o máximo que pôde com seus ferimentos, mas isso não era o suficiente.
Shinigami: Parado!
Ao cruzar uma esquina, ele finalmente se rende à dor, se sentindo compelido a se recostar contra a parede mais próxima e recuperar seu fôlego. Ao fazer isso, porém, acaba acertando uma espécie de lajota falsa, e isso ativa uma armadilha logo abaixo de seus pés que o engole e se fecha tão rápido quanto havia surgido. O grupo de shinigamis em seu encalço, sem nem ao menos perceber que algo havia acontecido, vira a esquina fervorosamente e continua a perseguição a um alvo que havia acabado de desaparecer. Porém, a salvação de Kazuno veio a um preço, a queda havia sido alta, e sua cabeça foi de encontro ao chão, apagando as luzes e jogando-o direto aos braços do sono...
Um grupo de shinigamis sob ordens do Sereitei se agrupava em frente a um dos portões do Gotei. Um batalhão inteiro a se movimentar com eficiência e intensidade de um formigueiro.
Shinigami: Vamos, depressa! Este é um dos portões que possui porteiro, portanto os capitães foram checar as outras saídas! Ainda sim, se quiserem sair do Sereitei terão de passar por alguma dessas saídas.
Neste instante, outro shinigami aparece para conversar com o encarregado da cena.
Shinigami(2): Vocês quem estão cuidando deste portão? Temos ordens para passar.
Shinigami: Quem são vocês?
Shinigami(2): 2ª Divisão. Estamos sob ordens especiais do Comandante General.
E ele retira um pedaço de papel de dentro do uniforme, que apresentava uma provável aprovação, a fim de confirmar o que dizia.
Shinigami: Batalhões para o lado externo? Qual é o propósito disso?
Shinigami(2): A natureza da nossa missão é confidencial, mas ainda temos nossas ordens. Agora, pode nos deixar passar?
Shinigami: Ah, claro. Chamem o Gorudo!
Ele olha para os shinigamis mais próximos ao gigantesco portão do Sereitei, que pareciam surpresos com algo.
Shinigami: Qual é o problema? Eu disse pra chamarem o Gorudo!
Shinigami(3): Senhor! Ele não está respondendo!
Shinigami: Como assim? Ele estava na posição dele há pouco tempo!
Shinigami(3): Sim, mas ele não está mais respondendo!
Shinigami: O que será que aquela bola de sebo está fazendo...?
Kazuma e os outros corriam, cada segundo a mais era um segundo que Kazuno passava em perigo, e como o bom irmão mais velho, Kazuma, não podia permitir tal coisa.
Naomi: Acha que o Kazuno-kun está bem?
Kazuma: Não se preocupa, aquele lá é chato demais pra morrer.
Naomi: Desculpa... Se eu tivesse tido mais cuidado.
Kazuma: Não fala assim, não foi culpa sua, é que eu e meu irmão sempre tivemos uma grande aptidão pra entrar em encrenca.
Naomi: A-Ah... É mesmo?
Kazuma: Pode acreditar. Uma vez quando nós éramos pequenos...
Kazuma interrompe a conversa neste instante, sua expressão mudando num único segundo. Aparentemente os outros haviam captado a mesma sensação, e pararam de correr. Apesar de ser um pouco mais suportável, a sensação era semelhante à de quando estiveram na presença do capitão Chou Taiki. Aquela enorme pressão espiritual retornara e os cercava, impedindo-os de se mover livremente. Era algo realmente arrebatador, que podia apenas ser entendido pela sensação.
Sparky: Essa sensação de novo... Parece que tem alguma coisa bloqueando o céu...
Garota: Achei vocês...
A voz feminina de uma jovem de repente ressoa por suas costas, e ao se virarem para conferir quem era, todos os olhos ainda abertos se arregalam de terror. Havia um pequeno batalhão de shinigamis já à espera para sua captura, porém, a pessoa em frente a este batalhão era o fator mais assustador em tudo isso. Seus cabelos verdes curtinhos, expressão infantil e corpo ainda não formado eram apenas detalhes que compunham a visão completa da vice-capitã da 11ª Divisão, Juni Yomura. Como sempre havia feito, mesmo em situações de crise como esta, seu sorriso infantil e simpático não desaparece de seu rosto por um instante, o que vindo de uma pessoa com reiatsu tão fulminante acabava por se tornar algo assustador...
Juni: Finalmente encontramos vocês, já estava começando a perder a graça. Agora... Podem fazer um favorzinho para nós... E por favor, morrerem?
Ela fala com a maior tranqüilidade por trás de seu sorriso...
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Mar 06, 2011 7:49 pm | |
| O pequeno esquadrão atrás de Juni tinha a capacidade de não ser tão aterrorizante quanto a vice-capitã em pessoa. Familiarizada com a sua natureza, Naomi especialmente sabia por que deveria ter medo.
Naomi: Vice... Vice-capitã da 11ª Divisão, Yomura Juni...
Juni: O que foi? Não vão tentar nem correr?
Ela pergunta, ainda por trás do sorriso ingênuo, enquanto se aproxima lentamente.
Juni: O Kaka-chan Disse que não queria ajuda pra procurar, e me largou com estas pessoas aqui pra fazer uma busca sozinha.
Shinigami: Fukutaichou... Por favor, se lembre dos nossos nomes.
Juni sorri divertidamente para o shinigami que havia apresentado a reclamação.
Juni: Desculpe, foi minha culpa. Agora vamos ver... Um... Dois... Três...
Ela começa a dizer, contando os shinigamis em sua frente.
Juni: E quatro... Sendo que um está inconsciente. Bom... Isso não vai ter muita graça...
Sparky: Aquela garota age como uma criança, mas a reiatsu dela é impressionante.
Naomi: A vice-capitã Juni-sama tem a fama de ser uma pessoa muito simpática e divertida. Porém, essa mesma atitude em campo de batalha a torna muito assustadora para o inimigo.
Juni: Bom... Eu não gosto de entrar em lutas sem graça, então seria divertido se vocês resistissem um pouquinho. Mas não resistam muito, seria uma pena se eu tivesse que arrastar os corpos de vocês todo o caminho até a 4ª Divisão...
Ela diz sem desmanchar seu sorriso.
Sparky: Essa garota tem sérios problemas.
Juni: Bom... Eu vou fazer o meu melhor pra que ao menos continuem com todos os seus membros no corpo.
E com a mesma tranqüilidade, Juni arremessa a zanpakutou, que sai girando, para o alto, ação a qual surpreende os fugitivos.
Kazuma: Ela jogou a espada!
Juni: Reduza a pedaços... Retsufu (Vento dilacerador).
Ao cair, o que retorna à mão da vice-capitã não era nem de perto semelhante à sua Asauchi. Juni segura tranquilamente o cabo de um machado grotescamente gigante que mal cabia no estreito corredor do Sereitei, e tão pesado que ao ser amparado por sua mestra, fazem com que seus pés quebrem as lajotas e afundem no chão. Além da poderosa lâmina que alcançava facilmente o tamanho de uma pessoa, era possível ver algo semelhante a uma fuuma shuriken acoplada à ponta do cabo, e uma lâmina adicional em forma de ferrão que saía da ponta inferior. Apesar de tal aparência e peso, Juni segura a arma com a mesma leveza com a qual esivera segurando a Asauchi.
Juni: Vocês estão prontos?
Lutando contra a força que congelara os seus pés ao chão, os shinigamis se preparam, ao menos para fugir.
Juni: Lá vou eu!
Quebrando as lajotas, Juni se utiliza de um impulso para saltar e ganhar boa altura.
Sparky: Lá vem ela!
Juni: Alce vôo Retsufu!
Balançando o enorme machado, ela arremessa a fuuma shuriken, que se projeta na direção dos shinigamis gerando um turbilhão com seu giro.
Kazuma: Cuidado!
A enorme shuriken desce velozmente, nem ao menos precisando tocar as paredes para arrasar tudo que se encontra em seu caminho. Kazuma pula para um lado, os outros shinigamis saltam para o outro lado, e mesmo evitando um ataque direto, são pegos pela turbulência e torrente de destroços que acompanhavam o movimento da arma.
Naomi: Kazuma-kun!
Deixando nada além de destroços para trás e uma trilha de poeira, a shuriken torna a ganhar altura e retorna direto para a mestra. Com incrível destreza, Juni segura a arma de volta em seu acoplamento original do machado, com um impacto metálico barulhento e poderoso. Com a mesma calma que havia iniciado a luta, Juni torna a sorrir.
Juni: Pronto... Com essa força de ataque eles provavelmente sobreviveram...
Shinigami: F-Fukutaichou!
Juni: Hm? O que foi?
Ela percebe que todos eles olhavam pasmos para a pilha de entulhos que se estendia por uma certa distância à sua frente, na qual não havia sequer sombra de qualquer outro shinigami. Encabulada, Juni, ainda sorrindo, mostra a língua e acerta a cabeça com o punho.
Juni: Eu fiz besteira... Ataquei com força demais...
Ela olha de esguelha para os soldados atrás de si, e de repente some de vista com um shunpo, reaparecendo sobre um dos telhados.
Juni: Eu vou deixar o resto com vocês! Encontrem eles, ou o que sobrar deles, sem causar mais estrago, e voltem com o relatório de danos, certo?
Ela diz acenando alegremente.
Juni: Eu conto com vocês!
São suas últimas palavras antes de desaparecer novamente, fugindo da cena como uma criança que acabara de quebrar o vaso dos pais.
Shinigami: F-Fukutaichou! Não nos abandone!
O shinigami implora com largos caminhos de lágrimas escorrendo de seus olhos pelo seu rosto. De repente, um barulho chama sua atenção, um dos entulhos aparentemente criar vida e começara a se mover sozinho. Depois de alguns instantes, ele é empurrado, e Kazuma surge por debaixo dos escombros, tossindo com a poeira.
Kazuma: Ah... Essa foi por pouco... Hm?
Ele olha para frente, encontrando o pequeno esquadrão da 11ª Divisão. Leva alguns instantes engraçados nos quais Kazuma encara os shinigamis, que estavam tão surpresos quanto zangados.
Kazuma: Ah...
Shinigami: Ele ainda está vivo! Peguem ele!
Kazuma: UWAAAAAAAAAAAAHHHHH!!!
Kazuma grita e bate em disparada, com o batalhão logo em seu encalço. Tendo deixado o local completamente deserto com nada além de destroços, de repente, outro dos entulhos começa a se mover, até ser forçado para fora por Naomi.
Naomi: Ufa... Essa foi por pouco... Eu tinha certeza que nós tínhamos morrido.
Próximos a ela, estavam o ainda inconsciente Shnayder, e agora também apagado, Sparky.
Naomi: O que é que foi aquilo?
Naomi se lembra dos poucos instantes nos quais haviam sido arrebatados pelo turbilhão causado pelo golpe da vice-capitã, no qual a cena mais memorável era o de um destroço particularmente grande voando em sua direção, mas de repente o corpo de Sparky emitira um misterioso brilho claro, e numa fração de segundos a pedra fora fatiada, e com um único impulso de reiatsu despedaçada em inúmeros fragmentos menores.
Naomi: Aquilo foi muito rápido, eu nem consegui ver os golpes, mas definitivamente o Sparky-san foi a fonte. Quem são essas pessoas?
Ela se indaga, já tendo ajudado Shnayder, mas quando vai amparar Sparky, algo cai de cima de seu uniforme shinigami direto para os destroços. Era um objeto fragmentado branco, e apesar de estar destruído, era notável se tratar de um pedaço de máscara branca.
Naomi: O que é isso...?
A garota se pergunta, intrigada com o objeto em sua mão... Kazuno abre os olhos, sua cabeça doía de uma forma incrivelmente incômoda, e a desorientação lhe custa alguns segundos para que possa recobrar a consciência. Quando finalmente se lembra do que havia ocorrido consigo, a cabeça ferida e a dor se tornam claros, porém, o que ainda não era claro era o lugar onde estava. Era muito escuro e parecia se tratar de uma espécie de caverna. Talvez a única razão pela qual pudesse enxergar alguma coisa era a fogueira que ardia próxima de si, frente à qual um rapaz de cabelos prateados utilizando um robe branco de aparência extremamente velha e desgastada. Havia uma grande cicatriz em seu rosto feita há muito tempo atrás, agora já completamente cicatrizada. Apesar de sua situação deplorável, a figura sorri para Kazuno.
Pessoa: Ah... Finalmente acordou. Você esteve apagado por um bom tempo. Por um instante achei que não fosse mais acordar.
Kazuno: Quem... Quem é você...?
Pessoa: Perdão, o meu nome é Kojiro Sena. Eu encontrei você caído então achei que era melhor ajudar. Afinal, este não é o tipo de lugar onde você iria querer tirar uma soneca.
Kazuno dá uma olhada em volta, percebendo que não havia indício de luz em qualquer lugar próximo.
Kazuno: Onde... Onde eu estou...?
Kojiro: Onde você está? Deixe me ver a melhor maneira de responder isso...
O rapaz olha para cima, se indagando por algum tempo, até finalmente a resposta surgir em sua mente, e ainda sorrindo simpaticamente ele responde com uma tranqüilidade e calma surreais.
Kojiro: O inferno seria a melhor resposta para isso...
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Seg Mar 07, 2011 12:06 am | |
| Kazuno não pode deixar de se sentir abismado com a estranha resposta que o rapaz havia dado à sua pergunta.
Kazuno: N-No inferno...? Como assim...?
Kojiro: Ah, não se preocupe, não é o inferno de verdade.
Kazuno: A-Ah... Entendo...
Ele diz, suspirando aliviado.
Kojiro: Ainda sim, não deveria se descuidar num lugar como esses.
Kazuno: Como assim? E que lugar é esse então, afinal?
Kojiro: Bom... Pelas suas roupas, você parece ser um shinigami. Alguma vez já te contaram que o Sereitei possui... Como posso dizer... “Preparativos especiais”?
Kazuno: Preparativos especiais?
Kojiro: Armadilhas para hollows.
Kazuno: Ah...
Kojiro: Elas são muito velhas e quase nunca são usadas. Elas foram instaladas nos primórdios do Gotei a fim de prevenir eventuais incidentes, mas com o crescimento dos 13 esquadrões e as defesas mais aprimoradas, estas armadilhas não são mais utilizadas normalmente.
Kazuno: Entendo. Então esse lugar...?
Kojiro: Isso mesmo. Neste exato momento estamos em um complexo subterrâneo muito abaixo do Sereitei. Como não havia realmente uma finalidade para os hollows presos aqui embaixo, a única intenção deste sistema é mantê-los aprisionados. O complexo em que estamos agora faz parte de um sistema semelhante a uma caverna, que se estende por todo o Sereitei e uma boa parte da Soul Society.
Kazuno: Mas... Mas isso é enorme!
Kojiro: Não é mesmo? Mas essa não é a pior parte. Muitos hollows foram presos aqui durante o tempo, e nunca conseguiram escapar. O problema é que isso acabou gerando um sistema próprio aqui embaixo, muito semelhante a um pedaço do Hueco Mundo em Soul Society. Sem terem do que se alimentar, estes hollows começaram a devorar uns aos outros, e alguns deles se tornaram Adjuchas.
Kazuno: C-Como é?
Kojiro: Isso mesmo. Quem sabe exista até algum Vasto Lorde em algum lugar por aqui.
Kazuno: I-Isso não é brincadeira. Se isso é verdade este lugar é incrivelmente perigoso.
Kojiro: Hm... É verdade. Pra ser bem sincero, outros shinigamis já caíram aqui acidentalmente. Bom, eu não sei o que aconteceu com eles, e acho que ninguém mais sabe também. Por isso eu disse, talvez esse lugar seja realmente uma espécie de inferno.
Kazuno: Quer parar de falar essas coisas!? Você não ta ajudando!
Kojiro: Certo, desculpe, desculpe.
Kazuno: De qualquer jeito... Onde fica a saída desse lugar?
Kojiro: A saída?
Kazuno: É. Sabe, eu preciso voltar, tem gente me esperando lá em cima.
Kojiro: Ora... Se esse é o problema, por que não perguntou antes?
O estranho anfitrião de Kazuno responde com uma expressão simpática, e Kazuno mal podia esperar até dar o fora daquele lugar horripilante.
Kojiro: É claro que não há uma saída.
Tombo ao estilo anime...
Kazuno: C-Como assim!?
Kojiro: Bom, não seria uma armadilha muito eficiente se houvesse um local por onde os hollows capturados pudessem ir embora e causar problemas de novo, não é mesmo?
Kazuno: Você não pode estar falando sério...
Kojiro: Mas eu não tenho motivos pra mentir.
Kazuno: Mas... Mas eu tenho de sair desse lugar!
Kojiro: Sinto muito, mas isso é impossível.
Ele diz com um sorriso ingênuo como de quem acaba de afirmar alguma coisa óbvia.
Kazuno: Já disse pra não falar as coisas desse jeito!
Ele responde irritado, socando a nuca do anfitrião.
Kojiro: Certo... Me desculpe...
Kazuno: Olha, tenta se lembrar de alguma coisa, qualquer coisa...
Kojiro: Ah! Na verdade eu acabei de me lembrar de um destalhe!
Kazuno sorri, afinal não estava tudo perdido.
Kojiro: Existe uma erva que cresce aqui por perto com a qual se pode fazer um excelente chá!
Irritado com a inutilidade daquela pessoa, Kazuno o chuta para longe.
Kazuno: ISSO NÃO ME IMPORTA!
Uma vez recuperados, Kojiro torna a sorrir encabulado para o novo colega.
Kazuno: Que droga... Você não consegue levar nada a sério?
Kojiro: Me desculpe.
Kazuno: Como pode pensar nesse tipo de coisa estando numa situação dessas?
Kojiro: Você acaba se acostumando com o tempo. Não há uma saída deste lugar, então o melhor a ser feito é ocupar seu tempo com outras coisas.
Kazuno: Bem, eu não posso fazer isso. Você tem absoluta certeza de que não existe saída?
Kojiro: Não. Pelo menos nenhuma que eu conheça.
Kazuno: Entendo...
Kojiro: Não quer se sentar?
Se rendendo à complicação da situação, Kazuno resolve aceitar o convite, seria bom também para que tivesse a oportunidade de se recompor e pensar em uma solução.
Kazuno: Obrigado...
Kojiro: Então... Como exatamente você veio parar aqui?
Kazuno: Eu e alguns amigos meus fomos acusados injustamente e precisamos fugir pra que não nos prendessem pelo resto da nossa vida.
Kojiro: Soa muito difícil.
Kazuno: Pois é... Nós fomos atacados e eu acabei me separando do resto. Acho que eu acionei uma destas armadilhas das quais você falou, acidentalmente, e acabei caindo aqui.
Kojiro: Eu sinto muito.
Kazuno: Não precisa. Eu vou encontrar uma maneira de sair daqui e encontrar o resto dos meus amigos.
Kojiro: Você não desiste, não é mesmo?
Kazuno: Não está no meu dicionário.
Kojiro: Bom... E o que vai fazer se por um acaso conseguir sair deste lugar?Acha que ser preso pela Soul Society é uma opção muito melhor que isso?
Kazuno: Eu ainda não pensei tão à frente assim. Mas eu sei que existe algum jeito, a vida do meu irmão depende disso.
Kojiro: Seu irmão...?
Kazuno: Nós fomos acusados por algo que ele disse não ter feito, e eu acredito nele. O meu irmão é um excelente shinigami, ele nunca faria nada pra machucar ninguém.
Kojiro: Então é por isso que está tão ansioso pra encontrar uma saída.
Kazuno: Isso mesmo. Eu não posso ficar aqui enquanto o meu irmão está lá fora fugindo. Eu VOU arranjar uma maneira de provar a inocência dele. Provavelmente não vai ser fácil, todas as evidências apontam o contrário, mas eu ainda sim vou continuar acreditando nele, e quando eu conseguir, nem que seja o menor resquício de evidência, eu vou usar isto pra provar a todos que estavam errados. Eu não espero que isso seja uma coisa fácil, mas eu vou continuar lutando.
Kojiro: Lutando? E o que você possivelmente faria se encontrasse um capitão?
Kazuno: Eu não sei, talvez não fosse muita ajuda, ou talvez não pudesse fazer absolutamente nada. Mas me disseram uma vez que de vez em quando você conhece pessoas as quais você passa a gostar, e a respeitar, e essas pessoas de vez em quando encontram obstáculos que são muito difíceis de serem vencidos sozinhos, então por isso nós nos impomos por ela. É pra esta razão que a minha zanpakutou existe, e se isto não for suficiente, eu vou usar minha própria força pra lutar contra o sistema da Soul Society, e mudar o jeito como as coisas são.
Kojiro observa Kazuno por um instante, impressionado com seu olhar fixo. Afinal de contas, a determinação daquela pessoa não era tão fraca assim.
Kojiro: Caramba... Você é estranho.
Kazuno: C-Como é!?
Kojiro: Bom...
Ele recomeça, se levantando da frente da fogueira onde estivera sentado até então.
Kojiro: Se você está com tanta pressa assim, é melhor nós encontrarmos aquela saída, não é mesmo?
Kazuno: Como? Mas eu achei que você tinha dito que não conhecia nenhuma saída.
Kojiro: E eu não conheço. Mas este lugar é grande, e eu mesmo não o percorri inteiro ainda.
Kazuno: Que ótimo, então talvez haja uma saída!
Kojiro: É. Mas caso exista, ela estará do outro lado do lago subterrâneo.
Kazuno: Lago subterrâneo?
Kojiro: Isso mesmo. É uma fonte subterrânea com origem e destino desconhecida que divide um pedaço deste lugar. Eu permaneço deste lado do lago por ser mais seguro. O outro lado é repleto de Menos Grandes, e provavelmente Adjuchas poderosos. Eu tenho medo daquele lugar, então nunca tentei visitá-lo, por isso, se houver uma saída, será lá.
Kazuno: Ah, ótimo...
Kojiro: Ainda sim é só uma especulação. Não temos como ter certeza de que realmente exista uma. Além disso, é arriscado, acha mesmo que vale a pena arriscar sua vida numa luta que talvez já esteja até perdida?
Não leva muito tempo de reflexão para Kazuno lançar sua resposta.
Kazuno: É claro...
Kojiro: Se está decidido dessa maneira, então não temos nada a perder. Vamos, não se esqueça de que algo também pode nos encontrar desse lado.
Kazuno: Ah, certo...
E sem nem ao menos se darem ao trabalho de apagar a fogueira, os dois partem, Kazuno se colocando a seguir Kojiro, que era realmente quem conhecia o local. Já depois de terem abandonado o acampamento e terem aberto certa distância, um par de olhos vermelhos se abre em meio à escuridão, como se os tivesse observado o tempo todo... A capitã Maya Shizune pulava de telhado em telhado do Sereitei acompanhada pela sua fiel vice-capitã Sayuki Kodo e um pequeno esquadrão de sua divisão. Ela estiver percorrendo o perímetro externo do Sereitei junto aos outros a fim de certificar que os fugitivos não tivessem aparecido por lá. Sempre eficiente quanto para com o dever, Maya se sentia aliviada quando as coisas corriam em ordem como nesta ocasião, e esse tipo de atitude sempre a tornou um dos pilares do Sereitei em épocas de crise. De repente, porém, algo abala o seu conforto... Ao alcançarem o portão seguinte, a cena com que se deparam é macabra. Estendidos em frente ao portão estavam os corpos de vários shinigamis, mortos sobre poças de seus próprios sangues, dilacerados por alguma coisa violenta. Dentro os cadáveres no chão, se reconhece o shinigami que estivera cuidando das atividades do portão de responsabilidade do tal porteiro Garudo.
Maya: O que é isso...?
Sayuki: Procurem por sobreviventes!
A vice-capitã ordena imediatamente o esquadrão, porém, pelo aspecto do local, a busca provavelmente seria em vão. Inabalada na presença da morte, a capitã olha para um dos corpos estirados no chão.
Maya: Mortos sem chance de revidar... Será que os fugitivos fizeram isso? Não... Mesmo alguém com o nível de um 3° assento não conseguiria fazer uma coisa dessas tão rápido e sem deixar sobreviventes. Qual é o significado disso?
Sayuki: Taichou...?
Maya: O que será que está acontecendo aqui...?
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Seg Mar 07, 2011 5:18 pm | |
| O sol começava a ser pôr sobre Soul Society, em sua grande sala de comandante general, rodeado por papéis, Kenji suspirava cansado, brincando com um lápis sem aparentemente mais nada para fazer. Num repente, um shinigami de sua divisão abre a enorme porta, rapidamente se prostrando em sentido perante o oficial superior.
Shinigami: Com licença senhor!
Kenji: Hai, hai... O que foi dessa vez?
Shinigami: Temos os últimos relatórios da 5ª e 9ª Divisões. Aparentemente um batalhão da 9ª Divisão fez contato com um dos fugitivos, mas o perderam de vista nos arredores do setor 23. A 5ª Divisão completou varreduras pelas setores centrais 27 e 28 sem qualquer localização dos suspeitos.
Kenji: Uffff... Que coisa... Eu achei que isso se resolveria mais depressa. Quais são as condições do Akirabane e Mizuno?
Shinigami: Hai! Ambos já receberam tratamento e estão se recuperando no quartel general da 4ª Divisão.
Kenji: Excelente.
De repente, uma borboleta negra adentra pela janela do local, se dirigindo imediatamente até Kenji.
Kenji: Hm?
Ele estica o dedo para que o pequeno inseto possa pousar com suavidade.
Kenji: É da Shizune-san.
Em clara concentração, Kenji fecha os olhos, recebendo a mensagem diretamente dentro de sua mente, e as novas parecem ser um tanto quanto perturbadoras.
Kenji: Como é...?
Ele imediatamente se levanta, se dirigindo até a sacada de sua sala.
Shinigami: Comandante?
Kenji: Diga para as unidades que continuem a busca. Eu estou indo encontrar a capitã da 13ª Divisão.
Shinigami: Hai!
O shinigami imediatamente bate continência e se retira. Kenji observa o Sereitei sob o crepúsculo por um instante, e finalmente desaparece em um veloz shunpo. Sem ousar olhar para trás, Kazuma corre pelos corredores do Gotei a todo fôlego, com um esquadrão da 11ª Divisão em seu encalço.
Shinigami: Parado! Não deixem ele fugir!
Kazuma: Não! Eu já disse que não fiz nada!
Shinigami: Eu, o 8° assento da 11ª Divisão, Hazuro Shidame não vou permitir que escape!
O shinigami dá um salto já com a espada em mãos, pronto para descer um golpe mortal sobre Kazuno. O fugitivo se esquiva, ao passo em que o golpe acerta o chão com força, quebrando um par de lajotas.
Shinigami: Não vai fugir!
O shinigami torna a pular e tentar atacar Kazuno, perseguindo-o dessa maneira, e o irmão Garoa mais velho precisa se impulsionar para frente a fim de evitar que os golpes recaiam sobre sua cabeça.
Shinigami: Fique parado!
Kazuma: Não!
Shinigami: Eu disse pra ficar parado!
Kazuma: Eu já disse que não!
Eles gritam no meio da correria. A fuga acaba levando o grupo direto para um portão gigantesco que dava de cara para o pé do monte Soukyoku, e uma figura os observava do alto de um dos telhados muito altos que cercavam a entrada.
Shinigami: Em nome da 11ª Divisão iremos capturá-lo.
Kazuma: Vocês são todos loucos!
A mão da pessoa que os estivera observando segura firmemente uma alavanca acoplada na parede, e com um único puxão enérgico a abaixa. Imediatamente, o enorme bloco branco que servia como portão se desprende e começa a cair. Kazuma dá um salto e consegue por um triz se estatelar do outro lado, enquanto seus perseguidores acabam ficando presos do outro lado do portão. Após um grande estrondo e poeira levantada por uma peça que provavelmente pesava toneladas, Kazuma tosse um pouco por conta dos detritos e pó no ar, se virando e percebendo a enorme passagem fechada atrás.
Kazuma: Ufa... Essa foi por pouco... Hm?
De repente, outra coisa chama sua atenção, era a figura de alguém nos telhados acima dos portões, onde havia os mecanismos para fechá-los, e o vulto misterioso aparentemente o observava das alturas.
Kazuma: Quem é...?
Sem hesitar, a figura salta lá de cima, aterrissando do mesmo lado do portão, a alguns metros de distância de Kazuma. A princípio, a poeira ainda não dissipada encobre a imagem, mas quando tudo clareia, a surpresa e ansiedade de Kazuma se transformam num sorriso quando seu salvador misterioso se revela uma pessoa conhecida a ele.
Kazuma: Kisu-kun!
Kisuke Itarashi, shinigami da 8ª Divisão assim como Kazuma, fitava o companheiro fixo no mesmo lugar, uma expressão não muito amistosa no rosto, como era comum de sua personalidade. Kazuma se levanta, batendo a poeira para fora de seu uniforme.
Kazuma: Apareceu na hora certa. Foi você quem fechou o portão, não é mesmo?
Ele pergunta, mas Kisuke nem ao menos esboça qualquer esforço para responder.
Kazuma: Eu sabia que podia contar com você. Salvou a minha vida Kisu-kun. Eu fico te devendo essa...
Kisuke: Garoa Kazuma!
A voz de Kisuke de repente se impõe.
Kisuke: Finalmente eu te encontrei...
Kazuma: Kisu... Kun...?
Impassível e sem demonstrar qualquer reação, Kisuke lhe aponta o indicador.
Kisuke: Hadou no youn... Byakurai...
Kazuma percebe que não era um truque quando realmente o flash de um kidou é projetado do dedo do colega... Quando Kenji chega ao portão onde havia ocorrido o incidente com um veloz shunpo, já havia um esquadrão da 13ª e 2ª Divisão recolhendo os corpos dos shinigamis mortos. Os capitães Maya Shizune e Shin Kodo, observavam o processo enquanto seus vice-capitães coordenavam a operação.
Kenji: Shizune-san, Kodo-kun...
Ele se aproxima dos dois.
Maya: Soutaichou...
Kenji: Alguma pista do que pode ter acontecido?
Maya: Não senhor. São shinigamis da 7ª Divisão que eram encarregados deste portão. Não foi dada prioridade a este setor porque havia um porteiro, por isso não havia nenhum capitão por perto.
Kenji: Entendo...
Maya: Há também uma pequena unidade da 2ª Divisão presente que não deveria estar aqui.
Kenji: Como assim?
Shin: Aparentemente foram despachados sem ordens.
Kenji: Como assim? Eu ordenei que as operações deveriam ser supervisionadas pelos capitães de cada divisão.
Shin: Minhas sinceras desculpas.
Maya: O caso mais importante a ser investigado aqui é quem foi que atacou estes shinigamis. É um grupo razoavelmente grande da 7ª Divisão presente, incluindo 6° assento Komobuji Kunta, e 4° assento, Haguro Seta, e uma pequena divisão de elite da 2ª Divisão.
Kenji: Onmitsu Kidou?
Maya: Não senhor.
Kenji: Ainda sim são shinigamis da 2ª Divisão. Por que eles e não as Operações Especiais?
Shin: A Onmitsu Kidou é apenas despachada sob ordens diretas minhas, e eu não emiti qualquer ordem.
Kenji: Entendo. No entanto os shinigamis ainda estão sujeitos a ordens superiores...
Sayuki: Taichou!
A vice-capitã, que até então estivera coordenando a remoção dos corpos, imediatamente retorna ao lado dos comandantes.
Maya: O que foi Kodo?
Sayuki: Isso aqui...
Ela entrega o que parecia ser um rolo de pergaminho manchado de sangue à capitã.
Maya: O que é isso?
A capitã se indaga, abrindo o pergaminho e dando uma olhada, estarrecida com o conteúdo.
Maya: São ordens para posicionamento de batalhões... No lado externo do Gotei?
Kenji: Deixe-me ver.
Kenji solicita, e prontamente Maya lhe entrega o pergaminho. O garoto analisa com cuidado cada palavra contida no papel, confirmando o que Maya havia decifrado da escrita.
Kenji: É estranho... Shizune-san, onde está o porteiro?
Maya: Não estava respondendo, então abrimos os portões para checar. Morto, assim como o resto.
Kenji: Entendo...
Ele diz fechando o pergaminho.
Kenji: Kodo-kun, Shizune-san, estou designando novas funções para os dois. Kodo-kun, você e a Onmitsu Kidou deverão realizar uma busca à parte no Sereitei.
Shin: Hai.
Kenji: Shizune-san, o seu esquadrão deverá cessar a busca pelos fugitivos e se concentrar na segurança dos portões.
Maya: Soutaichou?
Kenji: Diga para se dividirem em grupos frente aos portões. Destacamentos com shinigamis do 6° assento para baixo deverão ter o dobro de homens. Não devem abrir os portões sob qualquer circunstância ou ordem que não venha pessoalmente de mim. O Gotei está fechado, a partir deste momento ninguém na Soul Society entra, e ninguém sai.
Maya: Hai! Mas... Pode me explicar a razão de tal ordem?
Kenji: E isso não é óbvio?
Diz Kenji, dando as costas para abandonar o local.
Kenji: Alguma coisa acabou de entrar por aqui...
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Seg Mar 07, 2011 11:33 pm | |
| Os olhos de Kazuma estavam arregalados, e o suor frio escorria-lhe pela testa. O ombro levemente queimado ainda soltava fumaça pela fração de segundos na qual por pouco evitou o kidou lançado pelo companheiro, magia a qual acertou o pé do monte Soukyoku deixando uma marca feia na rocha.
Kazumi: E-Ei... Isso foi perigoso Kisu-kun!
Mas sem responder, Kisuke torna a lhe apontar o dedo.
Kisuke: Hadou no youn! Byakurai!
Imediatamente uma sequência de rajadas do kidou invocado começa a ser disparada pelos seus dedos, Kazuma reage rapidamente e começa a se esquivar. Apesar do esforço, os raios vinham com velocidade e força para causar danos, então era preciso reagir rapidamente.
Kazuma: Bakudou no hachi! Seki!
Imediatamente um pequeno escudo de energia se forma frente ao braço de Kazuma, o qual ele utiliza para bloquear o último disparo, mas perdendo vista do colega por um único instante é o suficiente para Kisuke reaparecer em sua cara e golpeá-lo. Um baque metálico... Kazuma sacara a zanpakutou no último instante, e isso o salvou de ser decapitado por Kisuke. Colocando força no movimento, ele empurra o colega para trás, e assim finalmente uma certa distância é colocada entre os dois.
Kazuma: Ei Kisuke... Por que você me atacou?
Kisuke: Garoa Kazuma... Você é procurado no Sereitei como um criminoso fugitivo, uma ameaça à paz e tranqüilidade da Soul Society. Como shinigami da 8ª Divisão e integrante dos 13 esquadrões de defesa do Sereitei Gotei, é o meu dever capturá-lo.
Kazuma: Você não entende Kisuke. Isso tudo é um mal entendido.
Kisuke: Devia ter pensado nisso antes que os seus atos gerassem conseqüências graves a você e àqueles próximos a você.
Kazuma: Eu não fiz nada de errado.
Kisuke: Entendo...
Kisuke ironiza, se colocando em posição mais uma vez.
Kisuke: Soul Society discorda de você...
Sem hesitar, colocando força no impulso, ele ataca mais uma vez... Kai abre os olhos, se sentia fraco, não tinha energia para mover um dedo sequer, quanto mais tentar se livrar dos grilhões que o prendiam à parede de uma cela em Soul Society.
Kai: Onde... Onde eu estou...?
Ele murmura, desorientado, mas uma olhada em volta basta para realizar o tipo de local no qual se encontrava.
Kai: É... É uma cela... Eu estou preso... Por que estou preso...?
Ele se indaga, mas tão rápido quanto a pergunta lhe veio na mente, a cena dele mesmo encontrando o vice-comandante do Sereitei lhe retorna a memória, o que também explicava o cansaço, a debilitação e a razão pela qual estava preso em tal lugar.
Yoshida: Vejo que despertou...
Em frente à sua cela, estava parado o seu oponente e captor, vice-comandante do Sereitei, Yoshida Sakai.
Yoshida: Por um instante... Achei que tivesse deixado esse mundo...
Kai: Você...
Yoshida: Eu irei perguntar isso apenas uma vez. Onde estão os seus cúmplices?
Kai: Meus... Cúmplices?
Yoshida: Sentir a pressão espiritual de um capitão é fácil, e pra evitar que shinigamis à sua volta desmaiem, eles a suprimem. No entanto, captar a pressão espiritual de pessoas com o seu nível é um pouco mais difícil.
Kai se sente ofendido pela escolha de palavras do vice-capitão.
Yoshida: A 4ª Divisão já o atendeu. Fizeram um excelente trabalho mantendo você vivo, porém ainda está sob efeito dos ferimentos, e deve estar sentindo bastante dor e se sentindo bastante debilitado.
Explica o shinigami, expondo a razão pelos mal-estares do integrante da 8ª Divisão.
Yoshida: Terá bastante tempo para se recuperar e será fornecido um tratamento adequado para tratar de seus ferimentos uma vez que a sentença for lançada. Porém, isso não vai acontecer até que todos os fugitivos tenham sido capturados. Talvez isso o faça repensar acerca do seu silêncio.
Kai: E o que... Exatamente você quer saber?
Yoshida: Quero que me diga quais são seus propósitos, o que os fugitivos pretendem fazer, onde se escondem e qual é a localização do objeto roubado.
Kai: Sei... Quando nós dissemos... Que não tínhamos nada a ver com isso... Vocês não acreditaram... Por que acreditaria se eu te dissesse alguma coisa agora...?
Yoshida: A situação na qual você e seus amigos se encontram agora é muito mais grave. Às suas acusações foram adicionados os crimes de conspiração, resistência à prisão e fuga. Sem contar que com o objeto desaparecido em questão, há um agravante de estarem utilizando o Sereitei como refém... Acusações tão graves dificilmente tem como punição a condenação à Unidade de Detenção, mas sim... A execução no Soukyoku...
Yoshida fala com uma naturalidade tão macabra que faz aquele tipo de coisa parecer natural.
Yoshida: Em vista destes desenrolares, é presumível que acusados forneçam cooperação, a fim de evitar a execução. Ikawa Kai, não é o primeiro criminoso capturado pela Soul Society, e assim como todos eles, irá encarar a justiça para que seja determinada as conseqüências pelo que fez.
Kai abaixa a cabeça, se rendendo à lógica infalível do captor.
Kai: Entendo...
Yoshida: Se entende sabe que a única maneira de permanecer vivo a esta altura é cooperando, não é mesmo?
Kai: Sim...
Yoshida: Então me diga, onde estão os outros?
Kai: Antes de te responder isso, eu preciso que você faça uma coisa pra mim.
O vice-capitão se mostra intrigado. O que uma pessoa naquelas condições possivelmente iria querer de alguém como ele?
Kai: Vai... Vai se ferrar...
O shinigami suspira, afinal de contas não haveria cooperação.
Yoshida: Que seja. Isto apenas coloca um atraso no funcionamento normal do Gotei. Eventualmente seus amigos serão capturados e devidamente julgados, e quando sua sentença for lançada, todos os seus crimes serão levados em conta. Esta é a vontade de Soul Society, espero que esteja pronto para arcar com elas... Ikawa Kai...
São as últimas palavras de Yoshida antes de se retirar, abandonando Kai semi-morto algemado em uma cela escura e fria. Um sonho... Um sonho muito estranho... Só havia água, e vidro... Coisas nas quais a luz batia e era refletida, ao mesmo tempo em que era engolida por uma escuridão sombria e misteriosa. Sem poder respirar direito, em uma estado semi-consciente, Sparky não esboça reação contra sua queda naquele abismo sem fundo.
Sparky: O que aconteceu...? Que lugar é esse...?
De algum lugar podia ouvir a voz de seus conhecidos, e de Plus que já havia salvo.
Sparky: O que será que aconteceu comigo...? Será que eu morri...?
De repente, Sparky vê um ponto luminoso ao longe.
Sparky: O que é aquilo...?
A luz começa a tomar forma e ganhar tamanho. Na verdade, era algo que se aproximava. Com a suavidade e soar de um sino acompanhado pela leveza de movimento de uma borboleta, duas formas humanas sem rosto, uma branca feminina e uma negra masculina, se aproximam sincronizadas como em uma dança de Sparky, flutuando à sua frente.
Sparky: Quem é...?
As formas nada dizem, apenas continuam a se mover em sua frente com a mesma tranqüilidade.
Sparky: Será que... Querem me dizer alguma coisa...?
Após mais alguns balanços, as formas se aproximam mais uma vez, e a figura feminina estende as mãos suavemente a fim de afagar o seu rosto.
Sparky: Vieram pra me dizer que eu morri...?
De repente, os vidros à sua volta começam a se rachar, e assim como eles, todo o mundo à sua volta se despedaça, ao mesmo tempo em que uma mão segura o seu ombro e o vira para baixo. A visão é assustadora queando Sparky percebe alguém de cabelos e porte físico muito semelhante aos seus, só que utilizando uma máscara horripilante, encará-lo.
Entidade: Como se eu fosse deixar!
Despertando do que parecera ser um pesadelo, Sparky se encontra em um ambiente fracamente iluminado e silencioso.
Naomi: Finalmente acordou.
Próxima a ele, Naomi até então parecia estar empenhada no tratamento de Shnayder, e ao encarar o próprio corpo, percebe que ela também havia feito um bom trabalho remendando-o.
Naomi: Por sorte não teve nenhum ferimento grave. Foi realmente um milagre termos todos sobrevivido àquilo.
Sparky: Onde... Onde nós estamos?
Naomi: Os destroços abriram passagem para algumas espécies de câmaras. Elas são antigas então os prédios novos foram construídos sobre elas, e nem mais aparecem no mapa. Por sorte a entrada é estreita, e vai ser difícil de nos localizarem aqui.
Sparky dá uma olhada em volta, claramente notando a ausência de um dos companheiros.
Sparky: Cadê o Kazuma?
Naomi: Kazuma-kun foi separado do restante de nós. Eu queria ajudar, mas não pude fazer nada a tempo. Além disso, vocês dois estavam desacordados, e eu não podia largá-los ali.
Sparky: Entendo.
Naomi: Não se preocupe, nós vamos encontrar ele de novo mais cedo ou mais tarde.
Sparky: Hm...
Naomi: Sparky-san... Tem uma coisa que eu queria te perguntar.
Sparky: O que foi?
Naomi: Quando nós fomos atacados pela vice-capitã Juni-sama, aconteceu alguma coisa. E, isso aqui...
Ela retira a peça que havia encontrado no chão, guardada a critério de curiosidade. Porém, aquele objeto horripilante faz com que um arrepio suba a espinha de Kurosaki, pois mesmo sendo apenas um fragmento, ele reconhecera como parte da máscara da entidade que acabara de presenciar no seu pesadelo.
Naomi: Por um acaso... Você sabe o que é isso...?
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Mar 13, 2011 4:50 pm | |
| Ainda sem palavras para descrever o ocorrido, Sparky apenas encara o objeto branco na mão da shinigami, uma estranha e arrepiante dúvida surgindo em sua mente.
Sparky: Não... Eu não sei o que é.
Ele diz, relatando nada mais que a verdade, porém, o fato omitido atormenta sua mente “No entanto, tem algo muito familiar nessa coisa...”
Naomi: Bom... Seja lá o que for teve sorte de estar com você. Como estava toda esmigalhada, alguma coisa provavelmente a acertou com muita força. Teria sido feio se você tivesse sido acertado diretamente. Ou talvez isso aqui não seja nada, desculpe te incomodar com uma coisa dessas.
Sparky: Não se preocupe.
Seus olhos pousam no companheiro Shnayder Yosake, ainda caído no chão.
Sparky: Ele continua dormindo?
Naomi: Ele se machucou bastante na luta contra o Mizuno-sama. Nem eu mesma percebi, mas deve ter sido muito difícil ao menos ficar de pé durante a batalha. Ele está se recuperando.
Sparky: Isso é bom.
Naomi: Sparky-san, tem uma coisa que eu queria falar com você.
Sparky: Hm? O que é?
Naomi: Olha, a nossa situação é grave. O Kazuno-san está perdido, não fazemos idéia de onde o Ikawa-kun está, e acabamos de ser separados do Kazuma-san.
Sparky: É... Quando você coloca dessa maneira realmente parece que nós estamos numa enrascada.
Naomi: Isso mesmo. Então o que eu gostaria de discutir com você é um plano.
Sparky: Um plano?
Naomi: Isso mesmo. A princípio eu achei que fôssemos continuar juntos, mas a situação mudou. Eu não queria recorrer a isso pois vai ser preciso muita reiatsu, o que vai me tornar mais vulnerável, e acabar atrapalhando vocês.
Sparky: Como assim? Acho difícil que você nos atrapalhe. Por enquanto você é uma das razões pela qual nós ainda estamos vivos.
Naomi: Obrigada.
Sparky: De qualquer maneira, qual é esse seu plano?
Naomi: Bom, inicialmente o nosso destino é o quartel general da 12ª Divisão, para que possamos abrir a comporta Sekki da zona de despejo. O problema é que sem os outros, se fizermos isso eles irão continuar a vagar pelo Sereitei, ou talvez até mesmo tentem entrar sozinhos no quartel general da Divisão de Pesquisa, o que seria suicídio.
Sparky: É verdade...
Naomi: Então eu sugiro que nós dois façamos isso.
Sparky: Como é? Mas você não acabou de dizer que não podíamos fazer isso?
Naomi: Por isso mesmo que iremos executar o plano B.
Sparky: Ahn? Qual é o plano B?
Naomi: Eu conheço alguns acessos para a Central de Pesquisa que fica dentro do quartel general da divisão de pesquisa. Um conhecido meu é shinigami da 12ª Divisão, sem contar que tem uma queda por mim. Bom... Depois de alguns copos de sake qualquer um acaba falando demais. De qualquer jeito, nós entramos no quartel general, encontramos o sistema, e abrimos as comportas. Depois que estiverem abertas, eu vou utilizar Kakushi Tsuijaku para encontrar os outros, e Tenteikuura pra lhes dar a localização da saída. Então todos nós nos reencontramos na zona de despejo.
Sparky: Kakushi Tsuijaku e Tenteikuura? Naomi-san, estes são bakudous de alto nível, tem certeza que pode fazer isso mesmo?
Naomi: Eu vou precisar de bastante reiatsu pra executar os kidous, então não estarei na melhor forma quando sairmos de lá. É por isso que estarei contando com você pra garantir a nossa saída.
Sparky: Tá, tudo bem, mas... E o Shnayder?
Naomi: Eu já realizei todos os tratamentos necessários pra cuidar dos ferimentos dele. Ele não corre risco algum, mas ainda precisa se recuperar.
Sparky: Mas nós vamos simplesmente largar ele aqui?
Naomi: Eu também não gosto da idéia, mas não temos muito tempo. Eventualmente os outros vão acabar se deparando com algum capitão, e quando isso ocorrer, é o fim da linha. Este lugar é seguro, e neste estado não irão poder sentir sua pressão espiritual. Quando tivermos terminado os preparativos, nós voltamos pra buscá-lo. Ainda assim, caso ele acorde antes, eu vou deixar um bilhete pedindo pra ele esperar aqui.
Sparky: Tá. É verdade, essa idéia não me anima muito, mas realmente é uma questão de tempo até os outros darem de cara com um capitão ou vice-capitão. Se você diz que este lugar é seguro, então vamos seguir o seu plano e depois vir buscar ele.
Naomi: Certo. Obrigada... Sparky-san...
Vendo uma garota tão bonita agradecer-lhe com tanta emotividade faz Sparky corar.
Sparky: Ah, que isso... É pro melhor...
Em pouco tempo, Naomi termina de escrever o bilhete, e o coloca no uniforme de Shnayder, o qual havia sido acomodado seguramente contra uma parede.
Naomi: Nós iremos voltar... Shnayder-san...
Com estes detalhes finais acertados, e Sparky já à espera, a garota se levanta.
Sparky: Vamos indo...
Naomi concorda com um aceno positivo, e os dois se põem a correr pelo corredor escuro, deixando o inconsciente Shnayder para trás. As espadas de Kisuke e Kazuma tornam a se chocar com violência numa luta que estava apenas começando. Serrando os dentes com as lâminas serravam uma à outra, os dois finalmente se empurram, quebrando a guarda e tornando a atacar. Com um golpe fulminante, Kazuma é capaz de gerar força o suficiente para fazer com que Kisuke deslize para trás mesmo bloqueando o ataque.
Kisuke: Hadou no youn! Byakurai!
Kisuke aponta o dedo de novo na direção de Kazuma, e mais um raio é disparado, do qual Kazuma se esquiva com agilidade.
Kazuma: Hadou no sajyu san! Soukatsui!
Uma bola de energia azul se projeta da palma do irmão Garoa, indo em direção ao oponente. Segurando a espada firmemente com as duas mãos, Kisuke acerta a energia com a lâmina, o impacto durando alguns segundos no qual o kidou tenta superar o bloqueio.
Kisuke: HA!
Colocando mais força na espada, Kisuke consegue cortar a energia em dois, divisões as quais rapidamente impactam o chão em seus flancos, levantando uma nuvem de poeira. Kazuma observa a poeira atentamente.
Kazuma: Eu peguei ele?
De repente Kisuke surge ao lado de Kazuma com um shunpo e torna a acertá-lo com a espada, mas o bloqueio é rápido e eficiente, apesar do peso do golpe. Trocando mais dois arrebates de espada, eles finalmente saltam para trás, retomando posição, já um pouco ofegantes do exercício. Analisando o colega e adversário daquela forma, Kazuma não pode deixar de mostrar um sorriso.
Kazuma: Foi muito bom Kisu-kun.
Kisuke: Cale-se. Eu não preciso desse tipo de incentivo vindo de você.
Kazuma: Mas você usou Byakurai de novo. Se ficar utilizando o mesmo kidou uma vez atrás da outra isso acaba se tornando previsível.
Kisuke: Baka... Isso não é por opção.
Kazuma: Como é?
Kisuke: Você já se esqueceu de que eu não sei utilizar hadous de nível mais avançado?
Kazuma: Não sabe...?
A expressão de Kazuma é hilariamente incrédula.
Kazuma: Caramba Kisu... Como você é fraco...
Kisuke: CALA A BOCA!
Kisuke responde irritado, mas rapidamente retoma sua compostura.
Kisuke: Isso é meramente um contratempo a ser superado para cumprir o meu objetivo.
Kazuma: Seu objetivo?
Kisuke: Isso mesmo... A única razão pela qual eu me tornei shinigami foi para restaurar o nome da minha família.
Kazuma: É verdade. Agora que você mencionou, você ta sempre de um lado pro outro com esse papo de nobreza.
O shinigami de cabelos branco acizentados se mostra desgostoso com o comentário.
Kisuke: É exatamente por causa disso...
Kazuma: Hm? Como é? Por causa disso o que?
Kisuke: A família Itarashi já foi a mais poderosa das 4 famílias nobres do Sereitei. Infelizmente algo aconteceu no passado, e isso tudo mudou. Nós entramos em declínio e nosso nome acabou jogado às traças. Antes conhecida como uma família de status, famosa por dar origem aos shinigamis mais notórios, agora os poucos membros que nos sobram estão definhando junto à ralé em Rokungai. Eu não podia tolerar isso...
Uma energia branca começa a emanar do corpo de Kisuke, enquanto a raiva lentamente toma lugar em sua expressão.
Kisuke: Não podia tolerar, tendo nascido em uma família tão grandiosa, aquelas crianças... E aquelas pessoas...
Seus olhos encaram Kazuma em profundo ódio.
Kisuke: Pessoas como você Kazuma... Todas me tratando como qualquer um... Me tratando como se nem ao menos soubessem quem eu sou...
A energia explode em fúria.
Kisuke: Eu vou lhe dizer meu nome! Eu sou Kisuke Itarashi, e sou um nobre da família mais poderosa do Sereitei! Então não ouse me colocar junto com a escória, seu imundo!
Com essa explosão fulminante, Kisuke ataca de novo, Kazuma é capaz de bloquear o golpe, mas mesmo que estivessem lutando já há algum tempo ele ainda é mais pesado do que os anteriores. Após mais um golpe, o segundo desferido é tão potente que pode empurrar o irmão Garoa para trás.
Kisuke: Hadou no youn! Byakurai!
Ele grita, apontando o dedo mais uma vez na direção de Kazuma, porém, o raio disparado desta vez é muito maior e mais forte que os anteriores. Ainda sim, Kazuma ergue sua espada e defende-se. Ao encontrar a lâmina do oponente, a energia se espalha em vários traços de luz que explodem com alguma potência ao se depararem com qualquer obstáculo, fosse o chão, uma pedra, ou a parede. Ainda sim, a defesa não havia sido fácil, e Kazuma acaba se descuidando quando Kisuke surge mais uma vez em sua frente, e os dois tornam a trocar um golpe de espada. Com incrível agilidade, Kisuke desaparece e torna a surgir atacando Kazuma pelo flanco, o shinigami consegue defender o ataque, mas seu inimigo desaparece outra vez, vindo com um ataque por cima, Kazuma executa o movimento de bloqueio mais uma vez, porém, apenas um segundo antes das espadas se tocarem, Kisuke mais uma vez desaparece, reaparecendo às suas costas, e mandando-lhe um corte fulminante. Felizmente, a reação de Kazuma ainda era rápida, e o golpe que o deveria ter cortado em dois pela diagonal apenas fere levemente o seu ombro direito. Segurando o ferimento pelo qual vazava sangue, Kazuma encara seu adversário direto nos olhos, revoltado.
Kisuke: Como você acha que alguém como eu, incapaz de executar kidous complexos, conseguiu se tornar um shinigami, Kazuma? Eu precisei compensar esta minha falha com shunpo e técnicas de espadas, me tornando um dos melhores espadachins da minha turma.
Kisuke segura a espada, apontando-a para o oponente.
Kisuke: A minha habilidade de combate... Está acima da sua... Kazuma!
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Mar 13, 2011 8:06 pm | |
| Kisuke: A minha habilidade de combate... Supera a sua... Kazuma!
Kisuke cospe as palavras fulminantemente ao seu oponente, Kazuma o observa seriamente, aquela batalha estava se tornando complicada “Ele não está brincando. Aquele shunpo e aquele ataque sem dúvida só poderiam ter sido executados por alguém que levou seu treinamento muito a sério. Talvez ele não esteja só tentando contar vantagem, fiz mal em pensar que ainda estava um passo à sua frente...”. Se acalmando, Kazuma suspira profundamente, se concentrando e fazendo que sua espada baixe alguns centímetros da posição normal de guarda.
Kisuke: O que está fazendo? Desistiu de lutar?
Kazuma torna a sorrir.
Kazuma: Não delira Kisu-kun. Eu não estou familiarizado com esta palavra.
Kisuke: Eu imaginei que não. Alguém com o seu nível intelectual não deve estar familiarizado com várias palavras.
Kazuma: Como você é cruel. Mas isso não tem nada a ver.
Kisuke: Então o que é?
Kazuma: É que eu... Não quero te machucar Kisu-kun.
Kisuke: Como é?
O shinigami de cabelos brancos se surpreende com a afirmação co colega.
Kisuke: Não quer... Me machucar...?
Mais uma vez ficando nervoso, Kisuke começa a pressionar o cabo da espada com força.
Kisuke: E quem disse que você é capaz de fazer isso...? Além disso... EU NÃO SOU “KISU-KUN”!
A energia mais uma vez explode do corpo de Kisuke gerando pressão no ar e uma leve onda de choque, mas esta demonstração não impressiona em nada o inimigo.
Kazuma: Mas é exatamente como eu disse... Você não pode me vencer...
Kisuke: E por que seria isso?
Kazuma: Existe mais uma diferença entre os nossos níveis.
Kazuma ergue a espada, segurando-a horizontalmente à frente do corpo, se colocando muito sério.
Kazuma: E agora eu vou lhe mostrar... Esse poder...
O corpo de Kazuma começa a emanar uma suave, mas poderosa energia dourada, gerando uma corrente de vento, que parece intrigar seu adversário.
Kazuma: Decepe meus inimigos... Kamaitachi! (Demônio do vento)
Repentinamente, uma intensa rajada de energia explode do corpo de Kazuma, fazendo com que os destroços ao redor voem, e espalhando poeira. Kisuke se protege da impressionante liberação de poder, tentando abrir uma fresta do olho para enxergar o que acontecia. Naomi e Sparky corriam pelas passagens escondidas do Sereitei rumo ao quartel general da 12ª Divisão, em acordo com o plano que haviam traçado. Porém, Naomi de repente pára de correr, olhando em outra direção. Ao perceber que a companheira havia se interrompido, Sparky também pára de avançar.
Sparky: Naomi-chan? O que foi?
Naomi: Eu... Eu senti alguma coisa...
Sparky: Sentiu?
Naomi: Kazuma-san...
Ela parece perdida em pensamentos durante algum tempo, o que realmente faz com que Sparky se preocupe.
Sparky: Naomi-chan...? Você está bem?
Naomi: Hm... Não deve ter sido nada. Vamos, temos que continuar.
Ela resolve deixar a estranha sensação de lado e prosseguir, Sparky prontamente a acompanha, dando prioridade aos seus planos. A liberação de poder havia sido violenta, e levantado bastante poeira, de modo que Kisuke se coloca a tossir. Agora que as coisas estavam mais calmas, ele finalmente consegue observar melhor o que ocorrera. Em sua frente, e no centro de toda a confusão, estava Kazuma. Seu corpo brilhava com uma leve aura dourada, exceto por seus olhos, que soltavam uma radiação azulada profunda, e em sua mão já não era a asauchi que se encontrava, mas uma espada de porte grande, curvada em forma de vela, cujas costas da ponta se elevava um pouco mais alta que o resto da espada. Ainda estático no mesmo ponto, uma corrente contínua de vento permanecia a soprar por Kazuma, fazendo com que seus cabelos esvoaçassem.
Kisuke: Kamai... Tachi...
Kazuma: Isso mesmo... Shikai, a liberação da zanpakutou. Esta é a diferença entre nós Kisu-kun...
Ainda com a espada à frente do corpo, Kazuma libera mais energia, que aparece na forma de um forte tufão. Kisuke ergue a espada para se proteger, mas seu oponente dispara do ponto onde estivera, e ataca. As lâminas tornam a se chocar, Kisuke ainda conseguia se defender, apesar da intensidade do golpe ter aumentado. Num instante, uma corrente de ar circula a espada de Kazuma, gerando pressão e, mesmo sem precisar ser balançada, causa um segundo impacto na espada de Kisuke que o joga para trás. Kisuke desliza, ainda conseguindo permanecer de pé, apenas por um triz, e rapidamente se recompondo, parte para o contra-ataque. Sua técnica continuava eficiente como antes, mas desta vez, Kazuma era capaz de bloquear com simplicidade os golpes. Nem mesmo quando Kisuke utiliza seu melhor shunpo para surpreender o adversário o golpe consegue conectar. Uma corrente de ar rapidamente se acumula e começa a rodar Kazuma, o que faz com que os olhos de Kisuke se arregalem, mas não havia tempo para evitar o golpe. Uma forte onda de choque seguida de um turbilhão de ar se expande por toda área. Ainda no mesmo local, Kazuma, que não havia sofrido qualquer impacto com o golpe, olha para trás, encontrando o colega ofegante, o sangue lhe escorria a testa e o braço esquerdo após ter sido acertado por golpe tão poderoso.
Kazuma: Você não estava mentindo... A sua técnica é muito boa.
Kisuke: Não diga besteiras.
Ele diz, atraindo um olhar curioso de Kazuma.
Kisuke: Se minha técnica fosse realmente boa eu teria sido capaz de me esquivar de um ataque tão simples de um shinigami de baixo nível como você.
Kazuma: Kisu-kun, ainda não entendeu...
Kazuma diz, suspirando, e em seguida ergue a espada, apresentando-a ao colega.
Kazuma: Esta é a minha zanpakutou, Kamaitachi. Shikai é mais do que a mera adição de alguma habilidade à espada, ela demonstra a sua conexão ao espírito da sua zanpakutou. Shinigamis com pouca experiência que despertam Shikai não conseguem fazer nada além de ganhar uma nova arma com a qual lutar, mas se você realmente compreende a sua zanpakutou, ela faz com que as suas próprias habilidades aumentem também.
Kisuke: Entendo... Então o que está dizendo é que não foi apenas a forma da sua zanpakutou que mudou, mas você também fica mais forte durante a liberação, por isso conseguiu defender meus ataques.
Kazuma: Isso mesmo. Antes eu também não compreendia isso, mas o meu tempo na Terra e no mundo dos Onis me fez perceber muita coisa acerca da minha espada, e acerca de mim mesmo.
Kisuke: Me poupe do sermão.
Kazuma: Agora você entende? Esta é a diferença entre os nossos poderes.
Ele afirma, arrancando um olhar assustado e revoltado de Kisuke.
Kazuma: Kamaitachi não é um brinquedo, e a personalidade dela não é tão amistosa quanto à minha. O Deus do Vento irá retalhar qualquer coisa que se encontre em seu caminho.
Kisuke: Vento... Esse é o poder da sua zanpakutou?
Kazuma: Isso mesmo. Concentrando minha reiatsu ela é capaz de acumular vento na lâmina e dispará-lo como uma lâmina de ar. Além disso, ela pode gerar tufões para proteger o meu corpo de ataques físicos.
Kisuke: Eu fiquei sabendo quando despertou Shikai. Não é uma coisa comum um shinigami até então sem posição no esquadrão despertar Shikai tão rápido.
Kazuma sorri, esfregando o nariz.
Kazuma: Ora, quanta gentileza.
Kisuke: Eu não estou te elogiando. O simples fato de ter obtido Shikai não te torna especial. Muitos shinigamis fracos já conseguiram isso antes. O problema não é esse, a sensação é diferente.
Kazuma: Diferente? Como assim?
Kisuke: Dada sua personalidade, eu imaginei que o seu poder fosse ser algo espalhafatoso, e preguiçoso do jeito que é, imaginei que fosse ser burro demais pra saber como utilizá-lo.
Kazuma: E-Ei!
Kisuke: Mas parece que não é bem assim. Essa sua zanpakutou é muito estranha, nem guarda ela tem, mas alguma coisa me diz que não é por acaso. É como um ser superior que sabe que não irá deixar ninguém se aproximar.
Kazuma: Bom... É mais ou menos por aí.
Diz o irmão Garoa, tornando a sorrir.
Kazuma: A minha zanpakutou é bem forte!
Kisuke: Convencido...
Kisuke deixa a conversa de lado e observa Kazuma seriamente.
Kisuke: Afinal de contas... O que foi que você e os outros fizeram para colocar o Sereitei todo atrás de vocês?
O companheiro estranha a pergunta repentina, mas não vê problema em responder.
Kazuma: Algumas câmeras da 12ª Divisão me filmaram roubando algo do quartel general deles.
Kisuke: Roubando...? Você enlouqueceu!?
Kazuma: Eu já disse que sou inocente! Tem alguma coisa errada aqui, e eu preciso descobrir o que é.
Kisuke: Pra causar este tipo de confusão deve ter sido algo perigoso.
Kazuma: Eu imagino, mas não faço idéia do que seja. Infelizmente, ninguém quer me ouvir, então eu não tenho outra opção. Então Kisu-kun... Eu não quero ter de repetir, eu não tenho tempo pra perder aqui, então me deixe passar logo.
Kisuke: Hm... Seu idiota... Você parece bem culpado pra mim...
Kazuma: Como é!?
Kisuke: Essa sua história é muito difícil de engolir, e eu não acredito!
Kazuma: Kisu-kun, sai da minha frente!
Kisuke: Idiota, se estivesse falando sério já teria atacado.
Kazuma: Eu já disse que não quero te machucar!
Kisuke: Me machucar....?
O corpo de Kisuke torna a brilhar com uma aura branca, se elevando novamente.
Kisuke: Não me faça rir!
Kazuma: Pare com isso! Sabe muito bem que um shinigami que nem ao menos despertou Shikai não pode lutar contra esse tipo de poder!
Kisuke: Shikai, hm?
Kisuke ergue a zanpakutou colocando-a em posição ao lado do corpo, e posicionando sua mão livre sobre a lâmina.
Kisuke: Kazuma... Achou que enquanto esteve na Terra correndo de Onis e shinigamis eu estive perdendo meu precioso tempo aqui?
Kazuma: O que vai fazer?
Kisuke: Eu vou lhe mostrar... A verdadeira diferença entre as nossas forças...
A lâmina emite um forte brilho branco, e Kisuke contrai os dedos.
Kisuke: Urre! Kobatsuken! (Espada do tigre vingador)
Ele movimenta sua mão pela lâmina, cujo brilho se torna tão intenso que ofusca Kazuma, e a explosão de energia impede que sua mudança de forma seja presenciada. Desta vez é Kazuma quem precisa se defender da poderosa manifestação de força da espada de Kisuke. Após uma nova explosão, e mais poeira sendo espalhada pelo campo de batalha, tudo finalmente começa a se acalmar, e Kazuma pode finalmente abrir os olhos. A poeira ainda não se dissipara, mas um intenso brilho branco era perfeitamente visível em seu epicentro. Quando finalmente pode encarar o adversário, Kazuma se surpreende ao ver o corpo inteiro de Kisuke emanando uma grande e poderosa aura de reiatsu branca, e seus olhos brilhavam com a mesma cor. Em sua mão também não mais a asauchi de outrora, havia uma espada katana com duas lâminas, as quais eram levemente serrilhadas nas costas. A guarda da espada possuía quatro protuberâncias semelhantes a presas, e o conjunto todo irradiava com a mesma cor que o dono.
Kazuma: Kisuke... Você...?
Kisuke: Minha zanpakutou... Kobatsuken...
Kisuke ergue a espada acima da cabeça, e as lâminas começam a brilhar.
Kisuke: Cuidado... Ela não é tão simpática quanto eu...
Com um movimento rápido, uma poderosa energia branca se projeta da lâmina em direção a um estupefato Kazuma, e o impacto causado pela energia é enorme, com uma manifestação assustadora...
Última edição por Kisuke Itarashi em Dom Mar 27, 2011 2:37 am, editado 1 vez(es) | |
| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Seg Mar 14, 2011 12:17 am | |
| A espada de Kisuke desce dos céus com um movimento poderoso, liberando uma rajada de energia poderosa contra o inimigo. Ainda surpreso, Kazuma não consegue esboçar reação, e a energia o acerta com uma força tremenda, causando uma explosão e tremores fora do normal. Ainda na mesma posição, Kisuke observa os resultados do estrago de seu golpe.
Kisuke: Eu já disse... Não me coloque no mesmo nível que você...
A energia finalmente se dissipa. Felizmente, por uma fração mínima de segundos, Kazuma conseguiu bloquear o ataque, mas não saiu ileso, suas mãos e braços apresentavam leve queimaduras de uma defesa que não conseguira conter todo o poder do golpe.
Kisuke: Imaginei que não fosse morrer com um ataque desses.
Kazuma: Kisu-kun... Você...
Kisuke: O que foi? Você parece surpreso.
Agora é a vez de Kisuke erguer a espada para Kazuma.
Kisuke: Esta é a MINHA zanpakutou... Kobatsuken...
Kazuma: Kobatsuken...? Quando foi que você...?
Kisuke: Foi como eu lhe disse... Eu não estive desperdiçando todo meu tempo aqui enquanto você esteve na Terra!
Com uma velocidade impressionante, Kisuke avança na direção de Kazuma, golpeando-o com sua lâmina dupla. O ataque é defendido, mas aparentemente volta a ter a mesma potência de antes.
Kisuke: Eu treinei, treinei, e treinei! E enquanto não estive treinando derrotei vários inimigos poderosos!
Os dois voltam a trocar golpes de espada.
Kisuke: Não foi fácil! Foi muito árduo! Doeu muito, e eu cheguei a passar dias na enfermaria da 4ª Divisão! Tudo em prol de ganhar poder... Poder o suficiente!
Kazuma é capaz de defender os golpes de Kisuke, mas eles agora vinham acompanhados de uma pressão sobrenatural muito mais poderosa.
Kisuke: Achou mesmo que eu não fosse fazer nada? Achou mesmo que eu fosse permanecer parado observando as suas costas!?
Com um golpe bem dado, ele arremessa o Garoa mais velho contra as rochas do Soukyoku, fazendo-o acabar com um buraco nela. Tranqüilo, como se tal manifestação de poder não fosse nada, Kisuke torna a observar seu inimigo.
Kisuke: Eu sou um Itarashi... Se pretendo restaurar o nome da minha família... Eu não posso perder pra alguém como você.
Kazuma se remove do buraco que havia feito com o próprio corpo no Soukyoku, se curvando ofegante enquanto mirava seu adversário.
Kazuma: E pensar que você também já tivesse despertado shikai... Pra quem estava falando de mim, você também conseguiu fazer isso bem rápido.
Kisuke: Mas é claro, eu sou um nobre...
Kazuma: Tudo bem Kisu...
Kazuma ergue a espada, o vento torna a rodeá-la enquanto sua aura dourada torna a brilhar.
Kazuma: Vamos fazer isso do seu jeito...
Kisuke também segura a espada, e sua aura branca começa a emanar de seu corpo.
Kisuke: Eu estava esperando por isso...
Ambos deixando suas reiatsus explodirem a níveis surpreendentes, se encaram por um instante, até partirem ao ataque um em direção ao outro, e o impacto agora causa uma explosão de reiatsu. O capitão da 11ª Divisão, Kazuya Shishio, assim como havia determinado, procurava pelos fugitivos solitário. Era um capitão respeitado e que tinha a devida consideração por seus homens, mas sempre tivera mais facilidade em se concentrar sozinho, principalmente sem a presença de sua querida, porém inconveniente, vice-capitã. Apesar de sua busca até o momento não ter apresentado qualquer resultado, uma estranha sensação de repente lhe sobe a espinha, e ele imediatamente pára, olhando para o Soukyoku, tão distante de onde ele estava.
Kazuya: Que estranho... Que sensação é essa? Será que dois vice-capitães começaram a lutar?
A curiosidade era óbvia, sentia claramente dois grandes poderes colidirem próximo ao Soukyoku, de maneira que não podia permanecer parado ali sem averiguar.
Kazuya: É melhor eu ver o que está acontecendo...
Em sua cela, Kai continuava preso pelos pulsos, algemado por grilhões às paredes de material Sekki. O vice-capitão da 1ª Divisão não estivera mentindo quando disse que seu tratamento havia sido apenas para mantê-lo vivo, pois apesar de algum tempo já ter se passado, a dor continuava, mesmo sem sangramento, e não tinha forças para mover um dedo sequer. Do mesmo jeito, no estado em que se encontrava, era claramente capaz de sentir as energias colidindo do lado de fora do Sereitei.
Kai: Essas reiatsus... Uma definitivamente é o Kazuma... E quem é a outra...? Droga... Quando foi que estes idiotas ficaram tão fortes...?
Guarda: Espere um instante! Quem é vo...? Argh!!!
São as últimas palavras que Kai consegue ouvir da pessoa montando guarda em frente à sua cela, antes de notar a misteriosa sombra de uma figura se projetar pelo corredor, e então dentro de sua cela. Ele levanta a cabeça para tentar ver o intruso, mas ainda sem domínio completo dos sentidos, consegue apenas enxergar um vulto escuro em frente à iluminação externa.
Kai: Quem é você...?
Vulto: Ainda não pode morrer... Você ainda tem utilidade...
Kai: Quem...?
Porém, nada mais é visível, e antes que possa perceber o que aconteceu ou estava para acontecer, Kai desmaia mais uma vez... Kisuke e Kazuma avançam um na direção do outro, e acertam suas espadas uma contra a outra, provocando uma onda de choque que limpa tudo em volta. Eles desaparecem utilizando shunpo, e tornam a se acertar em três pontos diferentes do campo de batalha. Depois de alguns arrebates de espada, Kisuke finalmente consegue atingir o ombro do oponente. Kazuma consegue sentir a ardência do golpe, mas rapidamente revida, e com um golpe bem dado faz um rasgo no peito do oponente. Kisuke dá um pulo muito alto para trás, mais uma vez acumulando energia na zanpakutou, e a lança contra o colega. Kazuma balança sua espada, e o vento sopra velozmente ao seu redor para que pudesse receber diretamente o golpe. Sua proteção impede que o golpe o corte ao meio, mas não é o suficiente para absorver o impacto, e ele é arremessado para trás. No momento em que pára, ele pode ver Kisuke descendo dos céus velozmente em sua direção, e rapidamente lhe lança duas lâminas de ar. O shinigami de cabelos brancos consegue se esquivar da primeira por um triz, e para a segunda, sua espada brilha em um tom branco, e ele consegue impedi-la, mas assim como havia acontecido com Kazuma, é incapaz de absorver o impacto totalmente, e isso o joga para trás. No milésimo de segundo após a desajeitada recuperação de Kisuke, Kazuma já aparecia nos céus de novo, balançando a espada em sua direção. Kisuke se abaixa e revida, o ataque é bloqueado, então com novo movimento das duas armas, ambas as zanpakutous voltam a colidir poderosamente. Os dois se separam e voltam imediatamente para o chão, interrompendo a luta por mais um momento que tomam para se observar.
Kazuma: Você não estava mentindo...
Kisuke: Como assim?
Kazuma: Assim como eu disse, despertar Shikai e compreender o espírito da sua zanpakutou são duas coisas muito diferentes, mas não é essa a sensação que eu tenho vindo de você. É parecido com a minha zanpakutou, você compreendeu a existência do espírito na sua lâmina.
Kisuke: Eu não poria dessa maneira...
Kazuma: Hm?
Kisuke: Eu conheci a Kobatsuken em um momento de desespero. Eu achei que estivesse tudo perdido naquela hora, e que toda a minha luta tivesse sido em vão. Mas ele...
Kisuke observa a própria espada.
Kisuke: Ele não duvidou de mim. Pela primeira vez, alguém acreditou no meu potencial. Alguém me olhou da maneira que eu estive tentando fazer com que todos olhassem... O olhar dele, era de quem me entendia, e entendia os meus princípios. Portando, eu acho que Kobatsuken já havia me compreendido, muito antes de nos conhecermos.
Ele aperta a espada, cuja lâmina torna a brilhar.
Kisuke: É com este poder... Que eu finalmente irei restaurar o nome da minha família.
Kazuma: Me parece uma razão vazia.
Kisuke: Como é?
Kazuma: Sua zanpakutou... Não pode estar te ajudando apenas por isso. Eu não vejo uma zanpakutou auxiliando um shinigami simplesmente pra que ele se torne famoso na Soul Society. Pra que ele se torne mais forte, e um dia ser tão poderoso e tão grande que nada mais nesse mundo pode preenchê-lo.
Kisuke: O que quer dizer com isso?
Kazuma: Quero dizer que essa não é a história toda Kisu. Afinal de contas, cortar tudo em sua frente apenas para que as pessoas o vejam como um nobre... É uma verdadeira idiotice...
Kisuke: E DO QUE É QUE VOCÊ ENTENDE!?
Furioso, Kisuke torna a atacar, o poder avassalador do choque mais uma vez ressoando pelo espaço.
Kisuke: O que alguém como você, que nunca teve nada pode entender sobre perder alguma coisa!?
Kazuma percebe que naquela hora, Kisuke parecia estar remoendo alguma memória dolorosa.
Kisuke: Você não faz idéia do que é pelo que eu luto!
Imediatamente, os dois tornam a se degladiar, abalando os arredores do Soukyoku com suas poderosas reiatsus. Quartel general da 12ª Divisão. Especialmente em posição de alerta, tendo em vista que foram eles os furtados, as ordens haviam sido proferidas para que uma parte do esquadrão, conjuntamente a três batalhões de outras três divisões, montassem guarda no local. Felizmente, a passagem subterrânea pela qual Naomi e Sparky saem se localiza abaixo de uma lajota em um canto esquecido e desguardado do local. Sparky levanta a pedra para dar uma olhada em volta, podendo ver shinigamis fazendo rondas pelo vasto gramado local.
Sparky: Parece que eles reforçaram a segurança. Vamos ter de reprimir o máximo possível nossas reiatsus.
Ele se coloca para fora do buraco sorrateiramente, auxiliando Naomi a fazer o mesmo, e depois cautelosamente reposicionando a lajota. Tendo obtido êxito em seu movimento furtivo, ambos os shinigamis tratam de se esgueirar para dentro do complexo. Uma vez atravessado o portão principal, o quartel general era dividido em setores. Havia os espaçosos gramados utilizados para treinamento, muito embora fossem pouco utilizados por membros daquela divisão, que se dedicavam mais aos avanços do Sereitei do que ao treinamento físico próprio. Além disso havia as acomodações dos shinigamis, e um prédio à parte que se tratava das acomodações do capitão. Além disso havia o laboratório, com um espaço externo também dedicado aos experimentos, e finalmente o prédio da Central de Pesquisa, que se tratava de um dos maiores presentes no local.
Naomi: Certo... A Central de Pesquisas deve estar muito bem guardada além da segurança padrão do local.
Sparky: E como vamos entrar?
Naomi: Eu tenho uma idéia. Vem.
Furtivamente, os dois shinigamis deslizam como cobras pelos gramados. Próximos ao seu objetivo, ambos tomam esconderijo acima de uma árvore, aguardando pacientemente até a chegada de sua presa. Um inadvertido shinigami da 12ª Divisão cruzava os gramados em uma ronda que se provava ser a ele, no mínimo, enfadonha. Com uma expressão bêbada e desligada, ele dá uma olhada em volta, mas se tratando de um guarda, o barulho das folhas na copa das árvores não lhe passa despercebido. Ele se aproxima para averiguar a causa do distúrbio, e atendendo o papel que lhe fora entregue pela estratégia de dois espertos shinigamis, ele é rapidamente neutralizado a puxado para o topo da árvore... Tendo resolvido este inconveniente, Naomi e Sparky utilizam shunpo para alcançar o telhado plano do prédio que pretendiam invadir, a garota agora, além de sua própria asauchi, devidamente embainhada em sua cintura, carregava uma segunda espada que obviamente não lhe pertencia.
Sparky: Eu não entendo, como a espada de outro shinigami vai nos ajudar?
Naomi: As zanpakutous são como um traço do shinigami, fazem parte dela. Assim, sua lâmina possui uma assinatura de reitasu própria do shinigami. A Divisão de Pesquisa é capaz de analisar esta reiatsu e determinar o shinigami correspondente, como se fosse um a espécie de impressão digital.
Eles andam um pouco mais, até Naomi para no centro do telhado.
Sparky: O que foi?
Naomi: Olha só.
Ela o indica o chão. Com a iluminação atual de um sol nascente, as sombras de ambos os shinigamis se projetava claramente. Porém, ambas esticavam-se fielmente conectadas aos pés dos donos, mas por alguma razão desconhecida eram cortadas pela metade.
Sparky: O que é isso?
Naomi anda com cuidado até o ponto onde sua sombra desaparecia, e então ergue a espada roubada, estocando-a à frente. Sparky observa surpreso a lâmina sumir assim como se procedia com um Senkaimon.
Naomi: Liberar...
Ainda tão surpreso quanto havia visto aquilo começar, Sparky se deslumbra ao ver algo que parecia refletir exatamente o que havia atrás dele se abrir. Era como se fosse uma espécie de parede invisível que agora se movimentava para lhes dar passagem.
Sparky: Nossa...
Naomi: Não falei? Depois de alguns copos de sake qualquer um acaba falando demais.
Sparky: Alguém podia instalar uma coisa dessas no meu quarto...
Naomi: Vamos... Temos de fazer isso o mais rápido possível...
Sem hesitação, ambos os shinigamis caminham passagem adentro, enquanto a tal parede invisível se fecha às suas costas... Se o quartel general da 12ª Divisão funcionava como uma espécie de central de desenvolvimento, o quartel general da 4ª Divisão era como um grande hospital, onde os shinigamis podiam ir para se recuperar de batalhas contra hollows. As “clínicas” dos locais eram bem confortáveis e possuíam um visual clássico japonês como o restante do Sereitei. Em um dos quartos deste local, repousava sobre a cama recoberto de ataduras e bandagens, o 3° assento da 5ª Divisão, Kento Mizuno, agora já acordado e se recuperando. No seu quarto, sem ao menos se dar ao trabalho de bater, adentra a simpática figura do capitão da 12ª Divisão, Daisuke Hiyoda.
Kento: Hiyoda taichou...
Daisuke: Yo, Mizuno-san.
Ele cumprimenta com um sorriso gentil por trás de seus imensos óculos fundo de garrafa.
Kento: O que o senhor está fazendo aqui?
Daisuke: Apenas uma visita para ver como você está.
Ele diz, se posicionando ao lado da cama do enfermo.
Daisuke: Como tem se recuperado?
Kento: Graças à 4ª Divisão, eu já me sinto muito melhor.
Daisuke: Ótimo, isso é uma coisa boa de se ouvir.
Kento: Ainda sim... Não posso encarar o resto da minha divisão agora... Eu, um 3° assento, perdendo pra um shinigami comum como aquele...
Daisuke: Não seja tão duro consigo mesmo. Estavam todos preocupados com você, ninguém liga se você venceu ou não.
Kento: E o Taiki taichou?
Daisuke: Ele era o mais preocupado de todos. Você não tem que ter medo de nada, sua posição no Sereitei ficará intocada.
Kento: De alguma forma... Eu duvido disso. Mas... Eu ouvi dizer que o Akirabane também perdeu.
Daisuke: Isso mesmo. Mas ele também já foi ajudado e está se sentindo melhor.
Kento: É impressionante taichou...
Daisuke: Hm? O que?
Kento: Nós deveríamos ter sido avisados... Parece que estes shinigamis não são inimigos normais.
Daisuke: Na verdade, nós estamos tão surpresos quanto vocês. Até então ninguém havia ouvido falar no nome destes shinigamis. Até mesmo depois do incidente na Terra eles ficaram conhecidos como um grupo anônimo. Dá pra ver que a situação não é bem como imaginávamos.
Kento: Devem ter cuidado. Posso dizer que todos eles têm habilidades dormentes dentro de si.
Daisuke: Não há com o que se preocupar. Mesmo que seja como você está falando, os capitães já estão se mobilizando pra tentar capturá-los, então é só uma questão de tempo até que isso aconteça.
Kento: Claro...
Kento continua observando o teto sobre suas cabeças, perdido em pensamentos.
Kento: Nem acredito na maneira que fui derrotado. Eu nunca vi alguém com técnica tão ousada dessa maneira.
Daisuke: Ainda sim, isso são boas notícias. Parece que você não o deixou escapar ileso, não é Mizuno-kun?
Kento: Não... Mas... Taichou...
Daisuke: Hm? O que foi?
Kento: Teve outra coisa... Durante a luta... Uma coisa que eu não percebi na hora, mas também achei meio estranho.
Daisuke: Outra coisa...?
Kento: Talvez eu esteja delirando... Me perdoe, eu não quero desperdiçar o seu tempo isso.
Daisuke: De maneira alguma Mizuno-kun. Nós da Divisão de Pesquisa entendemos melhor que ninguém que os detalhes são importantes, e prestar atenção neles pode ser a diferença entre o êxito e a falha.
O shinigami, aparentemente, se sente um pouco melhor e mais seguro de conversar com o seu capitão após este pequeno discurso.
Daisuke: E então... Me diga o que foi que viu...?
Não muito tempo depois, Daisuke deixa o quarto do enfermo, um shinigami já à sua espera do lado de fora rapidamente bate continência.
Shinigami: Taichou!
No entanto, Daisuke não prestava atenção nele, apenas atento ao quarto a todo momento “O que o Mizuno disse é realmente preocupante. Se isso for verdade, então...”
Shinigami: Taichou?
Daisuke: Ah... Desculpe. Continuem cuidando bem dele.
Ele informa, começando a deixar o local.
Daisuke: Se algum outro capitão perguntar por mim, diga que eu voltei ao quartel general da minha divisão por um momento. Eu preciso checar uma coisa...
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| | | Kisuke Itarashi
Número de Mensagens : 1393 Idade : 35 Respeito : Warn : Nível de Interpretação : Impecável Reputação : 5 Pontos de troca : 6258 Data de inscrição : 15/03/2008
| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Mar 27, 2011 1:20 am | |
| A explosão de energia de duas espadas se chocando se espalha na região próxima ao pé do Soukyoku. Kazuma e Kisuke haviam se defrontado mais uma vez. Num repente, eles desaparecem com técnicas de shunpo, e reaparecem em outro ponto da arena, trocando mais golpes com as espadas. Com alguns golpes, Kisuke consegue arremessar seu adversário para trás, mas ele se recusa a ir ao chão. Kazuma rapidamente se recupera, o vento rodopia ao seu redor rapidamente, e ele dispara uma de suas lâminas de ar contra Kisuke. Segurando a espada com as duas mãos, Kisuke concentra sua energia branca na lâmina e consegue dissipar o golpe. No entanto, logo atrás da rajada vem Kazuma, já com o arrebate pronto, e acerta o adversário com peso na espada. Agora é a vez do membro da família Itarashi deslizar para trás, mas, tão teimoso quanto seu colega, ele se recusa a cair, e imediatamente revida com uma de suas rajadas. Reagindo rapidamente, o irmão Garoa novamente junta ar na lâmina de sua espada e a lança opostamente ao ataque vindo em sua direção. Quando se chocam, as duas rajadas causam uma onda de choque violenta da qual ambos os shinigamis precisam cobrir os olhos. A batalha imediatamente retornando à visibilidade, os dois se atacam mais uma vez. Após o terceiro golpe, eles passam direto um pelo outro, invertendo os lados, mas rapidamente armando seu contra-ataque, Kazuma é envolto em uma energia de cor dourada, enquanto Kisuke é envolto em uma branca, e as espadas se chocam mais uma vez. Ofegantes, eles se encaram olho a olho.
Kisuke: Você melhorou a sua técnica.
Kazuma: Você também...
A fim de recuperar o fôlego, um empurra o outro para que possam tomar distância, e se encarar sem precisar forçar as espadas.
Kisuke: Dá pra ver que os seus oponentes têm sido poderosos. Fascinante estes tais Onis, a ponto de desenvolverem uma pessoa a esse nível.
Kazuma: Obrigado...
Kisuke: Mas ainda sim, não sou eu quem vou perder...
Kazuma: Você não entende... Os capitães devem estar à minha procura e dos outros neste exato instante. Com a quantidade de reiatsu que estamos liberando, seria surpresa não atrair a atenção de ninguém.
Kisuke: Eu não ligo. Não importa quem apareça, eu não vou permitir que interrompa esta luta.
Kazuma: Por que quer tanto assim lutar contra mim Kisu-kun?
Kisuke: Por quê? Isso não é óbvio? Desde que eu entrei no Gotei, todos têm feito pouco caso de mim, mas especialmente você Kazuma.
Kazuma: Você quer mesmo me matar só porque eu não te trato como um nobre?
Kisuke: Mas é claro! Essa é a minha missão!
Kazuma: Kisu-kun... Você está cego...
Kisuke: Como é?
Kazuma: Eu posso sentir essa vibração poderosa vindo da sua espada assim como eu sinto da minha. A minha razão de lutar é clara pra mim, e por isso eu posso pedir energia emprestada à Kamaitachi. No entanto, você fica indo e voltando com esse papo de querer ser respeitado, e isso... Isso não é razão suficiente pra emanar energia tão poderosa assim.
Kisuke: Como disse?
Kazuma: A minha resolução é clara Kisu-kun. Eu não luto pra tentar vencer. Eu luto porque eu TENHO de vencer. A sua resolução é fraca, apesar da energia que você consegue tirar da sua zanpakutou ser muito alta. Isso só pode significar duas coisas.
Ele afirma, atraindo a curiosidade do colega.
Kazuma: Primeiro, a sua zanpakutou sabe de algo que você não sabe. Ou então... Você está mentindo Kisu-kun.
Kisuke: Como é?
Kazuma: Você diz que essa é toda a sua razão de lutar porque acha que é isso que deve fazer. Você não faria uma coisa destas a não ser que fosse necessário! Eu conheço você! Se tem alguma coisa de errada, você devia falar pra mim!
Kisuke: Ora, seu...
Kisuke começa a recuperar sua energia, furioso, a fim de atacar mais uma vez.
Kisuke: Eu não preciso contar nada pra você!
Ele avança com um ataque descendente sobre o rival, Kazuma o bloqueia, mas um círculo de destroços causado pelo impacto é marcado no chão por conta do impacto.
Kisuke: Você não tem nada pra me dizer!
De repente, Kazuma sente o peso da espada rival aumentar, o que o impressiona pelos poucos instantes antes que ele seja arrebatado para o lado.
Kisuke: É hora de acabar com isso...
Kazuma nem ao menos vê quando o adversário passa ao seu lado, tudo o que pode sentir é o corte se abrir em seu ombro e espirrar sangue para o alto. Sabendo que seu inimigo estava atrás de si, ele rapidamente ignora a dor e se vira, mas com a mesma velocidade, Kisuke passa direto por ele mais uma vez, e agora o corte surge nas costas de Kazuma. Ainda pasmo e sem conseguir reagir muito bem, Kazuma se vira, mas com um golpe fulminante do adversário direto em seu peito, ele é jogado a pelo menos 10 metros de distância. Caído no chão, sangrando e sem forças, Kazuma sente a força dentro de si falhar. Agora lhe parecia claro... Ele seria derrotado por aquela pessoa...
Kisuke: Você entende agora...?
Diz Kisuke calmamente.
Kisuke: Eu sou um membro da preciosa família Itarashi. Se eu quero estar à altura para reviver tal nome... Eu não posso perder pra ninguém... Especialmente aqueles que me inferiorizam...
Kazuma se sente apavorado em seu leito rochoso “Como... Como foi que ele fez aquilo...? Essa energia... A resolução dele é tão grande assim...? Será que essa é realmente toda a razão pela qual ele luta?”
“Não”
Kazuma ouve alguém dizer, mas não era uma voz a ser ouvida com os tímpanos, mas com a alma. A voz reverberava dentro de si.
“Essa não é a verdadeira razão...”
Kazuma: Kamai... Tachi...?
De repente, os pés de uma grande ave de rapina pousa ao lado de Kazuma.
Kazuma: É você mesmo...?
Kamaitachi: Olhe para ele Kazuma...
Se esforçando, Kazuma ergue a visão para observar seu oponente. Rodeado por uma poderosa energia branca, Kisuke possuía ao seu lado uma espécie de tigre branco de pelos arrepiados, garras avantajadas, e duas presas de sabre assustadoras.
Kamaitachi: O espírito daquela zanpakutou não mostra hesitação nenhuma, porque o seu mestre não mostra hesitação nenhuma. Para conseguir tal efeito, a resolução do guerreiro deve ser grande, e uma resolução tão dúbil quanto esta não seria o suficiente. Ainda sim, ele possui uma forte razão para lutar... E você Kazuma? Se esqueceu da razão pela qual você luta?
Kazuma arregala os olhos.
Kamaitachi: Se a sua determinação é realmente tão grande quanto à dele, o seu nível de poder não deve ser inferior. Deve abandonar o medo. Não deve duvidar de suas habilidades jamais, ou então nunca conseguirá utilizar este poder. Um shinigami sem resolução para lutar é um ser vazio e incompleto, por isso nunca atingirá seu desenvolvimento máximo. E então, o que você está fazendo no chão Kazuma?
Kazuma: Eu...
Kamaitachi: Seus amigos o esperam, seu futuro lhe espera, e além disso, você fez uma promessa para aquela pessoa...
Ele mais uma vez se mostra espantado com o quanto sua zanpakutou sabia sobre ele, e em algum canto remoto de sua memória ele se vê falando para alguma pessoa “Eu vou ser melhor... Eu prometo...”.
Kamaitachi: Levante-se Kazuma! O seu inimigo está na sua frente! Não deixe que nada nem ninguém fique no caminho de seu futuro! Ataque com toda sua fúria!
Determinado, Kazuma aperta com força o cabo da zanpakutou, e recupera sua energia dourada, o que espanta Kisuke.
Kisuke: Como é...?
Apesar de ainda ter de fazer força e utilizar a espada como apoio para se colocar de pé, Kazuma finalmente consegue se erguer por completo do chão.
Kisuke: Eu não entendo essa sua teimosia!
Kazuma: Teimosia é um dos meus fortes... Além disso, eu não posso perder aqui Kisu-kun...
Mais uma vez as correntes de ar começam a circundar Kazuma, e sua energia se torna espantosamente grande, impressionando o adversário.
Kisuke: Não pode ser... Como ainda tem tanta energia assim?
Kazuma: Esse não é o fim da linha pra mim... Eu não vou acabar meus dias condenado por alguma coisa que eu não fiz... Eu vou ser melhor Kisu-kun... Vou ser melhor e... Finalmente trazer um novo período ao Sereitei e ao mundo dos homens... Porque esse era o maior sonho de uma pessoa especial pra mim... E neste instante... Você está na minha frente...
A energia se expande violentamente, e Kisuke precisa se segurar no lugar para não ser lançado aos ares.
Kazuma: E como qualquer um que tentar me impedir de completar isso... Eu vou te derrubar...
Nervoso, Kisuke pressiona a zanpakutou com força.
Kisuke: Você vai ver!!!
Ele avança furiosamente na direção do rival, no entanto, sua espada é rebatida com facilidade, o que surpreende Kisuke, m]porém, não tanto quanto o movimento da zanpakutou inimiga que lhe acerta toda a extensão do tronco com força, fazendo seu sangue jorrar aos céus...
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| | | Kisuke Itarashi
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| Assunto: Re: Aventura do fórum Dom Mar 27, 2011 2:21 am | |
| “Esta é a história do clan Itarashi, Kisuke. Lembre-se de que pertence a uma das famílias mais nobres e renomadas de Soul Society” diz alguém segurando um livro frente a um pasmo garotinho, uma versão em miniatura do Kisuke atual “Quando se lembrar disso, perceberá que você está sempre acima dos outros, nunca abaixo” ...
O golpe fulminante de Kazuma rasgara o tronco de Kisuke por completo, e seriamente debilitado por um ataque de tamanha magnitude, Kisuke periga desabar, mas ele utiliza sua espada, fincando-a no chão para lhe conferir apoio.
Kisuke: Como... Você...?
Kazuma: Eu disse... “Desistir”... Eu não conheço essa palavra...
Kisuke: Você... Você já tinha... Perdido...
Kazuma: É isso que significa estar em sincronia com sua zanpakutou...
Kazuma fala olhando para a própria espada.
Kazuma: Elas são nossos espíritos, nossos guias... E irão nos ouvir no momento que mais precisarmos.
Kisuke pretende fazer alguma coisa, mas na atual situação, estava imóvel.
Kazuma: Eu lhe disse... Uma resolução tão dúbil quanto a sua não pode me vencer...
Estas palavras fazem com que o outro shinigami ranja os dentes de raiva.
Kazuma: Agora descanse... Terá outras oportunidade de lutar quando refinar seu poder, Kisu-kun...
Revoltado, Kisuke finalmente consegue encontrar forças para arrancar sua espada do chão atacar Kazuma outra vez, embora o ataque seja facilmente defendido.
Kisuke: Refinar o meu poder...? Eu ainda não perdi!
Kazuma: Infelizmente, perdeu sim.
O irmão Garoa lança outro golpe fulminante contra o peito do adversário. Agora finalmente sem ter mais como revidar, Kisuke larga sua espada, e cai de joelhos no chão, o sangue fazendo uma poça que manchava seu uniforme.
Kisuke: Não... Não é verdade...
Kazuma: Eu já disse... Se acalme para que possa recuperar seus ferimentos.
Kisuke: Não... Eu... Eu... Perdi... Então... Por quê...?
Seus punhos se fecham com força.
Kisuke: Por que não tenta me matar!?
Seu colega responde com a maior tranqüilidade do mundo.
Kazuma: Eu não tenho razão nenhuma pra te matar. O vencedor decide quem vive e quem morre. Além disso... Você não é uma má pessoa Kisu-kun.
Diz ele com um sorriso para Kisuke, o que faz com que seu oponente se sinta ainda mais frustrado.
Kisuke: Por isso... Por isso eu odeio você... Sempre olhando pra mim desse jeito...
As memórias do passado de Kisuke são traumatizantes, ele se lembra claramente de ter sido surrado por um grupo de meninos em Rokungai após o que deveria ter sido uma brincadeira.
“Por que nós deveríamos ser seus servos? Você é fraco...” o maior deles diz.
“Porque... Porque é assim que as coisas são!” o pequeno Kisuke retruca “A minha família é diferente, então é apenas natural que os outros nos obedeçam!”
Irritados, os garotos tornam a surrá-lo, socá-lo e chutá-lo enquanto no chão o garoto nada podia fazer para revidar.
“Porque tentou se misturar Kisuke? É natural que estas pessoas se sintam irritados com sua presença, mesmo que você tenha tentado apenas comandá-las para que brincassem com você” ele se lembra de haverem lhe dito “Mas você não deve procurar a companhia deles. Deve se lembrar sempre de sua posição”
Kisuke: “É verdade... Eu sabia disso... Por estarem acima de todos ao seu redor... Nobres não têm amigos...”
Porém, quando suas lembranças saltam para o seu período no Sereitei, o sorriso bobo, porém alegre e convidativo de um shinigami é a primeira coisa a aparecer “Ei! Kisu-kun!”
Aquela mesma pessoa que tão insistentemente convidava Kisuke a ir a festas e a tomar sakê “Anda Kisu-kun! É uma boa oportunidade pra gente se divertir!”
“Já disse pra não falar comigo dessa maneira!” Kisuke retrucava.
Ou então durante os treinamentos de sua divisão, o mesmo sorriso, e a mesma simpatia de sempre o perseguiam “Que legal! Estamos no mesmo grupo! Não acha isso emocionante Kisu-kun?”
“Eu não te conheço!” ele rugia feroz mais uma vez, tentando se livrar da amolação.
Kisuke: “Então por quê...?”
Quando responsáveis pela tarefa diária, aquela pessoa ainda sim insistia em acompanhá-lo, mesmo que fosse apenas para dar incentivo enquanto um nobre como ele deveria se rebaixar a ponto de esfregar o chão “Vamos Kisu-kun! Só falta mais um pouco!”
“Eu já disse pra não me amolar! Se ousar contar pra alguém que me viu dessa maneira, eu corto a sua cabeça fora!”
“Kisu-kun... Como você é rabugento...”
“Pare de se referir tão familiarmente a mim!” ele responde, atirando o pano revoltado contra a cara de seu colega.
Mesmo quando encarregados de uma tarefa séria a receptividade daquela pessoa nunca havia mudado “Aquele hollow já era... Mandou bem Kisu-kun...”
“Mas é óbvio, eu não sou como você. Pra uma pessoa como eu, fazer uma coisa dessas não é difícil”
“Eu vou aceitar isso como um obrigado”
Kisuke: “Ele não olha pra mim como se eu fosse diferente dele... Por quê...? Por que não importa o que eu diga, ou como eu o trate... Essa pessoa se esforça tanto pra ser...”
Ele se indaga...
...
Mesmo sangrando e em estado grave, revoltado, Kisuke segura a gola do shihakusho de Kazuma, que não reage, sabendo que seu colega realmente não poderia fazer-lhe mais nada. Ainda sim, o jeito como Kisuke o encara o surpreende.
Kisuke: Por quê...? Se estava com problemas... POR QUE NÃO ME PEDIU AJUDA!? KAZUMA!?
Kazuma não responde, apenas continua a olhar o colega, que pela primeira vez desde que o conhecera, não o mirava como se não se importasse realmente.
Kisuke: Por um acaso não confia em mim!?
Kazuma: Não é isso Kisu-kun... Mas eu não podia arrastar meu melhor amigo pra uma situação como esta...
Ainda pressionando o shihakusho, Kisuke finalmente sente sua consciência falhar, porém, pôde discernir claramente a palavra “amigo” ecoar por seus ouvidos.
Kisuke: Ka... Zuma...
Deixando seu colega, pela perda de sangue e ferimentos, Kisuke finalmente perde a consciência aos seus pés, Kazuma o observa com um olhar sereno.
Kazuma: Você ficou muito forte meu amigo... Sem dúvida é um Itarashi... Não morra. Vamos acertar isso em outra oportunidade...
Sem poder realmente prestar socorro ao amigo, Kazuma começa a se mover para ir embora, já perdera tempo demais lá. Porém, com o primeiro passo dado, as seqüelas da batalha começam a aparecer, e uma dor fulminante o atinge.
Kazuma: Caramba... Kisuke... Estes ferimentos doem muito...
Ainda sim, ele tenta prosseguir, mas não percebe que também deixava um rastro de sangue ao andar, e dado seu esgotamento, nem ao menos correr era capaz, quanto menos utilizar qualquer tipo de técnica. Com poucos passos dados, ele finalmente cai de joelhos.
Kazuma: Droga... Pára com isso... Levanta...
Como se seus problemas não fossem suficientes, Kazuma de repente sente uma reiatsu esmagadora se aproximar. A luta levara tempo demais, e atraira muita atenção, mas para seu grande infortúnio, ela havia atraído nada menos que um capitão.
Kazuma: Essa reiatsu... É tão pesada... Eu não consigo... Não consigo respirar...
Lutando para manter consciência, Kazuma procura a fonte daquele poder monstruoso.
Kazuma: Quem será...?
No entanto, com um imediato shunpo, a figura surge em sua frente, o haori branco caindo-lhe pelas costas sempre tão limpo e imponente. Ao seu lado, um outro par de pernas, trajando o uniforme padrão dos shinigamis o acompanhava. Se esforçando para levantar o olhar e descobrir qual seria sua sina, Kazuma precisa efetivamente demonstrar algum esforço para finalmente reconhecer seu eminente carrasco, e o destino ao que lhe parecia, nunca deixava de ser irônico.
Kazuma: Tai... Taichou...?
O capitão da 8ª Divisão, a divisão de Kazuma e Kisuke, Garu Hanyou, finalmente alcançara o campo de batalha...
Última edição por Kisuke Itarashi em Qui maio 12, 2011 12:41 am, editado 1 vez(es) | |
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